Capítulo 5 - Ataque

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Na manhã seguinte Alvo acordou com fome. Levantou da sua cama e percebeu que todos, exceto Tiago continuavam dormindo. Caminhou até o centro da barraca e buscou alguma comida na bolsa de Megan. "Já procurei" resmungou Tiago ao irmão. Alvo se deu por vencido e se sentou na mesa de jantar.

__ Estava pensando em irmos à casa da Mary - comentou Alvo. Tiago se manteve sério e olhando reto - Acho que ela pode nos dar pistas sobre onde achar as Horcruxes.

__ Ela vai ter que reviver o passado. - suspirou Tiago - Mas, é a melhor opção que temos. - Alvo assentiu - Você acha que Dominus colocou algum feitiço ou encantamento para proteger as horcruxes?

__ Claro - disse Alvo fazendo a resposta ser óbvia - Alguma coisa que pode matar quem tentar pegar a horcrux. É claro que ele precisa proteger, é um pedaço de sua alma que está naquele amuleto.

__ Rose não achou nada que destrua aquelas coisas. - disse Tiago girando a varinha em mãos - E o pior, se ela não achou. Nunca vamos achar - deu uma risadinha -

__ Os comensais foram à Toca - disse Alvo e Tiago olhou assustado para ele - Eles torturam Lily e ela revelou que estamos na floresta do Deão. Eles estão rodeando aqui.

__ Eles vão acabar nos encontrando, já que vamos precisar sair pra pegar comida. - disse Tiago de má vontade - Só precisamos que as meninas acordem.

__ Já acordamos! - disseram duas vozes vindas atrás dos garotos - Temos que sair pra buscar comida, não é? - perguntou Rose com o mesmo livro sobre horcruxes em mãos - Porém, levem varinhas, os comensais estão à nossa espera.

__ Rose - disse Tiago dando um sorrisinho - Que espécie de bruxo, nesses tempos difíceis, andaria sem varinha? - Megan colocou a mão na boca para abafar uma risadinha enquanto Alvo guardava a varinha no bolso do jeans -

__ Certo. - disse a ruiva vencida - Vocês vão procurar algo para comer. Eu vou continuar lendo o livro e tentar descobrir mais alguma coisa - ela fuzilou todos com o olhar, talvez para impedir que nenhum deles reclamassem de algo - 

Tiago saiu da barraca e começou a retirar os feitiços protetores. Começou a andar pela floresta dizendo que iria pescar alguma coisa. Alvo saiu com Megan enquanto Rose montava guarda na frente da barraca. 

__ O que você quer procurar primeiro? - perguntou Alvo à Megan enquanto eles andavam pela floresta - 

__ Frutas ou cogumelos. - disse ela observando o chão e os pequenos arbustos - É o que há para se comer aqui.

Continuaram andando por um bom tempo e nada de cogumelos ou frutas. Quando finalmente, Alvo avistou um cogumelo amarelo com pintinhas negras. Tocou nele com o intuito de arrancá-lo do chão, porém, Megan não deixou.

__ Você não presta atenção nas aulas de Herbologia não? - perguntou ela sorrindo enquanto em Alvo começava a surgir vários caroços vermelhos em sua peele - Cogumelos deste tipo são venenosos e causam reação alérgica. Olhe só pra você - disse ela abrindo a bolsinha - Isto é um remédio trouxa para alergias, mas, deve funcionar em você - ela passou a pomada nos braços de Alvo - Vai demorar um pouco para fazer efeitos. Vem, vamos continuar.

__ Eu estou cheio de gosma branca, Megan! - argumentou Alvo enquanto andava pela floresta. E a garota riu - Não é engraçado!

Megan pegou algumas amoras num arbusto. Monstrou à Alvo um cogumelo vermelho com pintinhas brancas e disse que aquele sim poderia pegar para comer. Conjurou uma cestinha e colocou tudo que colhera nela. Logo os caroços na pele de Alvo sumiram. 

__ Acha que já está bom? - perguntou Megan mostrando-lhe a cesta com amoras e cogumelos - De quantidade...

__ Acho que sim. - respondeu Alvo - Mas, só por precaução, vamos levar mais. Vai que meu querido irmão não conseguiu pescar um peixe sequer.

Eles continuaram andando e pararam à frente de um lago. Era tão bonito e cristalino. Podia-se ver os peixes dentro dele. Alguns vermelhos, outros azuis, alguns até amarelos. Os dois se sentaram a margem e começaram a contar quantos cogumelos tinham colhido. "Com aquele ali são 4" começou Alvo. 

Porém, eles foram impedidos de continuar. Um feitiço acertou Megan e ela caiu no lago. Alvo se virou para ver o que era e eram os dois comensais da noite passada. Eles empunhavam varinhas e sorriam de modo maligno.

__ Já achamos a sangue ruim e um Potter - disse o mais alto deles - A garota caiu na água, vá pegá-la Torman!

__ Não! - gritou Alvo apontando a varinha para o comensal mais baixo - Estuperfaça! - berrou -

Torman saltou para trás enquanto o outro comensal apontava a varinha para Alvo e fazia um relâmpejo verde sair dela. Megan saiu do lago tremendo de frio. A varinha estava em punhos, porém, ela não pronunciava nenhum feitiço.

O comensal mais alto estava murmurando algo. E de repente o céu se encheu de dementadores. Alvo gemeu, odiava aqueles vultos negros. Megan de repente caiu no chão, e os comensais começaram a sugar a felicidade dela.

__ Expecto Patronum - Alvo gritou acompanhado de uma segunda voz - 

A fênix e o veado começaram a afugentar os dementadores com suas luzes prateadas. Tiago acabara de surgir do outro lado do lago segurando numa mão a varinha e na outra um peixe vermelho que se debatia. O comensal mais alto apoiou Torman em seu ombro e os dois aparataram. 

__ Caramba irmãozinho quase que você vira um poço de tristeza - disse Tiago andando até Alvo - Vamos voltar à barraca. 

__ Vamos aparatar perto da cabana - disse Alvo pegando Megan no colo - Temos que refazer os feitiços de proteção.

CRAC

Os dois aparataram e apareceram perto da cabana. Rose lia tranquilamente seu livro e sorriu quando viu Tiago e depois viu Alvo carregar Megan e sua expressão mudou. A ruiva refez os feitiços de proteção enquanto o resto entraava na barraca.

Colocou Megan na cama enquanto Tiago colocava o peixe na pia e a cesta com frutas e cogumelos na mesa de jantar. Rose começou a observar tudo e decidir o que faria para comer.

Alvo Severo Potter E A Batalha FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora