CAPITULO UM

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Dias depois...

— Louis!! — Ouvi alguém me chamar.

Olhei para trás e vi que Darrell estava correndo em minha direção.

— Eiii! — O abracei quando ele se aproximou. — O que você está fazendo aqui, Bro? — Eu e Darrell somos amigos desde de sempre, ele namorou a Tiffany, uma amiga que fiz quando eu ainda namorava o Mason. Levou um tempo para eu me ligar que a Tiffany, era amiga do meu ex, e que ela conheceu o Darrell por um acaso, acabou que eles terminaram também, mas continuamos amigas ainda assim.

— Estava por perto, fui deixar Michaela no trabalho. — Ele bagunçou meu cabelo. — . Pensei: "Ah, já que eu estou por aqui, vou passar para ver minha brother! " — Ele diz daquele jeito engraçado dele. — E aqui estou eu! Falando nisso, quando é que você vai crescer?

Soco o ombro dele.

— Não sou pequena, você que é grande demais, cuzão! — Levanto o dedo do meio na cara dele.

Ele ri alto.

— Você é engraçada com cara de brava.

— Darrell, já te mandaram tomar no cu hoje? — Digo irônica.

— Não, mas você pode ser a primeira, tampinha. — Ele gargalha.

— Para de rir da minha cara, caralho. — E começo a rir também.

Darrell era um cara que media 1,92, tinha cabelos longos pretos e cacheados, basicamente o guarda-roupas dele variava de camisetas de bandas, bermuda camuflada e calça jeans preta. Então você imagina, um cara desse tamanho, com a cara de mal, piercing no meio do lábio e no septo do nariz, todo fodão andando na rua, e do nada passa um cachorro e ele faz isso:

— Olha Louis, um cachorito! — Diz como se estivesse falando com um bebe, e não com um cachorro de rua. — Cachorro se é bonitinho. — Continua com a mesma voz.

Balanço a cabeça e começo a rir.

— Darrell, quem te vê, não imagina que você se derrete quando vê gatos e cachorros na rua.

— Ah, velho, para! — Diz em contradição. — Olha para esse bicho, vai dizer que não dá vontade de levar para casa? — Ele já está de joelhos alisando o cachorro.

— Você ainda está trabalhando no laboratório? — Pergunto quando ele se levanta.

— Sim. Porque? Está pensando em fazer algum exame? — Olho para trás e o cachorro nos segue balançando seu rabo todo contente.

Balanço a cabeça.

— Não, só perguntei por perguntar.

Ele levanta os óculos escuros e suspira.

— Ah Louise, qual é? Não me diz que você ainda está chateada com aquela parada, vai? — Ele diz sem paciência. — Já falei com você, tanto ele quanto a demônia da sua amiga, ainda vão se arrepender muito de ter zoado com a gente, cara.

Toda vez que ele chama a Tiffany de demônia, eu reviro os olhos, mas não é de insatisfação, eu até concordo com algumas coisas, na verdade muitas. Até porque eu não consigo imaginar como seria se o Mason tivesse terminado comigo para ficar com um cara... O pensamento me faz rir.

— Para de chamar ela assim, Dare. — Digo aos risos. — Já faz mais de anos essa porra.

— Não defende ela não caralho! — Ele diz bem puto. — Você sabe que eu sou bolado com essa porra, a se foder!

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora