Acordei com o barulho da porta sendo esmurrada.
Fui andando pela casa com passos apressados, mas me sentindo muito zonza.
— Já vai, cacete! — Digo irritada.
Esfrego os olhos e abro a porta.
— Surpresa! — Darrell coloca a cabeça para dentro. — Vim passar o natal com você! — Diz daquele jeito animado dele.
Faço menção para ele entrar.
— Você podia ter esperado dar 10 da manhã, né? — Digo rabugenta.
— Louis, são 10:30 da manhã! — Arregalo meus olhos. — Você está com a cara péssima. Andou bebendo?
Amarro meu cabelo num coque bagunçado.
— Como assim já se passaram das 10 da manhã?!
Eu dormi tanto assim que não percebi? Nossa, eu realmente devo estar com a cara toda amassada, porque depois que Sean se foi, eu voltei a beber.... Foram só mais 3 cervejas, e então eu me joguei no sofá da sala.
Fui até o banheiro, lavei meu rosto e escovei meus dentes.
— Quem esteve aqui, Louis? — Darrell grita.
Saio do banheiro e ele está segurando as canecas que eu e Sean usamos ontem.
— Ninguém. — Minto.
Não queria contar que Sean veio aqui, Darrell iria ficar me zoando pelos próximos 30 dias com isso, e eu não estava com humor para tolera-lo.
— Sei... — Diz desconfiado. — Por um acaso não foi um playboy com um Corvette azul não né?
Engulo em seco, e disfarço o desconforto daquilo.
— Ninguém esteve aqui. — Digo ríspida. — E ninguém quer dizer, ninguém!
Ele ri.
— Eu esqueci de como você é mal-humorada de manhã.
— Darrell, vai tomar no cu, cara!
Dou a ele meu dedo do meio e me jogo no sofá.
Ele dá de ombros e leva as canecas de volta a cozinha, e então volta a sala e se senta ao meu lado.
— Serio, Louis, está tudo bem? — Ele pergunta preocupado. — Você parece cansada...
Respiro fundo.
— Eu estou bem, Dare. — Digo pensativa. — É só que as vezes a minha mente não me deixa descansar, mesmo quando eu estou dormindo. — Solto meu cabelo. — Parece que quando eu acordo, estou o dobro de cansada. — Dou de ombros.
Darrell me abraça de lado e beija o topo de minha cabeça.
— Você não precisa admitir, Louis. — Ele diz de um jeito carinhoso. — Mas acho que você se culpa demais por seu relacionamento não ter dado certo com o Mason, e sente ainda mais culpada por ao invés de ajudar seus pais, de alguma forma você acha que os atrapalha, ou que dificulta a vida deles em algum sentido.
Afirmo com a cabeça sentindo um pesar no meu peito, e então levo as mãos no rosto e começo a chorar. Meu amigo sem mais nada a fazer apenas me abraça mais forte e me deixa ter o meu momento de fraqueza.
Eu seguro muito o que sinto para mim mesma, sei que não é o correto porque isso pode te causar alguns males, mas simplesmente não consigo mais me abrir para ninguém, é difícil, porque as pessoas têm o habito de julgar o seu sofrimento como pequeno em relação a outros, mas nunca para pensar que quem sente é você, quem sofre é você e quem chora especialmente quando alguém diz que até seu sofrimento é inferior é você.
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A garota deixada para trás
RomanceLouise é uma garota movida pelo amor, seus pais eram de longe o casal mais completo que ela já tinha visto em toda sua vida, e por sonhar com isso, namorou por longos 4 anos, uma pessoa que ela julgava ser o amor de sua vida, Mason. Quando ele decid...