CAPITULO ONZE

49 8 0
                                    


Estava saindo para minha pausa do trabalho, para encontrar Darrell, quando vi Malibu sair do Corvette e vir de encontro a mim. Sean estava do lado dela, mas ignorei sua presença.

— Ei vadia! — Ela diz.

Olho para ela sem entender, ela deveria estar em aula nesse horário.

— O que você está fazendo aqui? — Olho para além de Malibu, e vejo Darrell estacionar sua moto. E vejo Sean nos observar.

— Só vim saber se você estará livre esse fim de semana. — Ela dá de ombros.

Reviro os olhos.

— Nós somos colegas de quarto, Malibu. — Digo desconfiada. — Você podia ter me perguntado isso a noite. — Arqueio uma sobrancelha. — Corta o papo furado, o que você quer?

Ela enfia as mãos no bolso e tira dois ingressos de futebol americano.

— Eu achei isso nas suas coisas, — Tomo os ingressos da mão dela.

Arregalo os olhos irada.

— Você mexeu nas minhas coisas?! — Digo irada. — Porque? Não é seu!

Ela dá de ombros indiferente.

— Só queria saber se você já tem com quem ir. — Diz como quem não quer nada. — Porque se você não tiver, eu posso ir com você...

Respiro fundo impaciente.

— Conversamos de noite, Malibu. — Aceno para Darrell e sigo em sua direção.

Passo pelo Corvette, e Sean acena para mim. Quero ignora-lo, mas me pego acenando de volta. Ele está vestindo um terno branco e está usando óculos escuros, uma coisa típica dos playboys daqui.

Reviro os olhos, e o vejo sorrir.

— Dare! — Corro em direção ao meu amigo e me jogo em seu colo.

Ele me levanta e me gira no ar como sempre faz quando fica muito tempo sem me ver.

— Que saudade de você, garota! — Diz me colocando no chão.

Ouvimos o Corvette cantar os pneus, e olhamos em sua direção.

Balanço a cabeça indiferente.

— O cuzão ficou com ciúmes. — Ele me cutuca com o braço. — As coisas estão sérias entre vocês, hein?! — Ele passa o braço pelo meu ombro.

Abraço sua cintura, e vamos caminhando até o banco onde a gente sempre fica quando ele vem me visitar.

Me sento virada para ele com o cotovelo apoiado no encosto do banco e ele faz o mesmo.

— Sean é estranho, mas é legal. — Dou de ombros. — Mas respondendo sua pergunta, não, nós nem ficamos ainda.

Os olhos de Darrell se iluminam.

— Ainda? Então você está pensando em ficar com ele, sua danadinha! — Ele diz fazendo cosquinhas em mim.

Começo a rir.

— Para! — Bato em sua mão. — Para com isso Darrell! — Ele para de me perturbar. Respiro fundo. — Não tenho intenção nenhuma de ficar com ele Dare, mas se acontecer, não é algo que eu estou planejando.

Ele balança a cabeça pensativo.

— Você está deixando as coisas fluírem, certo?

Afirmo em positivo com a cabeça.

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora