CAPITULO DEZESSEIS

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Faltando poucos dias para o dia dos namorados, eu fui assistir ao jogo do Washington Team, com ingressos que Darrell tinha me dado no natal. Levei Malibu comigo, porque ela disse que era injusto nós duas não termos um encontro no dia dos namorados, já que eu iria sair com o irmão dela. Então trouxe ela para ser o meu par no jogo, para ela não se sentir excluída, como ela mesmo disse zoando com a minha cara.

Estava sozinha na arquibancada esperando Malibu voltar com a pipoca, quando o time adversário fez um touchdown.

— Não! — Levanto puta. — Porra gente!

— O que eu perdi? — Ela diz me entregando o balde de pipoca.

— Touchdown para o Eagles. — Digo indignada. — Vamos fechar essa zaga aí gente, puta que pariu! — Grito.

Malibu ri.

— Alguém leva futebol americano muito a sério.

Bufo.

— Porque é sério! — Coloco um pouco de pipoca na boca. — Cadê Darrell, afinal de contas?

— Procurando por mim? — Diz aparecendo do nada.

Balanço a cabeça.

— Está perdendo o jogo, viado. — Soco seu ombro quando ele se senta ao meu lado. — A zaga está muito zoada, mano. — Toco seu ombro com as costas das mãos.

Ele e Malibu se olham.

— Ela é sempre assim nos jogos? — Pergunta a Darrell.

— Assim como? — Respira fundo. — Tão mano?

Malibu faz que sim com a cabeça, e ele responde da mesma forma.

— Gente, vocês estão me atrapalhando a ver o jogo. — Assisto ao quarterbacker avançar o garrafão. — Vai! Vai! Vai! TOUCHDOWN FILHO DA PUTA!

Jogo a pipoca para cima.

O jogo acabou com vitória do Washington sobre o Eagles, e eu era de longe a pessoa mais animada com isso. Darrell e Malibu haviam gostado um do outro e estavam conversando sobre mim, eu acho.

Eu estava tentando fazer um dos jogadores me jogar a camisa deles, e ao invés disso eles me dão a bola do jogo, volto correndo até onde meus amigos estão.

— Gente! Gente! Gente! — Chamo a atenção deles. — Ganhei a bola do jogo assinada! — Dou um salto e grito.

— Não acredito, Brodinha! — Ele bate na minha mão com a sua. — Você é foda.

Faço reverencia a ele. E Malibu revira os olhos.

— Vamos? — Pergunta já andando na frente.

— Vamos. — Dizemos juntos, Darrell e eu.

Seguimos até onde estacionamos o carro, e jogo a bola no colo de Darrell que já está sentado no banco de trás, sento no lado do motorista com Malibu do meu lado. Dou a ré e sigo a fila de carros para fora do estacionamento do estádio.

Um tempo depois quando estamos atravessando a ponte de San Francisco em direção a San Diego, Darrell pede para eu deixa-lo perto da casa de Mica, ele disse que precisava pegar umas coisas na casa dela, mas creio que era porque ele não queria falar eles estavam brigados e que ele estava indo lá se acertar, ou tentar se acertar com ela.

Deixamos ele lá quando já está quase escurecendo, e vamos para casa de Malibu, pois havia pedido para eu ir dormir lá essa noite, e como ela e Sean não estavam me deixando dormir sozinha de jeito nenhum no meu dormitório, preferi não discuti.

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora