CAPITULO CATORZE

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Estávamos no meio da primeira semana de fevereiro, e decorações para o dia dos namorados estavam por todos os lugares, onde quer que você andasse em San Diego.

Jonas fez a gente encher balões de coração e arrumar a Cafeteria com esse tema durante a tarde, eu não aguentava mais pendurar serpentinas no teto.

Para ser bem sincera, eu não ligo muito para o dia dos namorados, eu nunca ganhava nada, a não ser da minha mãe, ou do meu pai. Quando eu ainda estava com Mason, poucas vezes ele me deu alguma coisa, e eu nunca ganhei algo que eu realmente já não tenha dito que queria, então era chato.

Suspiro fundo.

— O que foi, Louis? — Elena me pergunta. Ela estava ajudando a mim e Trixie colar as serpentinas no teto. — Não gosta do dia dos namorados?

Dou um sorriso desanimado.

— Não muito. — Dou de ombros. — Nunca aproveitei um de fato.

Trixie me olha chocada.

— Como não? — Ela se aproxima me entregando a fita adesiva. — Nem quando namorava?

Reviro os olhos.

— Meu último relacionamento não é um dos melhores exemplos do mundo. — Dou de ombros desanimada.

Colo a última porção de serpentina que estava comigo, e desço da escada.

— Talvez dessa vez as coisas sejam diferentes. — Diz baixinho e fazendo menção para porta, e sigo sua menção com os olhos.

Dou um sorriso derrotada e respiro fundo.

Sean estava entrando na cafeteria, ele vestia um terno preto, e óculos escuros.

— Não mesmo. — Respondo pra Trixie, e ela ri.

— Louise! — Ouço ele chamar meu nome.

Me agacho pegando balões de coração cheios para prender no teto.

— Esse é meu nome. — Respondo sem humor. — O que posso fazer por você, Sean?!

Desde o enterro de sua mãe, ele havia dado uma sumida, a última vez que nos vimos foi na missa de sétimo dia que a família dele realizou em homenagem a ela. Depois disso ele andou me evitando, Malibu passou a ficar mais em casa com o pai, e creio que em breve ela deixaria de dividir o dormitório comigo, e era entendível, não era legal deixar o pai deles sozinho por enquanto, ele havia perdido a parceira de uma vida.

Ele sorri.

— Beatrice, posso rouba-la por um momento? — Ele olha para ela de um jeito engraçado.

Faço sinal para ela como estivesse cortando o meu pescoço com o dedo indicador.

— Claro. Porque não? — Olho para ela de olhos arregalados.

Solto os balões frustrada.

— Podemos? — Ele diz me apontando a porta. Tiro meu avental e entrego a Trixie.

— Você me paga! — Digo num cochicho, e ela dá risada.

Sigo Sean, indo para o lado de fora da cafeteria. Ele continua andando até parar encostando-se em seu carro.

Ele retira seus óculos e o coloca no bolso do terno.

— Faz um tempo que a gente não se vê, — ele começa. — como você está?

— Estou bem... — Digo me sentindo estranha. — E você com tem ido.... Com tudo?

Ele suspira, e me aproximo dele.

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora