CAPITULO OITO

54 7 0
                                    



Depois de passar a véspera de natal e o natal, sozinha, meus pais estavam de volta à cidade para a virada de ano. Eles gostavam de juntar alguns vizinhos, e fazer um churrasco noturno, com brincadeiras, músicas e bebidas enfiadas na neve, (quando nevava nessa época do ano), e bom, nem sempre eu participava, mas estava tentada esse ano, Darrell disse que iria aparecer por lá, e ter meu melhor amigo por perto era maravilhoso.

No dia 27 eu, minha mãe e minha irmãzinha Violet fomos ao supermercado, que estava lotado por sinal, comprar algumas coisas para o churrasco da virada de ano. Enquanto minha irmã corria pelo mercado, e minha mãe entrava em pânico achando que alguém fosse sequestra-la, eu estava escolhendo bebidas para colocar no carrinho. Peguei uma garrafa de tequila, e balancei no ar para minha mãe, ela soltou o carrinho e bateu palmas, ela amava isso.

Coloquei a tequila, alguns fardos de cerveja, um vinho rose para mim, um tinto para a mãe de Darrell, e um espumante. Violet trouxe alguns chips e chocolates (e quando eu digo alguns, quero dizer muitos! rs).

Compramos salsichas e bifes de hambúrguer, e papai disse que iria apresentar o churrasco brasileiro para os vizinhos esse ano. Então as carnes já estavam sendo temperadas por ele lá em casa.

Mamãe e eu estávamos conversando indo em direção ao caixa, quando nós cruzamos com Mason e sua nova namorada pelo corredor.

Respirei fundo algumas vezes, e ignorei sua existência.

Ele cumprimentou minha mãe, e ela respondeu apenas com um aceno de cabeça. Assim que ele entrou na sessão de congelados, longe o bastante e de costas, Violet e eu levantamos nossos dedos do meio em direção a ele e sua namorada.

— Louise Barbara Plant! — Mamãe chamou minha atenção. — Você fica ensinando essas coisas para Violet, e ela faz isso na escola depois! Me ajuda, porra!

Eu e minha irmã nos encolhemos.

— Desculpa Mãe. — Dizemos juntas.

Ela bufa.

— A Violet, eu até entendo ter uma atitude dessas, Louise. — Ela balança a cabeça. — Porque ela tem 8 anos, mas você tem 26, haja como tal!

Reviro os olhos.

— Mãe, eu já pedi desculpas.

— É mãe, ela já pediu! — Violet reforça.

Mamãe lança um olhar zangado para nós duas.

— Eu não sei o que faço com vocês duas... — Sua voz se suaviza.

Pego Violet no colo, e nós abraçamos a mamãe.

— Você pode nos amar, oras. — Minha irmãzinha diz.

Mamãe beija o rosto dela.

— Mais? — E o sorriso mais lindo está lá estampado nos lábios dela.

Sorrio também.

— Muito mais, mamãe. — Violet diz. — Muito mais.

Preciso dizer que minha mãe amava a vida e família que tinha, ela era uma mulher realizada na vida. Tinha um marido maravilhoso, uma filha rebelde, que no caso sou eu, mas que sempre a respeitou e amou muito. Uma filha de 8 anos, que era inteligente, amorosa e que compensava o fato de eu ser mais fechada, fazer o que se isso eu herdei do meu Pai? Minha mãe era feliz, eu quero chegar na idade dela, tão realizada quanto ela, e tão feliz quanto.

— Eu amo vocês, gente. — Digo emotiva.

Mamãe me olha estranho.

— Da onde isso veio? — Ela ri.

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora