CAPITULO VINTE E TRÊS

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—Sean

Me levantei da cama na tarde daquele dia sem fazer barulho para que Louise dormisse por mais algumas horas, e desci até o salão principal de minha casa, minha irmã Malibu, tinha tomado a sala com seu grupo de operações e computadores.

Ela se aproximou quando me viu descer as escadas sem Louise.

— Como ela está? — O tom de sua voz soa cansado

Respiro fundo e enfio as mãos nos bolsos da calça.

— O que você acha? — Soo mais ríspido do que queria e continuo — Ela está cansada, e não dorme a dias, ela só foi dormir porque papai pediu. — Me sinto agoniado. — Eu queria poder fazer mais por ela.

Malibu coloca suas mãos em meus ombros e me encara.

— Se há um ano atrás me dissessem que esse era o tipo de homem que você se tornaria, — ela ri — eu riria na cara da pessoa e diria: "Até parece! " — Dou risada. — Mas olha só você, todo preocupado com a garota que ama. — Ela segura meu rosto com as mãos. — Não pense que você não faz nada de útil para ela, irmão, porque você faz. — Ela me abraça e eu a abraço de volta. — Você é um homem melhor agora, e ela ama você, e eu também.

Nos afastamos e vejo Malibu limpar uma lagrima de seu rosto.

— Você anda muito sentimental, minha irmã. — Limpo seu rosto com os polegares — Tem certeza que você consegue lidar com esse caso?

A pouco mais de 7 meses, Malibu havia sido afastada de um caso, que acabou mal. Sua parceira Chloe German, foi assassinada numa operação que acabou em troca de tiros em uma área de periferia em LA. Depois disso ela ficou obcecada em achar o atirador, e foi afastada pelo Tenente Wellington de suas designações por estar emocionalmente transtornada.

— Não se preocupe comigo. — Ela força um sorriso. — Vamos focar na sua garota e vamos achar a irmã dela, ok?

Afirmo com a cabeça.

— Como quiser, minha irmã. — Digo com pesar, estou preocupado com Malibu, tanto quanto estou preocupado com Louise.

Porque as mulheres da minha vida me dão tanta dor de cabeça?

— Sean... — Me viro para a voz que me chama, e encontro o pai de Louise. — Onde está Louise? — Seu semblante está bastante cansado e seus olhos bem fundos e inchados, traços de que andara chorando.

— Vou deixar vocês conversarem mais à vontade. — Malibu diz com um sorriso educado. — É um prazer revê-lo, senhor Ruffus. — Ele a cumprimenta com um aceno de cabeça, e então ela volta para sala.

— Ela está lá em cima, —Me aproximo dele — está descansando. O senhor precisa de algo?

Renzla vem até nós e entrega para ambos uma xicara de café.

— Você não colocou vodca aqui, né Renz? — Ela revira os olhos, e sai praguejando algo em russo. Olho para Ruffus e ele está olhando seu café com dúvidas. — Pode tomar sem medo, Senhor Plant, — dou risada — é só uma brincadeira interna com a governanta da casa.

Ele concorda com a cabeça e toma seu café.

— Vocês já tiveram algum progresso? — Diz olhando para sala onde Malibu trabalha com seus homens.

— Não que minha irmã tenha digo algo. — Tomo um gole do meu café. — Mas eles estão trabalhando duro para acha-la.

Ele suspira fundo.

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora