CAPITULO QUINZE

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Vejo Clark se levantar do chão com a mão no nariz que está sangrando muito.

— Você quebrou meu nariz, seu maníaco!! — Ele diz bem puto.

Clark era alto do mesmo tamanho de Sean, vendo os dois se peitarem, dava a impressão de que eu era do tamanho de uma ervilha.

— Você tem sorte de eu ter quebrado só o seu nariz, camarada. — Malibu continua a puxa-lo para trás.

— Para com isso Sean! — Ela diz. — Está assustando a Louise. — Olho para ela no instante que ela diz o meu nome.

E então entendo o que aconteceu, Clark me beijou a força e Sean bateu nele.

Balanço a minha cabeça em negativa indo até Clark, e o chutando no saco.

Ele se agacha com as mãos no meio das pernas e cai no chão novamente.

— Você até pode ter o nome do homem de aço, babaca, mas você não é ele! — O chuto novamente. — Seu porco!

Malibu empurra Sean para o meu dormitório, e volta para me puxar.

— Vem Louise! — Ela bate à porta quando eu passo por ela. — Você está bem, amiga? — Pergunta preocupada.

— Estou. — Digo irritada. — Porque me puxou para dentro? Eu quero quebrar a cara dele! — Sinto uma mão no meu pulso, quando faço menção de sair de novo, e a sigo com o olhar até achar os olhos de Sean.

— Você não vai a lugar nenhum. — Ele diz sombrio. — Se acalme.

Respiro fundo irada.

— Você não fica mais nesse quarto sozinha, Louise! — Malibu adverte. — Eu só não vou até lá socar a cara dele, porque podemos atrair atenção dos outros campistas, e a gente pode se ferrar com isso.

Me sento na cama tentando controlar a minha respiração.

— Meus pais não podem ficar sabendo disso, gente! — Olho para os dois. — Eu não quero trocar de universidade de novo.

— Eles não vão. — Sean diz pegando minha mão e sentando do meu lado. — Eu resolvo isso, o reitor é um amigo antigo do meu pai. — Ele beija minha mão.

Penso em falar alguma coisa, mas Malibu me impede.

— Não se atreva a recusar, Louise!

Apenas concordo com a cabeça.

— Malibu, vai para casa ficar com papai. — Ele diz jogando as chaves do carro para a irmã. — Eu cuido de Louise.

Balanço a cabeça em negação.

— Vocês não precisam fazer isso gente. — Digo antes que ela saia. — Eu posso trancar a porta, ninguém vai entrar.

Sean me olha e balança a cabeça desaforado.

— Vai Malibu! — Ela beija minha bochecha e sai porta a fora.

— "Eu posso trancar a porta". — Ele imita o jeito como falei.

— Para com isso! — Digo chateada. — Não tem necessidade disso, Sean!

Me levanto da cama.

— Não tem necessidade disso? — Ele se coloca na minha frente. — Serio? — Sua voz sai mais alta do que o normal. — O cara beijou você a força, mesmo comigo do seu lado, e você acha que não pode acontecer nada de pior? — Ele balança a cabeça. — Você é muito ingênua, se pensa assim, Louise!

A garota deixada para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora