|Capítulo 9|

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"Oh, eu tento fazer todo mundo feliz
Mas e quanto a mim? Isso não é justo
É pedir demais?
É muito trabalhoso
Para alguém ficar por aqui diferente de todos antes?"

Please don't go - Abbey Glover

Please don't go - Abbey Glover

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Juliet Cooper Clinton

  A ex sogra da minha mãe é aquelas velhas que gosta de se passar por mocinha de vinte anos, ela tem tanto botox que eu duvido alguma parte do seu corpo ser real. Martha tem cinquenta e cinco anos, mas dificilmente alguém acredita nisso. Ela é alta, tem corpo de modelo, cabelos tingidos de caramelo na altura dos ombros com um corte tradicional, ela também anda sempre com roupas extremamente chamativas e saltos altos.

Martha é mãe do papai, que eu não dou o luxo de chamá-la de vovó porque na real, eu nem gosto dela. A dona Cassandra explica que começamos do jeito errado, mas eu é que não quero conhecer o jeito certo de ser tratado por avós. Não me entenda errado porque eu queria sim ser bem próxima dela, porém eu não confio naquela mulher. Acho que ninguém confiaria em alguém que tentou sufocar uma criança de três anos, e quando não conseguiu, a espancou até levá-la desacordada pro hospital e dizer que foi a babá. Ninguém fala dessa história aqui em casa, mas eu sei que a babá foi presa sem ter feito nada a mim.

  A minha avó é uma verdadeira bruxa!

— Juliet anjinho, já cheguei! — ouvi sua voz chata sendo arrastada com o vento que entrava deliciosamente pela enorme porta de vidro da sala.

— Meu santo protetor! Por pouco pensei ter visto um fantasma — digo deixando transparecer o sarcasmo.

— Irei ficar até quarta-feira aqui e você estará na minha responsabilidade. Já vou avisando, é melhor se comportar se não já sabe.

— Sério? Minha nossa, eu me esqueci que tinha medo de você. Mas me diz aí, o que vai fazer dessa vez? Espero que não seja me bater ou tentar me sufocar enquanto durmo, porque sinceramente, essa história já ficou chata — digo à olhando nos olhos, eu não queria a provocar, mas era injusto não transmitir todo sarcasmo entalado na minha garganta.

— Eu acho melhor você não começar com suas paranóias, porque vai ser bem feio se eu chamar a equipe de esquizofrenia pra vim te buscar — ela diz venenosa mantendo o sorriso no seu rosto de Barbie. Ela em dá repulsa. — Só obedeça as minhas origens e teremos uma ótima semana.

Engulo em seco e sai de encontro ao mar busca de ar fresco. Eu precisava parar de pensar em tudo que aconteceu, nas vezes em que  mamãe e papai saiam e me deixava com ela durante os finais de semana, no Natal que ela me trancou no sótão pra eu não sair na foto com a família. De alguma forma eu teria  que esconder que todas às suas  afrontas ainda me atinge, que todas as agressões contribuíram para minha vontade súbita de sumir.

No que as lembranças vem  a mente, caminho em direção às águas. O mar sempre foi minha maior distração nessa casa, toda as vezes que eu estava 'mó merda', eu vinha pra cá cortava meus pulsos e lavava com a água do mar. Dói pra caramba, mas pelo menos tirava minha atenção da dor que sentia no peito. Mais valia sentir o sal queimando minha  pele, do quê a rajada de palavras negativado sobre mim.

Fiquei na água por horas, de resto eu não aguentava mais o peso do meu corpo

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Fiquei na água por horas, de resto eu não aguentava mais o peso do meu corpo. Minha pele já ta quase roxa de tanto sol, minha boca tão seca que começou a sangrar. Desde pequena tenho sensibilidade com o sol e a água salgada, eu não podia ficar muito tempo exposta ao sol, principalmente quando ele está na parte da tarde. Eu não posso ficar muito tempo na água salgada, se não meu corpo enche de pequenas manchas roxas. Mas lá estava eu, tão desidratada que dava medo.

— Olha pra você, até parece que não sabe os riscos que corre por ficar na água desse jeito. Mas sempre tem que dá trabalho né Juliet?

— O quê em mulher? Me deixa em paz e cuida da sua vida.

  Atravesso a sala e subo as escadas do meu quarto, tranco a porta e trato de cuidar do meu corpo. Enquanto descanso sobre a rede na  sacada do  quarto, escuto um jazz e bebo Pérgola. Minha alma se encontra em paz, mesmo minha minha mente sendo um furacão. Eu fecho os meus olhos e...

— JULIET SUA MÃE QUER FALAR COM VOCÊ.

Droga!

— JULIET! — ela continua gritando por trás da porta.

— Já estou indo caramba, pare de gritar — digo desço os degraus lentamente, sempre tem alguém pra destruir a paz do mundo né?

Desculpe pela demora galera, estou terminando os últimos reparos do final fa história e em breve teremos tudo completinho pra vocês

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Desculpe pela demora galera, estou terminando os últimos reparos do final fa história e em breve teremos tudo completinho pra vocês.
       

Um Quase Nada De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora