"Ai, eu me perdi de novo
Me perdi e não há lugar nenhum pra me encontrar
É, eu acho que eu poderia desmoronar
Me perdi de novo e me sinto inseura"Breathe me - Sia
Juliet Cooper Clinton
Talvez a criança seja adotada. Adotada, você consegue sentir o peso dessa palavra? E o que você faria no meu lugar? Porque eu estou determinada a entender que a culpa não é minha.
Prendo meus cabelos em um coque e vou à procura do que parece ser a solução das minhas confusões, e meu ponto de partida foi o álbum de fotos. Foto minha no aniversário de um ano, nos natais, feriados de ação de Graças, fotos da família perfeita. Fotos, fotos e fotos mas nenhuma delas é da senhora Cassandra grávida. E sabe qual a parte mais amedrontadora? Nenhuma outra pessoa naquelas fotos eram ruivas, ninguém tinha no mínimo os olhos verdes como os meus. E juro que estava tentando, mas eu não consigo controlar o oceano de decepção que transborda de dentro de mim, estava difícil até controlar os soluços porque agora tudo fazia sentido, as imagens que o e-mail desconhecido, essas fotos, e o nome "Valaha" que não saí da minha mente. Tudo agora faz sentido.
Uma onda de dessespero me choca me fazendo dá um gritinho de nervoso. Já ouviu o ditado que diz que a lágrima mais pesada é aquela que não caí? Isso está acontecendo comigo, mesmo que eu derrame algumas lágrimas, mas não é o suficiente porque o que está doendo não sai.
- MÃE! - grito no meio do corredor. Ela parece na porta do seu quarto toda assustada e descabelada, além de está enrolada com um lençol.
- O que aconteceu? Por quê está gritando no meio da madrugada? Você deveria estar dormindo.
- Eu preciso daquele pendrive com as outras fotos da família - digo entrando no quarto dela e tomo um susto quando vejo meu pai na sua cama. - Oh caramba, o que você está fazendo aqui? E você está traindo o Noah com o papai? Ou...meu Deus que confusão é essa?
Eu não sabia o que dizer, meis olhos vão de um ao outro sem conseguir acreditar.
- Espera do lado de fora Juliet - meu pai diz tapando seu corpo nu com o edredom.
- Eu não vou esperar lá. Eu quero o pendrive - digo abrindo as gavetas do criado mudo raivosa.
- Não existe mais esse pendrive - minha mãe diz atrás de mim, ela não fazia nenhum esforço pra tentar desmontrar que ela era segurar de si.
- Vocês sumiu o pendrive que dizia ter fotos da gravidez e os vídeos do parto? - pergunto dividindo o olhar entre os dois, ninguém diz nada. - Que tipo de pais vocês são? Ah nem me vem com aquele papo de que guarda mais isso.
- Juliet pra quê você quer essas fotos? Será que dá pra ir se deitar?
- Oh! Desculpa, você estavam se divertindo. - faço cara de nojo.
- Eu..ele.. nós - ela se atrapalha toda. - Dá pra ter mais respeito com a gente.
- Respeito? Que seja - olho nos olhos deles, e caminho pra fora.
Fecho a porta do quarto deles, e como sei que ela viria tirar satisfação de qualquer coisa que eu faço, eu os tranquei lá dentro com uma chave mestre.
Adotada.
O caus se instala quando você percebe que na verdade ele nunca esteve quieto.
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Um Quase Nada De Você
Teen FictionUma história convincente sobre como as decepções pode ser o portal para desencadear de novas paixões. Não é sobre uma família perfeita, e nem sobre um acaso: é sobre gente fracassada tentando encontra encontrar o caminho da reconstrução. Cuide-se an...