KINGxKING

Capítulo XXV

Jimin estava de pé, olhando pela janela do quarto, o grande portão, o qual separava o Palácio do resto da cidade.

Nada entra ou sai sem passar pelas verificações dos guardas.

Suspirou. Como ele faria isso? Como ele faria isso sem chegar aos ouvidos de Jungkook?

Ora, mas a culpa não era de Jimin.

Jimin passou a mão no rosto, frustrado.

Ouviu o som da porta e se virou minimamente, encontrando com Jungkook entrando no quarto.

Virou seu rosto novamente para a janela, afim de ignorar o mais alto:

— Você está bem? — O ouviu perguntar.

— Sim. — Respondeu simples.

Jungkook suspirou e parou atrás dele, o abraçando por trás:

— Está bravo?

— Não.

— Jimin...

— Você não confia em mim. — Jimin fez com que Jungkook o soltasse e foi para o outro lado do quarto, enquanto Jungkook o acompanhava com os olhos. — Eu poderia fazer dar certo a minha idéia, mas você não confia em mim!

— Eu confio em você, Jimin... — Jungkook tentou se aproximar novamente.

— Não. Você não confia. Sabe que eu posso fazer isso.

— Eu sei que pode, mas não é um bom momento.

— E quando é? — Jimin cruzou os braços, tentando conter de lacrimejar. — Jungkook, pelo amor de Deus, tem crianças passando fome, não feche os olhos para isso.

— Jimin...

— Eu... — Jimin se sentou na cama, de costas para Jungkook. — Eu só... Eu tenho que fazer isso Jungkook... Eu não... Eu não posso deixar isso pra outro momento.

Jungkook suspirou, sentando ao lado dele:

— Tudo bem.

— O que?

— Tudo bem, Jimin.

— Você...

— Amanhã eu aviso Namjoon para te ajudar no que for necessário...

— Sério? — Jimin não conseguiu se conter ao abraçar o marido. — Obrigado, Jungkook.

👑

— Certo... Temos trigo, leite, ovos... — Jimin verificava a grande quantidades dos citados em cima da mesa de madeira da cozinha.

— Uau. — Jin terminou a contagem dos ovos. — Jungkook realmente disponibilizou uma boa quantidade de tudo para podermos fazer os pães e as outras coisas...

— Sim. — Jimin sorriu, não estava mentindo. Jungkook havia feito questão de dar apoio ao menor.

— Podemos começar? — Jin perguntou animado.

— Podemos. — Jimin começou  quebrando um ovo

Já era depois do almoço quando apenas os dois estavam na cozinha, conversando sobre assuntos aleatórios:

— Droga. — Jimin resmungou quando derrubou um ovo sem querer, e o quebrou com o impacto no chão.

— Tudo bem, eu limpo. — Jin falou lavando a mão. — Só vou pegar um pano.

— Obrigado. — Jimin sorriu fraco para o amigo.

Jin saiu da cozinha assobiando.

Jimin começou a mexer na massa do pão quando sentiu duas mãos em sua cintura.

Pulou com o susto, virando a cabeça para enxergar quem estava fazendo tamanha audácia:

— J-jungkook? — Sorriu de nervoso. — O... O que está fazendo aqui? S-sua família n-não é contra en-entrar na cozinha?

— Quem vai me impedir? — Ele sorriu. — O que está fazendo?

— A... A massa. — Jimin a soltou, se virando para Jungkook. — O... O que f-foi? — Jimin olhava para Jungkook e  intercalava sua olhada para a porta da cozinha por cima do ombro do marido.

— Eu só queria ver como você está se saindo... É a primeira vez que você coloca uma idéia sua em prática em relação ao reino.

— E-eu estou me saindo bem, melhor do que eu mesmo esperava.

— Cadê os seus ajudantes? — Perguntou confuso.

— Eles... Eles já estão voltando.

— Certo... Eu já vou, tenho convocação daqui a pouco. — O mais alto segurou o queixo do menor, fazendo a cabeça de Jimin se erguer e ele dar um breve beijo na boca do mesmo. — Boa sorte.

— Obriga-do.

Jungkook sorriu, voltando a caminhar até a porta e sair do campo de visão de Jimin.

Este, se apoiou na mesa, com as pernas bambas:

— Jimin? — Jin entrou na cozinha, com um pano em mãos. — O que aconteceu? Está mais branco que um fantasma...

— N-nada. — Jimin tentou se recompor.

— Eu demorei porque não estava achando o pano... ele estava tentado secar no sol, quando foi que Lisa o colocou lá?

— Graças a Deus. — Falou baixo.

— O que? — Jin indagou se abaixando para limpar o chão.

— N-nada! Eu acho que ela os colocou lá pela manhã.

— Oh. — Jin sorriu, terminado de limpar.

— Santo Cristo. — Jimin esfregou a mão ainda trêmula no rosto.

— Você está bem mesmo? — Jin perguntou novamente.

— Eu estou... Vamos continuar.