Capítulo XXXIII

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Jimin entrou contente na cozinha, vendo a mulher lavar alguns talheres:

— Seulgi. — A abraçou por trás de uma vez.

— Jimin. — Ela deu um leve pulinho de susto, se virando em seguida. — Que susto menino. — Riu e o abraçou.

— Eu estava com tanta saudade daqui. — Sorriu.

— Eu fiquei sabendo do que aconteceu com você em Daegu. Você está bem? — Separou um pouco do abraço para encarar o maior.

— Sim... De qualquer jeito já passou. — Suspirou. — O que aconteceu quando estive fora?

— Não queira nem saber querido, acredite.

Jimin a olhou confuso, mas concordou sorrindo fraco:

— Cadê o Jin? — Indagou.

— Acho que está no quarto dele, ele não veio trabalhar hoje.

— E a Lisa?

— Da última vez que eu a vi ela estava no jardim cuidando das flores.

— Certo, eu vou lá falar oi pra ela então.

— Tudo bem, não a assuste. — Seulgi deu um leve tapinha no braço de Jimin, que riu indo até a porta.

Assim que saiu da cozinha, caminhou pelo gramado um tanto quanto seco, indo até o jardim e vendo a figura feminina regando as flores:

— Lisa. — Jimin falou caminhando até ela.

— Jimin. — Ela correu para abraça-lo. — Você está bem? — Segurou no rosto de Jimin, o virando de um lado para o outro para ver se achava algum machucado. — Você está ferido?

— Eu estou bem. — Jimin segurou suas mãos, as tirando de seu rosto e continuou a segurá-las — Senti sua falta.

Lisa sorriu, o abraçando novamente:

— Eu também.

— O que é isso no seu braço? — Jimin indagou, segurando o pulso da amiga cuidadosamente.

— Oh, não é nada. — Lisa puxou o braço da mão de Jimin sutilmente, o segurando contra seu peito para esconder o roxidão  do maior. — Como foi de viagem? — Indagou na tentativa frustrante de mudar de assunto.

— Lisa, quem fez isso no seu braço? — Indagou mais sério daquela vez.

— E-eu acho que a MinHee não gostou muito da minha comida. — Riu fraco se lembrando da cena.

— O que ela fez? — Jimin segurou novamente o braço da amiga, alisando levemente a parte roxa.

— Ela disse que eu tinha exagerado no tempero da comida, então ela jogou o prato em mim e acertou meu braço. — Ela sorriu fraco. — M-mas eu estou bem. Isso foi dois dias depois que você foi pra Daegu.

Jimin não disse nada, apenas a puxou pra um abraço:

— Jungkook presenciou a cena? — Perguntou.

— Não, ele não estava almoçando com elas naqueles dias.

— Eu sinto muito. — Jimin a abraçou mais forte.

— Está melhor agora. — Ela sorriu se separando do abraço. — Já não dói mais... Oh, boa tarde Rei Jeon. — Lisa fez reverência ao ver Jungkook se aproximar dos dois.

— Boa tarde, Lisa. Posso conversar com o Jimin?

— Sim, claro. Com licença. — Pediu, lançando um sorriso para Jimin antes de sair dali e deixar os dois a sós.

— As flores estão quase perdendo a vida. — Jimin falou depois de um tempo em silêncio, olhando para elas.

— Elas sentiram sua falta. — Jungkook sorriu. — Eu tomei uma decisão sobre o que fazer com o Jung Wo.

— Vai matá-lo? — Jimin indagou, cruzando os braços e encarando o marido.

— Eu quero. Você deixa?

— Não.

— Já sabia. — Riu — Mas não é isso. Ele ficará o resto da vida na prisão, por sequestro ao rei, mas eu pagarei todas as dívidas dele para que não aconteça nada com o filho.

— Jungkook... — Jimin sorriu. — Obrigado. — O abraçou.

— O filho dele poderá ve-lo 2 vezes ao mês. — Terminou a fala sentindo Jimin o abraçar mais forte.

— Eu te amo. — Falou separando um pouco do abraço para encarar Jungkook.

— Eu também te amo. — Jungkook tirou uma mexa de cabelo que caia nos olhos de Jimin e a colocou pro lado. — Muito.

— Eu estou me lembrando da noite que tivemos em Daegu. — Sorriu tímido.

— Ainda dói? — Jungkook indagou preocupado.

— Não... Foi perfeito.

— Jimin eu... Eu preciso lhe dizer uma coisa.

— O que? — Perguntou.

— Eu vou pra Busan.

— O que? — Jimin soltou o abraço, se distanciando dois passos do marido.

— Eu preciso ir para Busan, Jimin. A guerra está começando e eu preciso preparar o exército.

— Não. Você não... Você não pode me dar a melhor noite da minha vida e depois dizer isso, você não tem esse direito. — As lágrimas já ameaçavam a cair dos olhos de Jimin, mas ele se manteve firme — Você prometeu que não ia me deixar sozinho. Você prometeu!

— As circunstâncias mudaram Jimin, e os planos também.

— Não, você não pode ir, v-você prometeu.

— Por favor, Jimin. Me escute. — Pediu tentando se aproximar.

— Não, você vai me escutar. Você não pode fazer isso comigo. — Gritou.

— Eu sou rei Jimin, eu preciso ir.

— Eu também sou rei. — Jimin gritou mais alto. — E eu proíbo você de ir. E se você for... Eu vou.

— O que? Você não vai sair de Seoul.

— Então você também não vai.

— Jimin...

— Minha vida pela sua. Se você for, eu vou. Se você ficar, eu fico. — As lágrimas já desciam pelo rosto do menor, enquanto ele tentava manter a postura firme.

Jungkook suspirou fundo, olhando para Jimin:

— Tudo bem.

— N-nós vamos ficar? — Jimin indagou com medo.

— Nós vamos ficar. — Respondeu se aproximando do marido que não resitou em abraça-lo forte.

— Eu aguentei muitas coisas desde quando eu cheguei aqui. Mas isso eu não aguento Jungkook, isso não.

Jungkook não respondeu nada, apenas continuou abraçado a Jimin enquanto pensava.

Próxima atualização: 22/04.

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