KINGxKING

Capítulo XXVI

— Isso é ridículo, Jungkook! Como pode permitir que isso acontecesse? — A Jeon gritava na sala.

— Mãe, por favor. — Jungkook revirou os olhos. — Pare de gritar, minha cabeça dói.

— Estamos a um fio de entrar em guerra e você permite que Jimin desperdice alimento com aquelas crianças imundas?

— Sabe como ele é... — Jungkook riu fraco, tentando não prolongar o assunto.

— Eu sei como ele é, eu sei bem quem ele é. Com quem você se casou Jungkook? Céus. Seu pai estava louco quando morreu, por isso ele permitiu esse casamento, que atrocidade.

— Meu pai era sábio mãe, confio nas decisões dele. E meu casamento está indo bem.

— Você não era assim Jungkook, o que fizeram com você? MinHee está a sua disposição no palácio e você...

— Eu amadureci mãe. — Gritou farto. — Eu conheço o meu lugar, está na hora de você saber o seu.

A mulher o olhou com indignação, mas antes de conseguir responder, a porta foi aberta mostrando Namjoon e Jimin:

— Desculpa atrapalhar majestade. — Namjoon falou sem jeito.

— Tudo bem, não era nada importante. — Jungkook olhou para Jimin, que tinha a cabeça baixa. — Ela já estava indo, não é mãe?

— Sim. — A mulher bufou. — Conversamos mais tarde. — Assim, ela deu as costas para o filho, esbarrando em Jimin com os ombros quando passou por ele.

— Está tudo bem? — Namjoon perguntou se aproximando da mesa.

— Está. Só dramas familiares. — Riu fraco.

— Nós... Estamos indo para a praça do reino entregar os alimentos. — Jimin falou baixo, quase envergonhado.

— Ah sim. — Jungkook se levantou da poltrona. — Vou pedir para que os guardas acompanhe você, e Namjoon, quero você presente na convocação de hoje.

— Certo. Algum motivo específico?

— Busan, precisamos esclar...

— Eu... — Jimin os interrompeu, fazendo os dois olharem para ele. — Vou me preparar pra ir até a cidade com os meus ajudantes.

— Certo, meu bem. — Jungkook sorriu. — No final do dia você me conta tudo o que aconteceu.

Jimin sorriu fraco:

— Tudo bem. — Fez uma reverência fraca, saindo dali.

Caminhou por todo o palácio, até chegar na cozinha, onde encontrou um corre-corre de muitos cozinheiros:

— Jimin, ai está você. — Jin se aproximou. — As comidas já estão sendo colocadas na charrete.

— Cadê a Lisa? — Jimin caminhou pra fora do palácio usando a porta da cozinha, sendo seguido por Jin animado atrás de si.

— A Lisa? Eu não sei. Mas logo ela deve aparecer.

Jimin olhou a grande quantidade de comida que um cavalo puxaria:

— Não é melhor colocar dois cavalos? — Jimin indagou para um dos ajudantes. — Ficará muito pesado para apenas este puxar.

— Oh, é claro majestade, irei providenciar agora mesmo. — O ajudante saiu apressado.

— Você vai com a gente Seulgi? — Jin perguntou, sem ao menos conseguir ficar parado no mesmo lugar, tamanha a empolgação.

— Oh não, irei ficar. — A mais velha riu. — Estou cansada de mais para isso.

— Vai ser legal. — Jin insisto.

— Sei que vai, querido. Façam um bom serviço lá.

— Pode deixar. — Jimin entrou na carruagem, puxando Jin junto com ele.

— Oh, antes que eu me esqueça. — A mais velha tornou a falar. — Lisa já está lá.

— Ah, certo. Vamos então.

A carruagem começou a andar, e atrás dela algumas pessoas com cavalos a seguia.

O portão foi aberto e alguns minutos depois, já estavam na praça com os olhares curiosos das pessoas sobre eles:

— Vamos lá. — Jin falou animado, pulando para fora da carruagem.

— Vocês demoraram. — Lisa reclamou.

— Estamos aqui agora. — Jimin sorriu.

Assim, os cavalos que trazia a charrete com os alimentos chegou.

Ao notarem, as pessoas começaram a se aproximar e a distribuição de alimentos entre crianças, mães e jovens começou.

Todos estavam sorrindo, ajoelhando na frente de Jimin e o agradecendo por aquilo.

Jimin estava sem graça e pedia rapidamente para a pessoa se levantar:

— Obrigado majestade. — Uma mulher grávida tentava ajoelhar.

— Pelo amor de Deus, levante. — Jimin tentou ajudá-la a levantar, mas a mesma insistia em agradecer de joelhos:

— Eu tenho dois filhos e mais um a espera, meu marido mal consegue nos alimentar, obrigada por essa comida.

— Está bem. — Jimin ajoelhou a sua frente. — Mas por favor, levante.

Ela concordou, enquanto Jimin a ajudava a ficar de pé.

Uma sensação ruim de ser vigiado o incomodava. Olhou na direção onde jurou ter alguém lhe olhando mas nada encontrou:

— Você está bem? — Jin perguntou, o assustando.

— Estou, só... — Jimin olhou novamente para a direção. — Nada, não foi nada.