Capítulo XIV

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Já era de manhã quando Jungkook ouviu alguém batendo na porta da sua sala:

— Entra. — Falou ainda lendo alguns papéis.

— Atrapalho? — Namjoon fechou a porta atrás de si e caminhou até a mesa do rei.

— Sabe que não. — Jungkook deixou os papéis na mesa, encostando suas costas na cadeira, dando sua atenção para Namjoon. — A que devo a honra de te ter na minha sala antes das 08:00 da manhã?

— Jungkook — Namjoon suspirou pesado — A cidade de Sokcho está em crise.

— O que? — Jungkook ergueu a sobrancelha, surpreso.

— A cidade está passando fome Jungkook. A comida está em escassez.

— Isso é impossível Namjoon, Sokcho tem sua própria produção de alimento

— Sei disso, o problema é o solo.

— O que aconteceu com ele?

— Se tornou infértil nos últimos dias, não cresce mais nada naquela terra.

— E o que já tinha plantado?

— Tentaram salvar, mas grande parte morreu.

— Isso não faz sentido... Sokcho tem uma das terras mais férteis da Coréia do Sul para plantação e gado.

— O rei de Sokcho não sabe dizer o que aconteceu.

Jungkook ficou em silêncio e pensativo por alguns minutos:

— Sokcho é o reino mais próximo da fronteira com a Coréia do Norte, estou certo?

— Sim. — Namjoon confirmou já entendendo o que o rei estava insinuando. — Você acha que a Coréia do Norte tem envolvimento com o que aconteceu com o solo de Sokcho?

— Não só acho como tenho certeza. É impossível o solo de Sokcho se tornar infértil de uma hora para a outra.

— Produtos químicos, talvez?

— Sim, Sokcho mandava alimento para pelo menos seis cidades próximas a ela, droga. — Jungkook esfregou sua mão no rosto, em sinal de nervosismo — A Coréia do Norte foi esperta, Namjoon.

— O que faremos?

— Leve o gado de Sokcho para Gyeongju, onde a terra é fértil, leve os trabalhadores também.

— Certo.

— Qual a situação de Busan?

— Busan tem toda a sua atenção na proteção da fronteira.

— Peça pra Daegu e Cheonan mandar alimento e suporte para Sokcho e região então.

— Certo.

— E prepare uma viagem pra Busan amanhã, eu preciso conversar com o rei.

— O que vai fazer?

— Precisamos de homens em Sokcho. A Coréia do Norte não pode avançar mais.

Jungkook se levantou e foi até a porta, sendo seguido por Namjoon e quatro guardas que esperavam do lado de fora, começaram a andar apressadamente pelos corredores do palácio:

— Nós precisamos começar um treinamento mais rígido para os soldados. — Namjoon falou.

— Eu mesmo vou providenciar isso Namjoon... E precisamos de mais soldad... O que é isso? — Jungkook parou ao ver sua mãe, sua irmã e uma mulher na porta do palácio, um pouco mais distante havia um Jimin tímido.

— Oh filho, lembra da MinHee? — Sua mãe segurou seu braço e o levou de frente para ela

Jungkook olhou para a garota:

— O que ela está fazendo aqui?

— Desculpe meu filho MinHee, juro que ensinei ele a ser educado.

— Tudo bem. Jungkook, sabe a situação que está com os reinos perto da fronteira, não sabe?

— Sei.

— Pois bem, meu pai conversou com a sua mãe para me deixar passar um tempo aqui no palácio, para a minha segurança.

— Você concordou com isso sem a minha permissão? — Jungkook ignorou a moça e olhou para sua mãe.

— Filho, não se esqueça que ela é princesa de Munson. Ela precisa de proteção já que o reino dela está em alerta.

— Não me trate como estranha Jungkook, sabe o que já passamos quando mais novos. — MinHee sorriu malicioso para o moreno.

— Me avise antes de qualquer decisão mãe.

— Oh certo, vamos conversar melhor na hora do almoço.

Jungkook não respondeu nada e caminhou até Jimin:

— Você está bem? — Segurou delicadamente o rosto do menor.

— Eu acho que sim... — Sorriu fraco.

Jungkook deixou um delicado selinho nos lábios de Jimin:

— Te vejo mais tarde. — Jungkook voltou a andar apressadamente, seguido por Namjoon e os guardas que o aguardara, saindo da sala.

— Então você é o Jimin? — MinHee perguntou ao assistir a cena.

— Sim. — Respondeu tímido.

Ela sorriu deboxada:

— Nos vemos na hora do almoço.

MinHee saiu da grande sala.

Jimin se sentiu estranho com aquela menina, como se algo pedisse para ele tomar cuidado.

Decidiu deixar esses pensamentos pra depois, caminhando até a cozinha, mas antes de chegar, sentiu alguém esbarrar em seu corpo e cair, junto com alguns panos que a pessoa levava consigo.

— Céus Lisa. — Jimin ajudou a amiga a levantar. — Você ainda vai matar alguém assim.

— Jimin. — Lisa riu se colocando de pé. — Você é o único sortudo que se esbarra em mim.

Os dois se abaixaram para pegar os panos que estavam no chão:

— Você está ocupada hoje Lisa?

— Pra você, claro que não, por que?

— Me ajuda a plantar algumas flores? Quero fazer um jardim na lateral do palácio.

                       ※          ※         ※

muito confusa a história? Kkk

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