Capítulo XXIX [II]

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Jimin acordou sentindo uma forte dor em sua nuca e em seus pulsos.

Estava sentado em uma cadeira em um lugar escuro.

Tentou se mover mas estava preso com seus pés amarrados aos pés da cadeira e suas mãos amarradas fortemente atrás do encosto da mesma.

Tentou soltar pelo menos as mãos mas apenas conseguiu fazer que seus pulsos doessem ainda mais com o esforço.

Decidiu parar então, qualquer coisa que tentasse fazer não resultaria a nada e apenas lhe causaria mais dor.

Passou a tentar descobrir aonde estava. Estava escuro, mas aos poucos seus olhos foram se acostumando com o ambiente e ele conseguiu enxergar melhor.

Jimin estava em um... Porão?

Se perguntou mentalmente e o medo começava a aparecer.

Tentou soltar suas mãos novamente mas parou ao se assustar com a porta do porão se abrindo e um homem descendo as escadas de madeira:

— Você acordou — Falou, fazendo Jimin se encolher mais. — Céus, você me assustou. Pensei que eu tinha batido muito forte na sua cabeça e que você tinha morrido.

— Onde...? Quem é você? — Indagou confuso enquanto o encarava.

— Jung Wo, majestade — Ele se apresentou fazendo uma reverência.

— Você...

— Não se preocupe. Eu não vou te machucar.

— Então me solta. — Pediu.

— Não posso. — Respondeu.

Jimin suspirou, estava assustado e o homem mantinha seu olhar nele:

— Então solta um pouco a corda, está me machucando.

— Oh, me desculpe. — Pediu indo atrás de Jimin e aliviando um pouco a corda. — Está com sede? Deve estar.

— O que você quer? — Indagou ignorando a pergunta do outro.

— Gosta de histórias, Jimin?

— Depende.

— Dessa eu acho que você vai gostar. — Pegou outra cadeira, se sentando a frente de Jimin.

Jimin o olhou com receio, mas ficou em silêncio para que o homem começasse a contar:

— Vamos voltar pelo menos 25 anos atrás, huh? — Jimin concordou com a cabeça, ainda confuso. — Eu era jovem... Tinha acabado de ganhar minha independência saindo da casa dos meus pais. Foi em uma dessas épocas festivas do ano que eu conheci uma mulher. — Jimin ergueu a sobrancelha. — Três encontros foram suficientes para nos apaixonarmos e fazermos juras de amor um pro outro.

Jimin o olhava mais confuso que o de início:

— Eu era um camponês pobre e mesmo assim aquela mulher me amava e dizia isso sempre que nos víamos. Até que eu descobri que ela era princesa.

— Espera. — Jimin o interrompeu. - Era a minha mãe?

— Ela nunca lhe contou isso, não é?

— Não.

— De qualquer forma, mesmo depois da minha descoberta, nos continuávamos juntos. A data para a coroação estava chegando e nós íamos fugir depois que o pai dela, seu vô, deu a mão dela para outro homem. Um rei.

— Vocês iam fugir? — Indagou.

— Sim. Mas alguns dias depois, sua mãe me disse que assumiria seu papel de rainha e me pediu para nunca mais procura-la.

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