Capítulo XXVII

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— Você tinha que ver Jungkook, foi incrível. — Jimin contava sua tarde empolgado enquanto arrumava os lençóis da cama. — Tinha tantas pessoas sorrindo e agradecendo.

— Isso é bom Jimin.

— Estava tudo tão maravilhoso. Tinha até música animada de fundo. — Falou empolgado.

— Fico feliz.

— Podemos fazer isso duas vezes por mês. — Se animou ainda mais.

— Vou providenciar isso.

Jimin parou de arrumar a cama e encarou Jungkook, que o ajudava do outro lado:

— O que foi Jungkook? — Indagou.

— O que? Nada. — Jungkook sentou na cama, dando as costas para Jimin.

— Jungkook... — Jimin engatinhou na cama, até chegar atrás do marido e começar a fazer uma leve massagem em seu ombro. — Eu sei que aconteceu alguma coisa... Me conta vai. — Beijou a nuca do moreno antes de abraça-lo e repousar sua cabeça na curvatura do ombro do maior.

Jungkook virou um pouco a cabeça, olhando Jimin por cima do ombro:

— 23 soldados que estavam na fronteira morreram hoje de tarde.

— O que? — Ergueu a sobrancelha, sem sair da posição. — Como?

— Flechas no peito e na cabeça vindo da Coréia do Norte...

— Mas... Por que?

— Eu não sei. Jimin... Amanhã vai haver uma assembleia com todos os reinos da Coréia do Sul.

— O que vocês vão fazer?

— Vamos decidir se vamos anunciar guerra ou não. — Jungkook não ouviu Jimin dizer mais nada, apenas sentiu o menor o abraçar mais forte.

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— Você vai ficar tonto se continuar andando pra lá e pra cá, Jimin. — Jin falou enquanto estava sentado na mesa de madeira da cozinha. — Senta aqui do meu lado. — Pediu mais uma vez.

— Não dá, estou nervoso.

— Jimin, não adianta nada ficar se torturando assim. — Lisa apoiou Jin.

— Vai, vai. — Seulgi apareceu com um copo de água, empurrando Jimin para sentar em uma cadeira. — Toma água.

— Certo. — Jimin respirou fundo antes de tomar um gole da água. — Céus, Seulgi. Quantas colheres de açúcar você colocou aqui?

— Três... Ou foi quatro? Querido você está me deixando nervosa também. — Seulgi pegou o copo da mão de Jimin tomando 5 goles de água seguidos.

— Desculpa. — Jimin riu.

— Quanto tempo demora essa assembleia? — Jin perguntou apoiando a cabeça na mão.

— Eu não sei... — Jimin respondeu. — Mas daqui a pouco o Namjoon aparece dizendo o que aconteceu lá dentro.

— E você acha que vai ter guerra? — Lisa indagou curiosa.

— Eu não sei. — Confessou suspirando. — Eu estou com tanto medo.

— Do Jungkook não conseguir controlar a guerra?

— O que? Não Jin! Confio no Jungkook, sei que ele vai conseguir resolver isso.

— Olha Jimin. — Lisa passou a brincar com os próprios dedos. — Jungkook é inteligente e isso ninguém pode dizer o contrário, mas... Jungkook ainda é novo, não tem a sabedoria que o pai dele tinha pra essas situações.

— Parem de assustar o garoto. — Seulgi resmungou — Não se preocupe, meu bem. — Fez carinho nos cabelos de Jimin. — Jungkook é inteligente e ainda tem o Namjoon do seu lado, ninguém derruba aquela dupla não.

— Obrigado. — Sorriu. — Eu confio no meu mari-

— Namjoon eu juro pelo meu pai, se eu não derrubar o rei da outra Coreia, eu derrubo pelo menos o rei de Busan. — Jungkook entrou na cozinha furioso e apressado. — Jimin, vem.

Jimin os olhou confuso no primeiro momento, depois arregalou os olhos, olhando para Namjoon:

— Ele quis te provocar Jungkook. — Namjoon respondeu se referindo ao rei de Busan.

— Ele quis se mostrar superior a mim justo agora? — Jungkook riu nervoso. — Aquele imprestável não serviu nem pra vigiar a porcaria da fronteira. Que droga, vem logo Jimin.

Jimin se levantou da cadeira quase sem rumo, indo até Jungkook, com os olhos confusos dos cozinheiros o seguindo.

Jungkook saiu da cozinha, levando Jimin até o quarto, sendo acompanhado de Namjoon:

— Me da até amanhã, Namjoon. — Jungkook pediu, fechando a porta do quarto na cara do maior.

Se virou para o quarto, vendo um Jimin confuso o olhar:

— Você quer ver sua mãe? — Jungkook perguntou indo até ele e dando um beijo em sua testa, antes de caminhar até a gaveta, pegando algumas roupas de Jimin.

— Eu... — Jimin o olhava perdido. — Sim, mas...

— Você vai pra Daegu, Jimin.

— O que? — Jimin segurou o braço do marido. — O que está acontecendo Jungkook?

Jungkook respirou fundo:

— Foi declarado guerra. Eu preciso te tirar de Seoul.

— Não. — Jimin o olhou incrédulo.

— Jimin, por favor. Eu dobrei a proteção em Daegu, o reino de lá está seguro.

— Jungkook, me escuta...

— Jimin. — Jungkook segurou suas mãos, com delicadeza. — Eu preciso de você lá. Eu preciso saber que você está seguro pra eu poder tentar resolver a situação aqui.

— Mas eu... — Jimin abaixou o olhar.

— Se acontecer alguma coisa com você Jimin, a Coréia do Norte ganha a guerra porque eu não vou conseguir ter forças pra fazer mais nada...

— M-mas eu estou com medo — Jimin o abraçou chorando.

— Eu prometo te buscar assim que acabar. — Jungkook retribuiu o abraço. — Eu preciso que você arrume suas coisas agora, você irá amanhã de manhã.

— Tá. — Jimin o soltou, indo até o guarda-roupa. — Jungkook...

— O Seokjin pode ir com você.

— O q-que? — Jimin o olhou assustado.

— Eu já sabia Jimin.

— D-desde quando?

— Desde quando Namjoon foi me pedir a lista.

— Está bravo?

— Não... Só... Decepcionado. Vai, termina de arrumar as coisas.

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