capítulo 8

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POV Beatrice on

“5 minutos. Faltam 5 minutos” Murmurei para mim mesma, andando de um lado para o outro não conseguindo parar quieta com a ansiedade de voltar a ver a minha pequena irmã.

Ela é linda, completamente o oposto do que eu acho de mim. Mas é igual a mim, só que esta tem 12 anos e eu tenho 17. Os seus olhos são azuis como os meus e o seu cabelo também é loiro.

Saímos ao meu pai. Ele é russo, mas quando conheceu a minha mãe mudou-se para Londres. Cinco anos depois da Lind nascer, os meus pais divorciaram-se e o meu pai foi viver para a Rússia, levando a Lind. A última vez que a vi, foi o ano passado, exatamente por esta altura. Hoje foi o último dia de aulas, e decidiram fazer uma festa de despedida para os do último ano, ou seja, eu.

 Mas eu não estou lá. Eu vou passar este dia com a minha irmã. E claro, com o meu pai…

“Trice!” Ouvi uma voz doce chamar-me e virei-me rapidamente, vendo a Lind correr até a mim.

Abri os braços e abracei-a mal esta me alcançou.

“Princesa” Suspirei, apertando-a.

Largou-me e sorriu para mim, com o maior sorriso que os seus lábios permitiam.

“Uau, estás enorme!” Realmente estava. Quase da minha altura, não que fosse preciso muito.

“Beatrice”

Elevei o olhar até à voz que me chamara e olhei-o sem emoção.

“Pai” Forcei um sorriso. Mas só pela Lind.

Ele abriu os braços e eu forcei o meu corpo a avançar na sua direção. Não retribui ao abraço, mas deixei-me levar naquele aperto paternal.

“Estás crescida” Sorriu.

“Com esta idade já não posso crescer muito” Dei-lhe um sorriso falso.

A Lind pareceu aperceber-se e puxou-me para começar a andar, começando a contar-me todas as suas histórias com os seus amigos, na Rússia. O meu pai, limitava-se a seguir-nos com um sorriso na cara, mas que eu desprezava por completo. Entramos no táxi, sempre sem nos calarmos. Eu ouvia tudo o que ela me dizia com muita atenção, acenava e sorria com a sua felicidade.

“Bem, agora não vamos já para casa” Falei, sorrindo, quando esta me deu oportunidade de falar.

“Então vamos almoçar aonde?” Os seus olhos repletos de curiosidade.

“Ao centro comercial” Sorri.

“Será que também posso acompanhar as minhas duas princesas?” Não, não e não.

“Hum, eu estava a pensar em depois ir às compras com ela…” Não é mentira.

“Não faz mal” Sorriu.

O táxi parou e saímos mesmo em frente ao centro.

“Então, Beatrice, quando é que estás a pensar em tirar a carta de condução?” Questionou, provavelmente tentando fazer conversa.

“Quando conseguir juntar dinheiro suficiente” Disse sem o encarar.

“Eu podia ajudar-te a pagá-la…”

“Só podes estar a brincar comigo” Ri cinicamente “Não tens dinheiro para sustentar a minha irmã, mas para me dares graxa já tens? Incrível”

“Beatrice…”

“Não quero mais falar contigo agora. Se faz favor, vai para casa esperar que a mãe chegue, que hoje é um dia só meu e da Lind” Atirei-lhe as chaves de casa e puxei a Lind para a entrada.

Suspirei e respirei fundo, acalmando-me.

“Desculpa, Lind, é só que…”

“Não faz mal, Trice, eu teria feito o mesmo” Respondeu, olhando-me com um pequeno e fraco sorriso “Eu sinto que o pai deixou de gostar de mim…”

“Oh, Lind, ele adora-te, mas tu sabes como é, desde que ele teve os outros filhos que… mudou…” Expirei o ar que se tinha formado no meu peito.

“Mas eu tenho a certeza de que vou ser mais feliz aqui, contigo e com a mãe, apesar de não ter os meus amigos” Sorriu.

Dirigíamo-nos para um restaurante, mas alguém veio contra mim.

“Desculpe” Pediu, mas rapidamente mudou a postura mal me encarou “Trice? Não devias estar na festa do nosso ano?”

“Isso pergunto-te eu, menino Jonah” Sorri.

“Não me apeteceu ir” Sorriu “Essa é a tua irmã? A tão famosa Lindsay?”

“Sim é”

“Olá” Ela sorriu timidamente.

“Olá. Fica sabendo que a tua irmã esta última semana só falava de ti. Sabes, tenho um irmão mais ou menos da tua idade, este fim-de-semana podiam aparecer por minha casa”

“Claro. Queres vir almoçar connosco?” Perguntei.

“Se não estragar a vossa tarde de irmãs” Riu juntamente connosco.

Fomos andando para o restaurante e sentamo-nos numa mesa.

“Bem, quem vai pedir?” Questionei.

“Eu! Preciso de treinar melhor o meu inglês” Disse a Lind, saindo da mesa.

Observei-a afastar-se, enquanto sorria.

“Trice, preciso de falar contigo” O Jonah chamou-me à atenção.

“Então fala” Sorri.

 “Eu quero que tenhas cuidado, com o Drew” Pediu, ao fim de um tempo em silêncio.

“Quê? Porquê?” Deus, o Harry estava certo.

“Ele de repente começou a ter um súbito e estranho interesse em ti e na Sam. Eu já falei com ela, e ela concordou em afastar-se lentamente, mas ele agora só me pergunta coisas sobre ti, às quais eu não respondo”

“Ah, a ti ela já ouve!” Refilei para o ar “Espera, o que?”

“Eu não sei o que ele quer de ti, mas tem cuidado” Pediu, olhando os meus olhos azuis.

“De mim ele não quer nada, mas sim quem manda nele” Sussurrei para mim mesma.

“Falaste?” Questionou.

“Hum, ah não” Respondi rapidamente “Vou só à casa de banho”

Dirigi-me apressadamente para a casa de banho e fechei-me numa das cabinas. Encostei-me à porta e retirei o telemóvel.

“Harry, o Jonah…”

“Eu ouvi, Trice” Ele interrompeu-me com uma expressão que podia jurar ser de preocupação.

“Eu não aguento, eu tenho medo” Deslizei pela porta e enrosquei a minha cabeça entre as pernas.

“Trice, eu compreendo se quiseres desistir de me ajudar” Murmurou, ao fim de um tempo.

“Não. Eu tenho de te ajudar. Eu quero ajudar-te” Encarei-o.

Hey

Obrigada pelos quase 80 votos e pelas mais de 250 leituras. Adoro ler os vosso comentários, apesar de não ser muito original a responder.

Quem é que vai ao concerto? Eu vou, yeaaah

Tou quase a fazer um ano de directioner! Faço um ano dia 17 de julho.

Esta semana vou tentar publicar mais dois capítulos, pois na próxima duvido que vá conseguir postar. As férias fazem-me ter uma agenda muito ocupada.

Obrigada por tudo!

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