capítulo 6

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Capítulo 6

POV Beatrice on

“Como é que entraste no meu telemóvel?” Questionei rudemente, com a voz em forma de sussurro.

“Sabes, deixaste-me preocupado e completamente inútil no que toca a ir atrás de ti, então, consegui criar um sistema de Bluetooth à distância. Felizmente, tinhas o do teu telemóvel ligado e cá estou eu”

“Assim tão rápido?” Ergui uma sobrancelha.

Ele assentiu e um sorriso orgulhoso surgiu-lhe na cara.

Olhei o telemóvel e saí da casa-de-banho, poisando o telemóvel com o ecrã virado para baixo na bancada da cozinha. Ouvi-o refilar e murmurar alguma coisa, mas ignorei, andando até à sala.

Encontrei uma Sam rodeada de caixas de DVD´s. Dei uma leve gargalhada e sentei-me no sofá.

“Podiamos ver um filme, que achas?” Questionou, com duas caixas de filmes na mão.

“Por mim, tudo bem” Deitei-me no sofá.

O filme começou a dar, mas a minha atenção estava focada nos meus pensamentos, em relação ao acontecimento anterior. Seria o tutor do Harry? Será ele mesmo um psicopata? E se ele me quiser fazer mal, por provavelmente ir ajudar o Harry? Se ele me quiser fazer mal, ninguém me irá proteger. O Harry não me pode proteger.

*

“Tem calma, tu consegues fazer isto! Eu sei que sim, Trice!” Disse-me desesperadamente, através do ecrã do computador.

“Harry, eu tenho medo, eu não consigo! E se a minha mãe entrar de repente? Vai pensar que matei alguém!” Desesperei, com o cabo de dados na minha mão.

“Por favor, Trice, és a minha última e única esperança…” Murmurou a parte final, e pude ver lágrimas surgirem-lhe nos olhos. “Eu amo-te”

Acordei sobressaltada. Tinha sido um sonho. Um sonho bem real. Demasiado, até. Parecia quase… uma visão em forma de sonho.

Levantei-me e olhei a Sam que se encontrava adormecida no outro sofá. Boa, adormecemos aqui. A sua boca estava aberta e pude ver um fio de saliva a escorrer-lhe pela cara, enquanto o seu braço estava debaixo do corpo. Bocejei, andei até à cozinha e preparei um copo de leite, para me acalmar do sonho. Encostei-me à bancada e levei o copo à boca.

“Trice?” Ouvi o som da voz do Harry e olhei o meu telemóvel.

Virei-o ao contrário e este encarou-me.

“Hey” Tentei sorrir.

“Que fazes acordada a estas horas?”

“Eu tive um sonho”

“O que sonhaste?”

“Nada de importante” Menti “Olha, ontem quando estava a vir para cá, eu passei pela floresta” Revelei.

“Trice…” Começou.

“Deixa-me falar! Bem, e eu vi o armazém, mas também vi algo…”

“Algo?”

“Alguém” Encarei-o.

“Mas estás bem, certo? Esse alguém fez-te alguma coisa? Trice, fala!” Ele estava realmente preocupado. Ou então era um excelente ator.

“Eu fugi, pois esse alguém olhou para mim… era um homem”

“Só podia ser o Mark”

“Mark?” Questionei.

“O meu tutor”

Eu ia continuar a falar, mas um som foi ouvido no exterior. Os meus olhos arregalaram-se e o medo invadiu-me.

“Trice, tem calma” O Harry pediu “Pode não ser ele”

“Harry, e se ele me descobrir um dia? Ninguém me irá proteger” A minha respiração começou a ficar descontrolada.

“Eu irei”

“Tu não consegues” Relembrei-o.

Este baixou o olhar e eu andei até à janela, abrindo um pouco o estore.

“Não pode ser!”

Desculpem acabar outra vez na parte curiosa. Hoje, o meu dia foi espetacular. A minha turma decidiu voltar a ter 6 anos e fizemos uma guerra de balões de água. Saí de lá a pingar, parecia que tinha tomado banho, credo.

Bem, mas ninguém quer saber.

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Bem, comentem, votem e tal.

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