capítulo 17

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Capítulo 17

POV Beatrice on

A hora estava a aproximar-se e os meus nervos estavam ao rubro. Tinha medo do que se poderia passar durante a minha “missão”. A Sam ligou-me convidando-me para lá passar a noite em casa, com ela e o Jonah. Por muito que quisesse passar algum tempo com eles, o assunto do Harry neste momento é muito mais importante.

Agarrei no meu telemóvel e o Harry, que já lá se encontrava, sorriu-me confiante. Acenei-lhe com a cabeça e saí de casa. A minha mãe tinha ido fazer o turno da noite e a minha irmã quis ficar com o Jake. O que por acaso calhou muito bem.

Saí de casa e avancei corajosamente na direção da floresta. De cabeça erguida, não olhei para trás, tentando manter uma atitude confiante, que se foi desvanecendo à medida que a minha vista alcançava cada vez mais próxima a sombria floresta. Parei em frente a ela e engoli em seco.

Sê corajosa, pensei.

E com este pensamento avancei floresta adentro sem hesitar. O enorme armazém saltou-me logo à vista e rapidamente andei até ele. Abri com bastante força o portão, que rangeu desalmadamente e rapidamente comecei a tossir. Aquilo estava cheio de pó. Entrei e fechei o portão, ficando tudo numa escuridão profunda. Procurei com as mãos o interruptor e mal o encontrei todas as luzes se acenderam.

“Olá” Ouvi duas vozes e rapidamente dei um grito, assustando-me.

Drew.

Mark.

 Eu sabia que isto ia correr mal.

“Vinhas à procura disto?” O Mark elevou um corpo de modo a eu o ver e os meus olhos arregalaram-se. Era o corpo do Harry, completamente sem vida.

Com o corpo do Harry numa única mão, deixou-o cair e eu gritei. Ele pode não sentir nada mas continua a ser ele, e o meu coração apertou ao ver o Mark soltá-lo imóvel no chão.

“Agora vamos tratar de ti” Falou o Drew e vi uma faca ser retirada do seu bolso de trás.

Recuei. Eu vou morrer.

“Tem calma, não vai doer muito. Aliás, não vais sentir nada” Desta falou o Mark, avançando até mim.

Realmente o Mark tinha um ar intimidante, mas eu não podia demonstrar o quão assustada estava. Ele era bastante musculado e bem mais alto que eu.

Retirou do bolso um pano branco e percebi que a sua ideia era matar-me enquanto estivesse inconsciente. Olhei para o chão e vi um tubo de metal. Quando este estava quase a alcançar-me, agarrei no tubo e bati-lhe na cabeça, dando-lhe de seguida um pontapé. Ele pareceu ficar um pouco atordoado e o Drew começou a avançar na nossa direção. Retirei das mãos do Mark o lenço e coloquei-o na frente da sua boca e nariz, e apesar dos seus esforços para me parar e de a sua força ser bastante superior à minha, este acabou por cair no chão, inconsciente.

Não reparei, mas quando dei conta o Drew já se encontrava bem perto de mim, por isso corri na direção oposta.

Senti algo a escorregar-me do bolso e quando olhei para o chão lá estava o meu telemóvel. Tentei apanha-lo, mas o Drew estava demasiado perto, então decidi correr para longe.

“Isto” Falou pegando no telemóvel “Já era” Dito isto, o meu telemóvel foi atirado para longe, para junto de uns cabos que soltavam faíscas.

Os meus olhos abriram-se mais do que nunca ao pensar no Harry, que estava lá dentro. As minhas lágrimas queriam sair, eu estava assustada.

Eu não consigo, eu tenho medo, pensei.

“Trice!” Ouvi o Harry gritar e de repente todas as luzes se apagaram, fazendo o Drew deixar de me ver, dando-me oportunidade de fugir.

Tentei ver mais ao menos o caminho até ao meu telemóvel e agarrei-o. Este encontrava-se desligado e mal o liguei, a sua luz denunciou-me, fazendo o Drew correr na minha direção.

Quase sem tempo de reação, corri armazém fora, atravessando a maldita e sombria floresta.

Passos apressados eram ouvidos atrás de mim e tentei correr mais rápido. E foi aí, que para lá das árvores avistei a minha salvação pela segunda vez.

“Jonah!” Gritei desalmadamente, mal acabei de atravessar a floresta.

“Trice?” Interrogou-se.

Corri para trás dele, agarrando-me aos seus ombros, apontando para o Drew, que vinha na nossa direção.

“Vamos” Falou e puxou-me, começando a correr comigo, no que parecia ser a direção da casa da Sam.

“Não vais a lado nenhum loirinha” Apareceu de repente à nossa frente “Jonah, é melhor saíres da frente dela” Avisou.

“Não” Disse-lhe ele, firme.

“Jonah, são assuntos entre mim e ela, não te metas” Rosnou, começando a aproximar-se.

“Jonah…” Choraminguei, à medida que ele se aproximava.

Mas de repente, o Drew caiu inanimado no chão, dando campo de visão a mim e ao Jonah para ver uma Sam com uma bota de cabedal na mão e uma expressão quase chocada.

“Sabes Jonah, calçar os primeiros sapatos que me vieram à mão nem foi má ideia” Murmurou, deixando cair a bota no chão, ao lado do seu pé descalço.

Quase 20 capítulos, yeaaaaah.

Obrigada por tudo!

Decidi publicar hoje, porque:

1 – Não vos queria torturar

2 – Eu própria estava ansiosa por publicar o capítulo

3 – E porque só devo voltar a publicar sexta

Oh meu Deus, eu ando tão feliz por causa dos comentários, dos votos e das leituras! Muito obrigada, a sério!

P.S.: O Jonah vai "passar-se" um pouco no próximo capítulo

Adeus :D

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