Capítulo 7 - Visitante.

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Se eu como autora te faço bem, como leitor te peço um favor, vote e comentem bastante, teram todo meu eterno amor <3

"Tá decidida à nunca mais amar, diz que tá segura, mas a história não muda, qualquer olhar penetrante, já comete outra loucura, hoje ela vai sair, alguém vai chegar, vai chamar ela pra dançar, um gole, três palavras, ela vai acreditar, ele vai prometer, que amanhã vai ligar, mais um amor eterno com prazo de validade pra acabar..."

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Alguém já fechou o mundo pra visitações? Manterá assim por tanto tempo, tornando impossível qualquer que seja o ser humano adentrar, mesmo manobristas de circo altamente treinados junto seus malabares coloridos, serão falhos?

Sem convites. No entanto, recebeu um visitante.

Deixou entrar?

E então algo, mudou? As coisas faziam sentidos tão neutros, como se nada existisse de fato. A guerra interna entre ser e não ser, dissipavam-se mediante suas falhas tentativas de melhorar? É assim que vivo.

No fim do túnel um clarão, difícil de enxergar com a visão borrada, Thor Telles, leva o vazio por pequenos instantes, ensinando novamente coisas tipo respirar, motivando a caminhada. Desisto de no fundo do mar, morar. Se o drama não for seu, não chame de bobagem. Não obstante prometeu levar angústia pra longe, apenas ficaria comigo até passar, foi suficiente pra que não só me abrisse, inclusive deixasse-o ficar.

Sou aquela mulher vomitando verdades escondidas num estranho, loucamente confiável, capaz de tornar se amigo? Com um coração ferido demais pra se importar com cicatrizes, choro sem cessar, soluço, recuso parar de reclamar, toda solidão precisar ir embora, alguém precisa ouvir a minha versão dos fatos, precisam entender que uma vilã arrependida merece segunda chance.

Dois seres humanos, de carne e osso. E todo o resto, ficção ou verdade verificada e a descobrir. Ou só confusão momentânea que permanece em si transbordando o afeto em volta um do outro.

– Só chore Layla, deixa ir, deixa ir... – Foi tudo que disse, quando lágrimas salgadas escorriam. Telles me tinha sentada em suas pernas, na beira do precipício daquela grande pedra escura envolta por pequenas ondas. Segurando braços, pernas, cabelos, contendo a fúria do meu corpo estornando a tristeza, deixando o mar levar o nada que havia em meu estômago.

Respirar ar comum, inalar o aroma de frutos do mar. Combinação anormal! Só surtei. Literalmente surtei, na frente de Thor Telles, sua reação estranhamente reconfortante, transformava a crise em algo resolvível. Queria que tudo parecesse esquisito, a ponto de sair correndo e perceber que não ah nada de familiar aqui, só que é tudo ao contrário.

No desconhecido encontro uma curiosa afeição intima. E estou tão a vontade que nem me parece errado jogar pra fora anos de tortura psicológica, traumas e problemas infundados.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora