Capítulo 14 - Bem vinda ao México

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Olá pessoal antes de começarmos ja gostaria de pedir seu voto, lembrando o quanto é importante pra mim, comentem bastante também. Um grande beijo da autora que é fã de vocês!

"Eu nasci em uma tormenta, eu cresci do dia para a noite, jogava sozinha, eu sobrevivi, queria tudo que nunca tive, como o amor que vem junto com a luz, eu senti inveja e odiei isso, mas eu sobrevivi..."

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Ana notou sinais de depressão, sempre havia notado. Com o passar dos anos descobri que vivia apenas momentos e guardava a vida pra depois. Sem demora ela agiu, do jeito que sabia, jogando-me para que alguém caridoso capaz de resolver o contratempo.

É egoísmo contar que Luiza é única culpada, quantas vezes eu poderia ter cessado o jogo. Estive apaixonada grande parte da minha vida por Austin nem ao menos sabia disso, sua presença deixava tudo natural, os momentos felizes, os beijos, o cuidado em excesso a dependência...

Dependência te torna vítima, se iguala à cocaína, inofensiva no começo, chega a ser bonito, algumas garotas diziam "fofos", e então, a rotina sem ela se torna inaceitável. Cedo ou tarde, faltará e quando acontecer estar pronta será impossível, porque você depende de um auxílio proteção, sustento espiritual, tão acessível, o descomplicado é prazeroso, quantidade em excesso causa asfixia, voltar a respirar sem sua droga preferida conduz a abstinência mais grave que se pode ter de corpo e alma.

E é assim que sigo, tentando, um dia após o outro achar o clarão que me faça respirar sem aparelhos, sem depender.

Por uma coincidência estranha todos os quartos estão trancados, nos restando apenas um para dividirmos. Não fiz nenhuma constatação porque o dono do iate se prontificou a dormir no sofá, depois de soltar algumas piadinhas insanas, claro, se não fossem as piadas, não seria ele, Thor Telles.

Falando nesse homem prejudicial à saúde, tem se mostrado um completo bagunceiro, deixou a toalha por cima da cama, o banheiro está todo molhado, bagunçou até a minha mala.

– Vou ter que ensinar a serventia do box pra ele. – Digo encarando o espelho, quem será a mulher que tem seu olhar em mim? Toco meus cabelos, ela repete, a ponta do nariz e a cintura fina e ela faz o mesmo. O sorriso ainda dói, mas dor não é tudo que se vê.

Será ela dona de si? Advogada estudiosa? Garota brincalhona e alegre? Mulher desejada? Ícone da moda nas redes sociais? Ou será a criança com fobia da mãe, de magoar, ferir Luiza além do que a vida já havia feito parecia cruel. Sou apenas a sua carta na manga, a mulher que fez da minha vida inteira um jogo?

Alguém pode me ver através do espelho? Através da dor? Relembrar quem fui não faz me sentir segura, a segurança vem degradante, ainda que morna, me faz sentir suas partes dívidas;

Duas extremidades diferentes.

Thor me ensina lutar.

Rafael sempre lutou por mim.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora