Capítulo 17 - Boate

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"Porque eu posso ser tranquila
E eu posso ser a tempestade, sim
Tenho cheiro de uma rosa
Mas furo como um espinho, sim
Cortando os clichês e as normas como no Karatê
Mas em um vestido"

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Aniversário é uma data especialmente irritante.

Queremos ver as pessoas se importando, lembrando, levando flores e ao mesmo tempo quero esquecer, se enterrar na tristeza, lembrar-se dos aniversários passados, das velas não sopradas, das pessoas que não estão mais presentes.

Um dia estranho, essencial, consegue ser ridículo e vital. Confuso e único.

O anjo esteve ao meu lado em cada uma dessas datas desde em que elas passaram a ter uma comemoração. E dessa vez não faço ideia como será, sem ele.

O relógio correu contra mim, de repente são vinte e dois verões na minha vida. Olha só, quanta coisa já presenciei, posso ser comparada a um carro novo, entretanto, cheio de quilômetros rodados. Cada sensação de que vivi, cada beijo que não dei, cada dor que senti... Tudo se soma, tudo se junta, vira um, vira dois, vira aglomeração e explode, escorrendo pelos olhos.

E por falar nisso, aos olhos de quem não vive, qualquer erro é fatal.

Portanto hoje vou viver e vai ser do jeito que eu quiser.

Boate! Luzes piscando, escuro, ao som de Alok Living ont the outside, balançando a cintura no ritmo da canção.

A princípio, recusei a ideia de Ana, mas com algum plano mirabolante da loira juntamente com Telles, fui obrigada a parar aqui. Esses dois separados são ícones de vida social agitada, imagine juntos?

Amigos.

Camarote.

Bebidas.

Dançar.

Tudo isso foi dispensado do curto vocabulário formado por regras de Luiza Gianini, negou-se a permitir qualquer entretenimento, apenas Rafael, uma totalidade de dias sem fins devotados a Austin. Mas como empecilho para seus planos, dois sobrenomes se juntaram a meu favor, deixando-a sem nenhuma outra opção, por que segundo ela um deles estaria nas futuras idealizações caso tudo desse errado. Por que é tão difícil aceitar que já deu? A esperança quase sem vida no peito ainda está acesa em cada movimento que faz.

Vestido preto tubinho combina com tudo? Sim! Combina perfeitamente com meu scarpin rosa pink, vinho nos lábios, preto bem-marcado nos olhos, tentei fazer cachos delicados nos fios negros, ficou bom, gostei do resultado no espelho, parecia uma mulher forte, decidida, segura.

Quem dera fosse assim!

Ana Vicente o tipo de pessoa que te contagia apenas por estar ao seu lado? Ana tem wi-fi de animação, pode estar em depressão, aproveitando a "bad", escutando Marilia Mendonça, ou seja o que for, alguns segundos do lado da mulher inquieta, faz com que você se contamine. É inevitável.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora