Capítulo 5 - Luana

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Se eu como autora te faço bem, como leitor te peço um favor, vote e comentem bastante, teram todo meu eterno amor <3

Se eu como autora te faço bem, como leitor te peço um favor, vote e comentem bastante, teram todo meu eterno amor <3

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Terça feira. Como toda terça feira aguardo.

O lugar está longe de ser bonito, paredes velhas, tintas descascadas, idosos com sanidade afetada, jogados no chão debatem-se em constância frenética logo no início da recepção. Apenas um lembrete do que isso pode fazer.

Todas as terças tenho o mesmo sentimento de insuficiência, acompanhado por um rancor terrível, como Luiza consegue viver com isso? Nem ao menos se deu o trabalho de fazer uma visita. Se quer pensou em suas necessidades, como roupas, remédios, alimentos especiais visto que ela é alérgica a lactose.

Hoje trouxe o exemplar de "Como não te amar? " Da autora, mas requisitada do momento, Giovana Dantas. Tomada por incerteza, será que fiz certo? Trazer um livro tão complexo, forte, intenso e real. Mudo de ideia, ao enfileirar esses adjetivos notando exatamente que acabei descrevendo Luana. Força, coragem, intensidade qualidades que a manterão viva por dez anos nesse local, onde sonhos são enterrados mortos ou não, afinal ninguém aqui tem o necessários pra fazê-los acontecerem, esperança.

O demorado horário chegou, vem a vontade de correr, o mais rápido que posso, como quando pequenina seus braços serviram de refúgio, porto de aterrissagem. Avisto-a, despreocupada em sua cadeira de balanço, contando histórias para cinco idosos, sentados na sua frente. Ajoelho sob sua cadeira, depositando a cabeça em seu colo macio. Nada interrompe sua leitura, esse é seu momento precioso. Suas mãos encontram e se perdem em carícias nos meus cabelos, fecho os olhos, aspirando fundo, como se o tempo fosse cheiro e pudesse ser guardado dentro de mim.

– Fim da história hoje queridos. – Sua voz materna para com seus colegas, só aumenta minha admiração. Um por um, seus companheiros se dispersam. – Como amo as terças!

– Senti tanta sua falta titia. – Nessa ocasião, solitária a lágrima corre livre pelo meu rosto.

– Nem tive tempo pra saudade menina bonita, aqui tem tanta coisa pra fazer acredita? – Tenta me convencer de que está bem. Não importa quão triste esteja, dona Luana nunca reclama.

– Como está sua mãe?

– Do mesmo jeito titia, aquilo ali já não tem mais jeito.

– Sempre ah jeito garotinha. Estou feliz que não seja mais só você... – Fico perdida em sua frase, só pode estar se referindo a ele. Tia Luana está sempre lúcida, quando não oferecem a ela esses remédios, que com algum dinheiro e persuasão, consegui convencê-los a cessarem.

– Rafael tem sido bom pra mim titia. – Seu sorriso cansado, tão perfeitamente encantador, aliás cada parte dessa guerreira deixa qualquer ser de carne e osso maravilhado.

– Ele é bom garoto, vai crescer em breve, o menino só precisa de cuidados...

– Aposto que estão falando mal de mim. – A voz do anjo adentra meus ouvidos, fico tentada a espiá-lo, mesmo assim não retiro meu rosto um segundo se quer do colo dessa mulher.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora