Capítulo 22 - Vá embora da minha casa

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"Te perdendo eu cresci tanto que eu não sei, se quero mais te encontrar"

"Te perdendo eu cresci tanto que eu não sei, se quero mais te encontrar"

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Depois de rir em excesso, ter toda sua atenção e cuidado exclusivo, Thor me leva em casa, pondera entrar comigo, explicar toda a situação a genitora nervosa, o corto, sei exatamente a cena a qual presenciarei assim que sair do seu carro, preciso lidar com isso sozinho.

Nos despedimos com um beijo longo, sem tchau sem adeus, sem até logo. Apenas assim, sabendo que vamos nos ver em breve, sem palavras ditas pra que isso tenha de acontecer.

Meu visual composto por uma camiseta negra com cheiro de Telles, um short jeans emprestado gentilmente por Julia. Cabelos penteados pelo homem grande, ou seja, desgrenhados. E no rosto? Visto apenas um sorriso.

Abro a porta de casa, no primeiro passo que dou no chão impecavelmente limpo espelhado pelo porcelanato, está composto por tulipas mortas, sua voz adentra meus ouvidos. O calafrio e a agonia aparecem, o estômago se revira, tenho vontade de colocar para fora toda comida guardada nele.

Luiza está sentada no sofá bege, ao seu lado Mariah. Ambas despejam desgosto pelo olhar. Engulo a seco a ânsia que sobe, mas é impossível. Corro o mais rápido que posso para o banheiro, nem me dou ao trabalho de trancar a porta, com sofrimento despejo o vômito formado pela ansiedade.

Levo a mão ao peito tentando controlar a respiração.

Ao conseguir levantar em direção a pia, encontro Luiza encostada na porta.

– Está nervosa?

– Eu...

– Responda!

– Mamãe, por favor, tenho como explicar tudo que aconteceu.

Aproxima-se de mim com um brilho diferente no olhar, decifrar é quase como tentar lapidar uma pedra sem conhecimento, não arrisco mais.

Cansa. Cedo ou tarde você cansa de tentar fazer as coisas estarem dentro do trilho, o trem desgovernado capota, levando as bagagens, as pessoas, as histórias recém-vividas, bebidas caras, dinheiro, amor ou ódio, conforme o trem derrama gasolina, apenas um maço de cigarros é necessário para a explosão nascer. E foi assim que aconteceu.

A mulher a minha frente acaricia meu rosto, reconheço esmero quase extinto do seu coração. Mas o tão famoso tapa, arrebata minha surpresa.

– Você estava indo bem, faltava pouco não percebeu? Nem se quer eu percebi. – A sua tristeza é quase como a de uma criança a qual perdeu seu brinquedo favorito.

– A queridas venham até a sala, vamos conversar nós três.

Mariah aparece em sua postura impecável, usa um terno branco, de alguma grife italiana, seus cabelos loiros presos em um coque elegante.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora