Capítulo 8 - Inquilino

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Se eu como autora te faço bem, como leitor te peço um favor, vote e comentem bastante, teram todo meu eterno amor <3

Se eu como autora te faço bem, como leitor te peço um favor, vote e comentem bastante, teram todo meu eterno amor <3

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Um dia normal, só um dia normal...

Repito mentalmente.

Mas é apenas um dia daqueles que dá tudo errado.

Hoje meu conceito é baseado em tudo que vivemos de bom, tudo que é bom dura pouco, nem quero pensar em como vai ser, quando o fim chegar.

Algumas pessoas passam a vida toda alugando espaços para outras. Você paga um valor tem direito a hospedagem por prazo determinado contratual. Porém, sem um contrato, geralmente após cinco anos inquilinos tem direitos legais sobre o bem alugado. O que chamamos de usucapião. Ele já não pagará mais aluguel algum, isso o torna dono legítimo. Esse é o caso de Rafael, nunca existiu um contrato entre a gente, meu inquilino era dono legitimo, apenas faltou coragem pra contar a ele, agora pode ser tarde demais.

Toda minha vida, estava ali. Pendurada em varais feitos de barbante, foto após foto, desde as poucas tiradas na curta infância, adolescência, a grande maioria somava as quais estávamos o anjo e eu.

Rafael Austin. Corações flutuante, pequenos pisca-piscas dourados espalhados formam a agradável nova decoração, dão vida ao lugar. Transformando-o numa verdadeira constelação artificial.

Garrafa de chandon, acompanhado de taças quebradas, vinho branco, cesta com frutas, tortas, doces, chocolates, bem ali, preparado para mim, por ele.

O celular em pedaços no chão, olhos manchados de vermelho, cabelos desgrenhados, mãos fechadas em punho, corpo trêmulo. Foram cinco anos, Rafael nunca perdeu a pose, mesmo chapado de bebida. Agora, estava contemplando apenas sua cara derrotada pelo álcool excessivo, havia sangue seco escorrido por sua camiseta amassada.

Poucas vezes na vida, fiquei sem reação, seja, chorar, cair, tentar lutar. Com isso, não poderia lidar. Nem mesmo Luiza autora em parte parcial do meu destino saberia como agir.

– Doce... – Austin me apelidou assim, quando visitamos o parque de diversões novo na cidade, comprou algodão doce, decidimos provar a emoção daquela temida roda gigante, então aconteceu, seus lábios tocaram os meus sem permissão, alguns fios doce do algodão tiveram sorte de conhecer a boca quente e macia de Rafael, foram minutos inteiros, presos um no outro, nunca havia beijado antes, esqueci o que era respirar, ele também, naquele instante o menino loiro tocou minha alma com a sua. Duas pessoas contemplaram o sorriso único extraordinária- mente inédito e verdadeiro dado por ele, a lua e eu.

– Ra...

– Doce... – Interrompe, sorrindo debochado contrariando o modo carinhoso como sempre entonou meu apelido. – A porra do pior doce que já comi na vida. Está me ouvindo? É isso que você é! – Ira, mágoa, ódio à voz sai lenta e tropeçando uma na outra devido o álcool no sangue, talvez o nervosismo. Pior do que as palavras maldosas são as esmeraldas verdes que me destroem lentamente por dentro.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora