Capítulo 38 - Sequestrada

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Na grande maioria dos dias, tive pesadelo, vivia um pesadelo. Cada um com seu conteúdo aterrorizante provocavam ansiedade e medo. Acordar gritando subitamente e sentir uma mão apertando seu pescoço levando o ar embora, quando seu corpo treme.

Os pesadelos têm diversas origens, podem se dar à má alimentação, determinadas substâncias, ao cansaço, dificuldades emocionais. Esse era o meu caso. Rápido demais Luana e Ana estão ao meu lado, um copo de água em minha frente, olhares preocupantes. Os irmãos Telles aparem logo.

Percebo que estou estagnada a algum tempo. Gritei alto o suficiente para acordar a todos?

A loucura sempre fez morada em mim, isso foi controlado, enquanto parecia interno, mas agora, quem tivesse olhos poderiam enxergar. Do mesmo jeito que vejo nas mais diversas pupilas dilatadas, todas atormentadas.

– Tudo bem princesa, foi só um pesadelo.

– Não, não foi...

– Mais você quer dizer ela grita a noite inteira – Julia rosna e sai do quarto por acompanhada de um Roberto zangado. E isso só aumenta ainda mais a culpa.

Quantos erros a mais poderia suportar?

Encolhi novamente no edredom e fechei os olhos, num pedido mudo para que voltassem a dormir.

Abdiquei todo o carinho e cuidado, poderia facilmente ter escolhido ao invés de voltar a reviver as cenas que me faziam arrepiar na memória, tremer todo o corpo, derrubar lágrimas silenciosas.

Então pra contrariar, resolvi enfrentar. Nem que seja em sonhos.

Eu já tinha a espada para lutar.

O motivo.

E a razão.

Agora, só restava aprender a batalhar sozinha se não posso derrotar um simples pesadelo? Como farei com os males que virão. Sabia que eles apareceriam sem demora. E que dessa vez, seriam maiores do que todo o negrume já vivenciado.

Expectativas?

Você já teve a suas superadas? Se auto superou?

As minhas estavam limitadas.

Á cerca de alguns dias toda a rotina mudou, da água para o vinho.

O quarto de Thor Telles virou um ambiente hospitalar.

Ana e titia dividiam comigo a cama. Se hospedaram com todo apoio de Thor.

Passei sete dias tentando de todas as formas permanecer intacta;

Tentei ler algum livro de superação.

Tentei rir das piadas de Roberto.

Tentei ouvir as histórias de Luana, mas me perdia na metade e já estava sendo tele transportada para cenas escuras.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora