Capítulo 4 - Maçãs podres

2.7K 381 1K
                                    

Por favor querido leitor, não esqueça de votar e comentar, isso é de muita importância pra mim <3

Por favor querido leitor, não esqueça de votar e comentar, isso é de muita importância pra mim <3

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao abrir a porta Luiza aparece por detrás da grande cortina creme, vacilo sobre os pés notando seu olhar sepulcral. Hoje ela trocou as tulipas. Desde que me reconheço como ser humano a tulipas roxas em vasos espalhados pela nossa casa. Nenhum outro tipo de flor. Apenas aquela. E não é como se fosse uma coisa boa é quase um agouro de um passado.

Sua pose é perfeitamente ereta, queixo erguido, cabelo alinhado e preso em seu coque elegante. Caminha de vagar sem expressão alguma aparente.

Todo mundo sente medo de alguma coisa, barata, avião, ladrão. Entretanto se esses medos se tornam exageros fora de controle, são caracterizados como fobias, podendo detonar as pessoas de fora para dentro.

Perturbação, ansiedade, repulsa e o aparecimento súbito gera a fobia, isso descreve meu sentimento nesse instante por minha progenitora.

– Aquele carro não era do Rafael – seu tom é sempre elevado comigo na ausência de testemunhas.

– É porque não era ele. Hoje fui...

– Quem era?

– Thor Telles.

– Por que Thor Telles te trouxe em casa? – Se concorresse ao prêmio da mais bela frozen, teria vitória garantida. Aponta sua mão para o sofá marfim, indicando o caminho para uma longa conversa.

Ando até ele sem vontade alguma e por fim, sento com os ombros tortos, a verdadeira postura da derrota. Com garbo forçado cruza as pernas, apoia se no queixo e bate os dedos no rosto esperando que minha boca se abra para suas perguntas.

– Os Telles são meus primeiros clientes, Teodoro me promoveu, o contrato foi um sucesso... – pronuncio em alta velocidade, as palavras saem desordenadas.

– Por que Thor Telles te trouxe em casa? – Não vislumbro qualquer sinal de paciência mínimo que seja.

– Almoçamos juntos – bufa inquieta – Teodoro, Thor e eu, foi a negócios. Mariah teve problemas com o carro – demoro antes de continuar temendo o que virá. – Telles se ofereceu pra me trazer.

– Foi isso? Mesmo? – As batidas do meu coração podem ser escutadas a quilômetros de distância.

– Sim.

– O que comeu? – Droga.

– Nada muito pesado.

– O que comeu? – Exclama.

– Mamãe podemos conversar, não foi nada relevante, foi só uma entrada, o prato principal cordeiro assado, e... sobremesa. Comi pouco juro, uma torta de maçã. – Seguro as lágrimas embalando a visão.

– Vá para o banheiro querida – indaga pausadamente com a falsa calmaria na voz.

– Por favor mamãe, reconsidere, minha garganta está horrível, dói muito – levanto-me do sofá na tentativa de dar passos curtos para trás e mudar o meu destino. – Por favor?

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde histórias criam vida. Descubra agora