Cap. 18 - Segundo encontro

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       Eu não havia me arrependido de ter ficado com Giovanni foi uma experiência agradável e agora eu me concentrava em ver o Leandro mais uma vez, dessa vez eu iria conhecer a cidade dele e ele também havia me convidado para almoçar com a avó dele, para mim avós são a parte da família que mais amo, eles são frágeis e resmungões mas também são sábios e bondosos, eles são os que mais conhecem os segredos e as histórias do passado de nossas famílias, além de ter um vínculo extremamente forte com seus netos, como diz o ditado pai ou mãe duas vezes, por isso merecem todo o amor e respeito do mundo.
        Eu iria cedo para a cidade dele mas só havia ônibus as 11 da manhã, então resolvi dormir mais e levantar mais tarde, o que foi uma péssima idéia já que levantei muito em cima da hora mas como estava tudo organizado, só precisei correr até o terminal a tempo de pegar o ônibus. A cidade de Leandro era bem mais pequena que a minha mais era bem aconchegante, não tinha muito o que ver mas Leandro me mostrou os pontos mais importantes da cidade, a igreja , a praça, a estátua do lobisomem, enfim eu não me importava, eu estava curtindo a vibe de estar com o Leandro e eu amava a empolgação dele em me mostrar a cidade dele.
     Depois de uma hora andando ele decidiu me levar na casa de sua vó, era uma casa afastada do centro, ele havia me orientado que a avó não entendia sobre ele ser gay então seria melhor eu não deixar muito a mostra o que éramos para ela. A avó de Leandro era maravilhosa ela nos recebeu muito bem, ela era uma senhora de uns 60 anos bem enérgica, ela conversava com a gente e terminava o almoço que cheirava muito bem, uma coisa que eu percebi era que o Leandro perto da vó dele tinha um sotaque caipira muito forte, o que deixava ele além de gostoso, muito fofo.
      O almoço foi ótimo, tinha torresmo, couve e outras coisas bem típicas de interior feitas no fogão a lenha, conversamos sobre vários assuntos, a avó dele era engraçada e rimos muito a tarde toda, depois do almoço, a avó de Leandro nos levou para o quarto onde ele queria dar algumas cuecas para ele, ela vendia roupas íntimas, Leandro havia me dito que sempre que ele ia lá, ela dava pelo menos umas duas cuecas para o neto.
    Já estava entardecendo, e logo nos despediriamos, logo seria a última vez que nos veríamos para sempre.

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