Into Dasoon

Instintos de Desespero

No momento que o outro capanga chegou, Kobe estava em pé, com a espada do inimigo anterior em suas mãos retirando-a de seu peito.

Ele viu a situação e logo falou:

- Quem é você, verme?

Olhado para seu inimigo, a vontade de Kobe era de ir para cima e matá-lo de uma vez, porém ele não fazia ideia do que seu oponente era capaz.

- Vim em busca de alguém que vocês sequestraram. – respondeu Kobe.

O capanga dava risadas ao ouvir tais coisas e em seguida confirmou.

- Interessante o fato de você conseguir entender a nossa língua, mas não é só porque você consegue nos entender que significa que você vá conseguir sair vivo daqui. Você entrou em um planeta desconhecido, e está sozinho.

Ao ouvir suas palavras, Kobe ficou perturbado pelo fato que o capanga havia comentado, sobre ele conseguir entender a língua deles. – No caso, sua língua então era outra. Então como eu conseguia entendê-lo? Alguma coisa naquele planeta era diferente... – pensou Kobe.

- Não importa o que você diga, vou tirar ela daqui e vou acabar com todos vocês. – disse Kobe.

O capanga novamente soltou seu sorriso debochado e logo em seguida gritou correndo em direção a Kobe com sua espada empunhada. 

- Você vai morrer, sua amiga vai morrer e ninguém vai ajudar vocês!

  Em direção a Kobe continuava o capanga que com sua velocidade tão fora do normal, acabava deixando-o desnorteado por intercalar entre o lado direito e o esquerdo rapidamente em direção ao jovem forasteiro.

Sem saber para qual lado olhar, Kobe sente apenas a sombra por cima dele, e ao olhar para o alto o capanga estava caindo por cima dele jogando sua espada contra seu corpo, no susto o terráqueo puxou sua espada de baixo para cima para que ele conseguisse defender o ataque de seu inimigo.

Ao se defender, as espadas se chocaram dando a oportunidade a Kobe de conseguir pensar em algum jeito de derrotá-lo, o capanga olhou fixamente dentro dos olhos dele e ele conseguia enxergar seu próprio reflexo através dos olhos de seu inimigo, que demonstrava tanta frieza e sede de matança. E então ele se pronunciou;

- Está com medo?

O jovem Kobe estava tremendo de medo, seus pensamentos o deixavam cada vez mais nervoso com os eventos no qual ele estava vivendo, mas a vida de sua melhor amiga dependia dele, ele tinha em mente que ele deveria tentar resgata-la ou morrer tentando.

- Não, não tenho medo de você, eu temo em não conseguir ajudar ela, mas você não vai me impedir de fazer isso! – Respondeu Kobe.

O combate iniciou com suas espadas, e Kobe tinha que conseguir se concentrar não só na espada do capanga, mas como nos movimentos de suas pernas, que se trocavam o tempo inteiro para quem usa a perna esquerda ou direita para concentrar chutes mais fortes.

O capanga se sentiu intimidado por estar lutando com Kobe por muito tempo e disse:

- Você é persistente, isso está me deixando enfurecido, nunca fiquei mais que 20 minutos em uma luta. Eu não sou igual aquele babaca que você matou!

Ao saber aquilo, Kobe teve em mente que ele estava indo bem, mas que ele precisava passar por aquele imbecil o quanto antes, pois Lucy estava dentro daquele lugar precisando de sua ajuda.

- Aproveite o momento, porque eu sou seu último adversário. – respondeu Kobe indo em direção ao capanga.

Kobe correu em direção a ele e em sua cintura, carregava uma de suas facas que tinha levado consigo. Correndo em sua direção, o capanga esperava ansioso para que Kobe cometesse o estupido erro de ir até ele com tanta euforia.

Com uma das facas em sua mão, Kobe a arremessa rapidamente para acerta-lo no rosto, seu oponente viu a faca indo em sua direção e esquivou para a direita, ao ver seus movimentos Kobe empunha sua espada com toda a força de seus braços tenta corta-lo.

O capanga imaginou que Kobe fosse ataca-lo no peito, ou no rosto e então puxou sua espada para defender seu corpo. Porém era em suas pernas que o jovem forasteiro mirava.

Com a espada afiada de seu parceiro sentinela, Kobe decepa a perna esquerda se seu inimigo, fazendo-o perder o equilíbrio e cair.

Olhando-o caído no chão ensanguentado, o capanga resmungava furiosamente.

- Impossível, como um verme como você pode prever meus movimentos dessa forma?

Kobe o olhou em seus olhos e o respondeu com tamanha força:

- Você não deveria subestimar ninguém. Não pude prever seus pensamentos, só me aproveitei da primeira oportunidade que tive, que foi o seu próprio erro ao esquivar. Ao ver sua esquiva e um pouco enquanto lutávamos, percebi que você não defendia suas pernas, somente seu corpo.

O capanga furioso, tentava acertar Kobe com sua espada, mesmo com sua perna decepada, seu sangue era de cor azul, diferente de tudo o que Kobe já havia visto. Nervoso por sua derrota, o capanga gritava.

- Você vai morrer, Bucky vai virar sua pele do avesso e fazer você beber do seu próprio sangue maldito!

Antes de matá-lo, Kobe andou para cima do corpo da sentinela e enterrou a espada seu braço e fazia movimentos rotativos com sua espada por dentro do braço dele, perguntando.

- Onde Bucky está mantendo a prisioneira? 

Nervoso, ele se recusava a responder à pergunta de Kobe.

Continuando sua tortura, o jovem forasteiro tentava fazer a sentinela falar até ele não aguentar mais de tanta dor e pedir para que Kobe o matasse de uma vez.

- Responda o que perguntei, e eu termino de vez com você!

O capanga respondeu:

- Ele não a mantém prisioneira, ela é convidada dele!

Ao ouvir aquilo Kobe sentiu-se como se estivesse caindo em um abismo enorme de dúvidas sem saber o que fazer a partir dali.

Em seu momento pensativo, o capanga olhou para Kobe e disse:

- Acho que alguém fez uma viagem perdida não é mesmo? Sorrindo o capanga falava.

Desacreditado no que o capanga havia dito, o forasteiro perguntou:

- Diga onde ela está...

- Você não desiste mesmo? Vou lhe contar para você ir e ver que você é um perdedor... Ela está no quarto de Bucky, fica no andar de cima, no último andar. Mas eu não iria lá se fosse você.

Retirando a espada do braço da sentinela, Kobe a levanta o mais alto que seu braço poderia chegar e com toda a sua fúria, a enterrou na cabeça de seu inimigo. 

- Ninguém vai me parar! Eu vou sair daqui com ela nem que eu tenha que destruir toda essa bosta de lugar. – Falava Kobe.

Após derrotar as duas sentinelas, Kobe arrastou ambos os corpos para que ninguém pudesse vê-los, ainda assim mesmo com seu esforço, havia sangue no chão devido o confronto, porém o jovem forasteiro decidiu retirar os corpos para evitar um chamado de invasor. 

Kobe observou a entrada do local rapidamente e notou que a porta continua um tipo diferente de fechadura. O formato da entrada lembrava a espada que ele carregava em suas mãos que havia sido tomada de uma das sentinelas. 

Curiosamente Kobe levantou a espada colocando-a na fechadura e depois girando-a para o lado esquerdo, sendo assim a girou para o lado direito. A porta se abriu no momento seguinte em que a espada havia sido girada para o lado correto.

Entrando no local, cuidadosamente Kobe olhava cada canto existente e próximos a ele. Os olhos esbugalhados, na expectativa que alguém fosse recebê-lo de forma brutal.

Seus pensamentos começavam a deixar o forasteiro confuso, pois ele não fazia a mínima ideia por onde começar a procurar por Lucy. Mesmo obtendo o sucesso em entrar na casa, continuava às cegas. Como vou encontrar Lucy nesse lugar enorme? Mas que merda! – pensou Kobe.

Olhando a escada que o levaria para o andar de cima, Kobe ajeita sua mochila, empunhou sua espada e cuidadosamente começou a subir as escadas.