Lágrimas

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Com toda a cautela do mundo, os guerreiros empunharam suas espadas após ter poucos minutos para descansar logo depois de derrotar os Iozul. Atravessavam os portões com toda atenção e cuidado. E então, logo a sua frente, Alerion os esperava sentado em seu enorme trono negro feito de ossos humanóides, a enorme sala através dos portões não havia nada além do seu único acento. Porém as paredes era coberta de crânios daqueles que um dia tentaram matá-lo.

- Vai ser fácil assim? – Perguntou Lucy.

- O que quer dizer? – Perguntou Kobe.

- Não vai ter nenhum tipo de monstros ou algo assim pra tentar nos impedir de chegar até ele? – Completou Lucy.

Parado diante dos três, levantou-se Alerion, deu dois passos pra a frente e se pronunciou;

- Vocês vieram até aqui por mim, chega de jogos, chega de distrações. Se vocês querem ver o meu fim, que venham fazer. – Disse Alerion.

Cego por sua fúria, Reiko segurava sua espada com toda a sua força, seu olhar ameaçador mirava diretamente para o coração de Alerion. Sua vontade intensa de segurar a cabeça do Deus da Morte em suas mãos se tornou mais que necessário, era algo pessoal, afinal de contas, Alerion matou sua família.

- O que eles fizeram para você? – Perguntou Reiko à Alerion.

Virando seus olhos mirando na direção do bravo Soldado.

- Se refere à sua medíocre esposa e sua criação patética? – Questionou Alerion.

- Como ousa falar assim de minha família? – Disse Reiko, segurando sua espada com as duas mãos e sua respiração começando a ficar ofegante.

- Reiko, acalme-se, temos que chegar nele juntos ou vamos acabar sendo mortos todos aqui por descuido. – Disse Kobe.

Reiko não conseguia ouvi-lo, pois estava cego de tanta raiva por perder a sua família, e pelo pior de tudo; estar todo o tempo lado a lado com o inimigo que tirou sua felicidade e não ter consciência que poderia ter saciado a sua vingança logo no início de sua jornada.

- Diga, aonde está minha filha? – Perguntou Reiko.

- Ahh, a doce e pequena Johir... Ela está aqui conosco. – Respondeu Alerion.

Surpresos, todos olhavam rapidamente para todos os lados tentando descobrir por onde ele estava mantendo a filha de Reiko prisioneira. Lucy rapidamente ligou os ossos presos nas paredes com a falta da presença da criança no local.

- Do que você está falando?? – Perguntou Lucy.

Reiko escutou Alerion alegando que sua filha estava no mesmo lugar que ele, automaticamente sua expressão mudou de fúria para espanto. Olhado para todos os lados, começou a ficar nervoso por não ver ninguém além deles mesmos.

- Está brincando comigo, ela não está aqui! – Disse Reiko.

Ainda olhando, Reiko não queria fazer tal pergunta, mas não conseguiu sossegar.

- Está dizendo que os ossos de minha filha estão presos nessas paredes? – Questionou Reiko.

- Não amigo, ela sempre esteve com você... – Disse Alerion.

- Chega de jogos, responda de uma vez! – Respondeu Reiko.

- Ela está com você, meu velho amigo, a espada que você, Lucy e Kobe ganharam em meu esconderijo antes de partirmos, foram banhadas com prata e sangue... esse sangue é o de sua filha. – Disse Alerion.

O barulho de prata ao cair no chão, era o único som emitido daquele grande salão. Reiko ficou totalmente sem reação ao cair de joelhos com seu corpo trêmulo, virando sua cabeça para baixo direito olhando para a espada que continha o sangue de sua pequena e amada filha. Desolado encontrava-se ao chão, suas lágrimas caíam de seu rosto, consumido pelo desespero e pela tristeza.

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