O Camponês Desconhecido

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Durante a caminhada, não sabiam se estava de manhã ou de tarde, pois o planeta que não possuía tecnologia não havia relógios para que conseguissem ter informações sobre o horário. Consequentemente sendo obrigados a utilizarem apenas o sol para ter a noção básica de horário. Porém com o céu cinzento, não tinham absolutamente nenhuma ideia do horário que se encontravam. Reiko observou o local e disse:

- Estamos chegando, estão vendo aquela montanha? Nela há uma porta, mas essa porta é praticamente invisível. Ela é camuflada para impedir que os de fora entrem.

Com medo desde o último conflito, os três juntaram-se formando uma formação de ataque/ofensivo para que ninguém pudesse atacá-los e para que pudessem enxergar em todos os lados no qual passariam. Reiko, por ser o único a conhecer a entrada camuflada foi a frente, em seu lado direito seguia Kobe e de costas para o mesmo estava Lucy.

Todo cuidado era pouco, pois apenas um descuido lhes custaria a própria vida, cada passo em falso lhes custariam um preço pesado.  Lentamente seguiram até a entrada, Reiko parou de frente a parede de rochas e falou:

- É aqui.

Cortou a sua mão, e com o seu sangue, encostou na rocha. Ao fazer isso, uma porta começou a se formar diante deles por dentro da rocha. 

Após isso, um por um foi entrando pela passagem. Kobe entrou por último, pois resolveu observar o local para ver se não havia ninguém seguindo seus rastros, e então, lentamente foi fechando a porta.

- Então é só isso? Qualquer pessoa que sangrar e encostar na rocha ela consegue encontrar esse lugar. – Perguntou Kobe à Reiko.

- Se você for uma pessoa de coração puro, sim. Talvez você encontre a porta, mas tem que ser no local certo, por isso a camuflagem certa. – Disse Reiko.

- Reiko por quê você acabou sendo um soldado para Bucky? – Perguntou Lucy.

- Quando Bucky tomou a cidade fez muitos reféns, um deles era minha esposa. Em troca de sua liberdade lhe ofereci minha vida como dívida. – Disse Reiko.

- O que houve com a sua filha? – Perguntou Lucy.

- Eu não sei, depois que o Deus da Morte devastou a cidade e junto com isso a vida de minha esposa, minha filha está desaparecida. Espero conseguir encontrá-la. – Disse Reiko.

- Quando derrubarmos esse Deus, prometo que vamos encontrar a sua filha! - Respondeu Kobe.

- Obrigado, vou precisar da ajuda de vocês. – Respondeu Reiko.

Passando por um corredor enorme, frio e úmido um atrás do outro prosseguiam os três. Chegando a um tipo de sala escura, com pouquíssima iluminação sendo elas tochas percebiam que o local além de um esconderijo era também a casa do amigo se Reiko. Porém não havia mesas ou cadeiras, apenas um salão normal vazio, onde sentaram no chão e deixaram seus pertences, e lá, aguardaram pelo desconhecido.

Pacientemente aguardavam, quando de uma das aberturas entre as rochas apareceu um homem, cujo cabelo era longo e preto como a noite, seguido de fios brancos misturados, olhos de cor de mel acompanhados de sua pele áspera e cinzenta. Sua altura média 1,76 e seu corpo totalmente simples. Ao vê-lo, Reiko levantou-se e cumprimentou seu companheiro, e após perceber que tinha visitas, questionou:

- Quem são essas pessoas? – Perguntou o Homem.

- São amigos, estão aqui pela mesma causa que nós. – Respondeu Reiko.

- Eles vão nos ajudar a derrotar o Deus? – Perguntou o Homem

- Sim, partilhamos a mesma vontade. – Disse Reiko.

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