Assim que ela desmaiou mando sair todos da sala e fico ali com ela. O Dr Mackenzie que entretanto chegou aqui chama todos à sua sala para que as coisa passamos ser resolvidas sem interferências. Acredito que o que ela acabou de saber provocou o desmaio mas prefiro ver como estão os parâmetros dela e logo ela recobra a consciência.
- A minha filha, como está ela?-pergunta.
- Está a reagir bem ao antibiótico, dentro de uma horas deve acordar. É você, como se sente Ana?
- Cansada, confusa... Não sei bem como me sinto. Parece-me tudo tão irreal. Onde estão todos?
- Na sala do director. Quando se sentir com forças vamos para lá também.
- Então vamos, quero resolver este assunto rapido para poder apanhar a Inês e sair daqui.- Diz ela com aquela voz doce.
Vou empurrando a sua cadeira e penso, tudo o que ela passou, a circunstância em que a filha foi gerada e ela continua a colocar a menina acima de tudo. Nem parece ter apenas 19 anos. Quando estamos quase a chegar ao quarto da Inês oiço um grito bem conhecido e um furacão loiro corre para mim.
Olhos para ele e penso, eu faria o mesmo por ele. Pego ele no colo e sinto os pequenos braços a volta do meu pescoço e beijos molhados na minha cara.
- Então meu principe, como estás? O avô?
- Saudades papá. O vô vem lá tás...
Logo vejo o meu pai chegar atras do meu fujão, ele abraça-me.
- Então filho, como estás? O que se passa? Quem era aqueles homens?- Vejo que a Ana percebe e recomeça a chorar.
Dou o meu filho ao meu pai e vamos ao quarto da Inês, ela ainda dorme. Depois de beijar e chorar agarrada à filha, explico ao Peter que a Inês esta dodoi, não pode fazer barulho e deixo-o com a Andrea que está ali só de olhos na pequena saindo os 3 dali.
Entramos na sala do director e vejo que todos nos esperam. Estamos la o director, o O'brien, o Inspector Português Figueiredo, o Sr José, a D Fernanda, eu, a Ana e o meu pai. O inspector O'brien começa a falar.
- Vamos lá começar do inicio, tudo o que for falado nesta sala ficara nesta sala. Mas primeiro, Dr Christian, diga-me uma coisa, a pequena Inês precisa de Cuidados Médicos durante quanto tempo?
- Talvez mais 2 semana, até curar a pneumonia.
- Tem alguma enfermeira de confiança para ficar convosco? Não convém ter compromissos
- Sim, a enfermeira Andrea. Quer que a chame?
- Sim, proceda. - Ligo para ela e ela aparece com o Peter. O O'brien liga para Outro inspector que leva o Peter ao refeitório com a promessa de bolo de chocolate. O inspector continua depois de volta a falar do sigilo. - Então, pelo que já vimos e pelos dados que temos, existe a possibilidade de que a D Ana posso ter sido raptada por este Grupo. Estamos a cruzar as suas caracteristicas e dados para tentarmos chegar aos seus progenitores. Assim que houver alguma pista informamos. Agora, precisamos colocar todos vocês em segurança.
- Desculpe,- diz o meu pai- Ainda não percebi o porquê de eu estar aqui.
- Sr Gael. Quando o seu filho viu o acidente e ajudou a Ana tornou-se um alvo para esta gente. Tal como ele, também o Peter e o Sr, pois são meios de chegar a ele. Então, para quem não sabe o seu envolvimento nesta situação eu explico com autorização da D Ana. - Ela assente e ele continua. - A D Ana foi raptada e traficada para Portugal provavelmente em bebé, onde foi entregue ao, pensamos nos, ao cabecilha da rede por quem foi violentada durante anos e de quem teve a Inês. Para proteger a filha de 2 anos de ser violentada pelo homem e pai da menina, agrediu-o e fugiu durante a noite. - Vejo a Ana chorar baixinho e seguro a sua mão- O Sr José encontrou-a na estrada a fugir e trouxe-as para Dublin, tornando-se um alvo e a sua esposa, D Fernanda um meio de chegar a ele. Eles já têm conhecimento disto e serão conduzidos a outro pais com novas identidades. O Dr Christian já explicámos e será também colocado com a sua familia noutro pais, com a diferença que ele será colocado junto com a D Ana, a Inês e a enfermeira Andrea devido a saúde das crianças.
- E quando será isso?- pergunto.
- Ainda hoje, tendo em conta que o atropelamento foi uma tentativa de homicidio e tanto a D Ana como a Inês também sofreram também cada uma, uma tentativa dentro do Hospital. Apenas quando estiverem nos jactos saberão para onde vão e receberão as novas identidades. Dr, a Inês está em condições de viajar?
- Acredito que sim.- sinto a Ana apertar a minha mão.
- E a sua esposa Dr? - Pergunta ela.
- Eu sou solteiro. Não se preocupe. Temos quanto tempo inspector ?
- No maximo 1 hora. Acha que consegue Dr? Não se preocupem com artigos pessoais que isso esta tudo tratado, telemóveis, computadores e tudo o que posso ser rastreado fica aqui, se quiserem avisar alguém façam já é apenas através deste telemóvel. - Diz e deixa um aparelho na mesa. - Estejam cientes de uma coisa, esta quadrilha opera a cerca de 20 anos, já raptou e matou mais de 100 pessoas, fora os indirectos através das drogas. Isto é o mais proximo de os apanhar que alguma vez estivemos. D Ana, agora gostaria que visse uma fotos e tentasse identificar alguém, seja o tal Ramón ou aquele que se diziam seus pais, Acha que consegue?
- Sim, só quero que Isto acabe. - recomeça a chorar - peço desculpa a todos pelo que está a acontecer, eu não queria que todos vocês sofressem com as minhas coisas.- O meu pai chega junto dela e abraça-me.
- Querida, não fique assim, se alguém sofreram é você, tão novinha e com tanto sofrimento. E tudo o que for foi pela sua menina... Não chore, é bonita demais para isso. - Todos se chegam a ela e a abraçam mas ela não largar a minha mão. Ninguem merece sofrer tanto. Até eu choro sem me aperceber
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Pégadas da vida
RomanceAVISO: Devido ás novas normas da app, apenas os meus seguidores terão acesso a todos os capitulos. Para ler a história na integra deve seguir o meu perfil Ela foge de uma vida de sofrimento e de uma possível morte. Ele foge da sua vida e de si mesmo...