Ana

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Sinto-me numa realidade alternativa, a ficha parece que não quer cair. Abraçada a estas duas pessoas, os meus pais. Sofri até aos 12 anos com aqueles, levei surras, magoaram-me psicologicamente, fizeram-me sentir um lixo, entregaram-me ao Rámon que me violentou das piores maneiras possiveis para no fim ter os meus pais á minha procura desde que nasci. Aproveito este abraço, o abraço que eu sempre sonhei receber dos meus pais, nunca o recebi dos outros porque eles não o eram e este sabe tão bem. Depois de muitas lágrimas afastamo-nos e voltamos a sentar no sofá, o Christian senta-se junto a mim e a Carla senta-se do meu outro lado.

- Gail, - diz a Carla- quando podemos tratar do reconhecimento de paternidade da Ana?

- Calma Carla. - responde a Gail.- Nós não podemos dar esse passo por agora. Não sabemos a que ponto eles estão a monitorar vocês. Até conseguirmos capturar todo a Cartel, principalmente o Ramon Gonzalez vamos ter que ser discretos. Não sabemos ainda quem são os intermediários aqui e se eles souberem onde está a Ana poderão retaliar uma vez que ela é quem os tem reconhecido  e está a colaborar connosco. Até ao momento já desmantelámos 3 casas de recepção de bebés, crianças e jovens mulheres, inclusivé já resgatámos mais de 90 jovens que foram vendidas a casas de alterne e que tforam compradas por particulares. Vamos manter assim mais um pouco, ok?

Oiço passos nas escadas e aparecem os nossos anjinhos trazidos pelas amas. Quando a Carla e o Ray vêm a Ella voltam a chorar. Eu pego na minha pequena depois de depositar um beijo no meu pequeno, sim, ele já é meu, e levo-a até eles. Sinto uma grande conexão mas ainda não consigo dizer os meus pais. A Leila e a Gia olham para nós sem entender e a Gail chama-as.

- Agente Williams e Agente Matteo, a Ana é a filha perdida do Ray e da Carla.- elas olham para nós e a Gia começa a chorar, deixando-me emocionada. 

Deixo a Ella com a Carla, o Theo vai ao colo do avô Carrick e eu vou ajudar a Gail, a Gia e a Leila a colocar as coisas na mesa. Vou á adega e apanho 2 garrafas de vinho, coloco também umas cervejas e sumo. Quando terminamos vou á sala apanhar a Ella e o Theo para eles comerem a sopinha, a Carla vem comigo e vai dando á Ella enquanto eu dou ao Theo. Depois de eles estarem bem alimentados a Leila e a Gia levam-nos para o quarto e nós vamos jantar. Durante o Jantar o Ray e a Carla não descolam os olhos de mim, o Christian segura a minha mão e acaricia-a. 

- Como te sentes meu anjo?- pergunta.

- Confusa, cansada. Só quero me deitar e dormir.- Respondo.

- Ana, - diz o Ray- com tudo isto acabámos por não falar do que nos trouxe inicialmente aqui. Os teus estudos Ana.

- Pois, toda esta situação desviou-nos. Mas posso pedir para ser outro dia? Hoje aconteceu muita coisa...

- Claro querida, - diz a Carla- Podemos passar aqui amanhã e vemos o que podemos fazer. Pode ser assim?

- Sim, claro. Apareçam quando quiserem. 

Depois do jantar eles foram embora, o Carrick e a Grace também foram e nós fomos deitar. Tomei um duche bem quente para tentar tirar a pressão e deitei-me, logo o Christian estava deitado ao meu lado. 

- Como te sentes meu amor?- pergunta ele.

- Agora que estou aqui sozinha contigo sinto-me muito melhor.- digo e aconchego-me a ele. Ele passa o braço por baixo do meu pescoço, vira-se para mim e coloca a outra mão na minha cintura, passa o seu nariz pelo meu pescoço e inspira bem fundo deixando-me arrepiada.

- Está tão cheirosa a minha mulher.- diz Christian cheirando o meu pescoço de novo. 

Ele procura os meus lábios e começa a beijar-me, sinto a sua lingua a duelar com a minha, a sua mão anda da minha cintura para as minhas coxas e volta, um calor invade-me, o que é isto que estou a sentir, como se uma euforia acompanhada com um calor percorresse as minhas veias, sem me aperceber gemo na sua boca e sinto-me envergonhada.

- Deus, se não pararmos agora eu não o vou conseguir fazer.- diz ele com a voz rouca. - olha o que me fazes minha menina.- pega na minha mão e leva-a de encontro ao seu membro e eu sinto na minha mão como está excitado.- mas quero esperar, mereces algo especial.

- E se eu não quiser esperar. Sei que contigo tudo será especial. Contigo sinto-me querida, respeitada e amada. Sei que não me magoarias.- digo-lhe. Só quero continuar a sentir estas sensações.- Continua, por favor, faz-me tua, marca-me como tua.

Ele olha bem fundo nos meus olhos, sinto como se ele me visse até ao fundo da alma. Ele aproxima os lábios dos meus novamente e beija de um modo tão doce e profundo que me sinto derreter nos seus braços. Abraço-o e esqueço o mundo com aquele beijo. As mãos dele passam pelo meu corpo e sinto como se uma brasa me passa-se ali. A mão dele entra dentro da minha camisola de pijama e sobe até ao meu seio direito, sinto apenas a ponta dos seus dedos como se uma pluma passa-se ali. No sitio onde passam os dedos uma descarga de energia passa, o meu corpo ganha vida própria e contorce-se, involuntariamente gemo contra ele. A sua mão desce e entra dentro dos calções de pijama que uso, rodeia a minha perna e para em cima da minha cueca. Ele olha para mim e eu apenas assinto, ele volta a beijar-me e a sua mão roça a minha intimidade por dentro da cueca, na minha pele que ferve, sinto um dedo tocar-me lá e sinto como um espasmo, as minhas costas curvam-se como se pedissem mais. Sinto um dedo a entrar em mim enquanto outro rodeia mais acima, num sitio que me está a levar á loucura. Ele continua com estes dedos na minha intimidade e eu sinto um turbilhão a chegar, como se um tornado estivesse a formar-se na minha barriga. Nunca senti nem nada parecido, não há dor, apenas calor, um calor que aumenta a cada segundo, sinto-me a flutuar, o tornado aumenta assim como o calor, gemo inconscientemente contra a sua boca até que sinto como uma explosão de fogo de artificio dentro de mim, sinto uma convulsão e grito.

- CHRISTIAN!!!- E o meu corpo relaxa, amolece...

Pégadas da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora