Pégadas da vida

Christian

Depois de revelada toda a verdade e quando entra a Leila que matou a Carol e se suicida a minha menina desmaiou batendo com a cara na mesa. Quando isso aconteceu o meu coração parou, a Carla chamou uma ambulância e vim com ela para o hospital Universitário. Ela foi assistida e quando saiu o resultado das análises não podia ter ficado mais feliz. A minha menina está grávida, temos uma mistura nossa a caminho. A Carla e o Ray também ficaram radiantes de vir mais um netinho a caminho, assim como o meu pai e a Grace. Eu sei que já temos 5 filhos e eu amo-os todos da mesma maneira, mas saber que este será a nossa cara... 

Essa noite o Will veio ter comigo para falar, segundo ele, de um assunto delicado.

 - Que se passa amigo?- pergunto assim que ele se senta.

- Primeiro, como está a tua senhora?- digo-lhe o que os médicos disseram, que aquilo foi tudo emoção e a gravidez ajudou.- Parabéns amigo. Quem diria que o Nerd até sabe fazer filhos e já tem o 6º a caminho. Agora, o assunto que me traz aqui... A tua mãe...

- A Grace? Que aconteceu?

- Com a Grace nada, a biológica... Após tu saires na ambulância com a tua mulher ela tentou entrar no condominio apresentando-se como tua mãe, mas o teu pai ontem informou a segurança acerca dela, então chamaram o Jason e a Gail. Eu e a Lou fomos com eles e após um bate-boca complicado a Lou reconheceu-as como sendo procuradas pela Interpol. Elas trabalhavam juntas, são 2 viúvas negras.

- Viúvas negras? Como assim?

- Iludiam e casavam com velhos ricos e pouco tempo depois eles morriam. Como eram procuradas na Europa, viram uma das vossas reportagens e decidiram vir atrás de ti e do teu pai. Só não contaram que vocês não as queriam ver nem pintadas.

- O que vai acontecer com elas?

- Vão ser extraditadas e julgadas na Irlanda.

- Menos 2 problemas. E a organização?

- Tanto quanto sabemos está acabado. Vês, isto é que é eficiência, chegamos e 2 dias depois assunto resolvido- diz o Will e rimos.

- Palhaço. Vão ficar por cá?

- Não, assim que pudermos vamos voltar e de caminho levamos as 2 para a nova residência. 1 semana no máximo. Já te queres ver livre de nós?

- Claro que não. Se a Ana não demorar a acordar vou tentar que casemos em 1 mês no máximo. Posso contar com a vossa presença, certo?

- Comida, bebida e estadia gratuita? Claro.- diz e abraça-me dando umas pancadinhas nas minhas costas indo embora e eu volto para junto da Ana.

Ao fim de 3 dias a minha menina acordou e quando lhe contei a novidade chorou. Concordou em casarmos num mês, até porque será apenas uma cerimónia intima no jardim a qui de casa.  Hoje tem alta e vamos a caminho de casa. Os nossos filhos estão com muita saudade da mãe e do pai pois eu não a deixei 1 minuto, os meus sogros foram nos buscar e já estamos á entrada do condominio. Assim que o carro pára á nossa porta ela é aberta e uma série de furacões correm para o carro. Claro que a Ana ama esta confusão, entramos em casa e está aqui toda a gente.

- Peço a vossa atenção.- falo alto para me fazer ouvir.- Eu a a Ana queremos informar que o nosso casamento será daqui a 1 mês, aqui no jardim.- Estala a festa entre o pessoal e tenho de chamar a atenção de todos de novo.-  Gostariamos ainda de convidar o Elliot, a Kate, a Mia e o Ethan para nossos padrinhos. Claro que aceitaram de imediato e a Ana foi-me logo roubada pelas mulheres por causa dos preparativos do casamento. 

Neste mês as duas Biscates Irlandesas foram julgadas e apanharam pena máxima o que eu acho pouco.

Hoje é o dia do meu casamento com a minha menina. Quem diria que aquele dia chuvoso de Fevereiro ia começar com um atropelamento que mudaria a minha vida. A empresa de eventos preparou todo o jardim sob a supervisão da minha mãe Grace, a Carla tratou do Catering e a Alicia a música. Quando chegou a hora o meu sistema nervoso gritava, eu vou para junto do altar.