Ana

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Depois de tudo o que foi falado o pai do Dr Christian foi atras do neto. Claro que é estranho um homem como ele, Médico,  lindo e pai solteiro mas isso não me diz respeito. Mas confesso que ele faz o meu coração bater mais rapido,  e fiquei feliz quando ele disse que era solteiro.

- D Ana,  vamos Ver as fotos?- diz o inspector Figueiredo para mim em Português interrompendo os meus pensamentos. - Assinale todos os que conhecer e se se lembrar, em que situação os viu, pode ser? Se algum deles for um dos que abusou de si diga-me por favor, só assim os podemos apanhar a todos.

Assinto e Começo a folhear as fotos no dossier.  Passado algumas fotos reconheço a primeira cara.

- Este. Ele ia deixar encomendas e tocou me. - Ele escreve o número da foto e continuo. Conforme os ia vendo ia dizendo, até Ver a minha mãe. Exitei na foto. O que fazer? Devo dizer? Então Lembro-me que ela não me é nada. Ela roubou-me aos meus pais apenas para me entregar ao monstro.... - Esta... Foi esta que me criou, a que eu chamada mãe. - Logo depois vejo o marido dela.- E este é o marido.- olho a foto seguinte e Começo a chorar com as recordações- Este ia lá a casa buscar as encomendas e tocava -me sempre com muita força,  uma vez prendeu-me com umas algemas e magoou-me muito atrás. 

- Quer parar um pouco Ana? - Pergunta o inspector O'brien.

- Não,  quero acabar com Isto, só falta Ver mais uma foto.- digo e vejo a ultima foto.  É ele, o monstro...  Não aguento e desabo a chorar a olhar para aqueles olhos frios, parece que até na foto ele está a mandar me calar e Lembro-me das surras com o cinto,  da vara,  dele em cima de mim a magoar -me... Tudo me vem à cabeça.  Sinto uma mão no meu ombro e quando levanto a cara está ali o Dr Christian,  passa os dedos na minha cara e limpa as minhas lagrimas. Respiro fundo e digo.- Este é o Ramón.

-Acabaram?  Tenho alguém que quer Ver a Ana. - Os outros assentem e ele leva-me ao quarto da Inês.  Oiço a gargalhada dela e assim que entro, ela vê-me e da um gritinho. Abraça-me apertado e beija-me, quando vê as minhas lagrimas apertar e diz

-Não chola mamã. Nês não dodoi.- aponta para o filho do Dr Christian que está ali com o avô e a enfermeira Andrea. - Oia bebé...

Rio da conversa dela e traduzo para eles que riem da minha pequena.  De repente a porta abre e entra o inspector O'brien com o inspector Figueiredo e mais 2 homens.

-Temos de ir já,  entraram agora 4 homens e 2 mulheres no hospital. 

Levanto-me da cadeira de rodas rápido e quando vou para a cama da Inês a enfermeira Andrea para nela, o Dr Christian pega-me no colo, o filho dele esta no colo do avô. Correm pelo corredor, o Dr Mackenzie aparece com uma mochila que entrega ao Dr Christian, descemos umas estamos e entramos numa garagem onde uma carrinha preta sem vidros está com a porta aberta e a trabalhar e Assim que entramos a carrinha arranca.  Eu choro baixinho para não assustar as crianças enquanto o Dr Christian me mantem no seu colo, sinto o seu braço nas costas enquanto a sua mão passa nos meus cabelos. Sabe bem, traz-me uma sensação de paz e tranquilidade como nunca sentir e o dia de hoje tem sido irreal. Primeiro a Inês,  depois o dono da pensão,  o carro, o hospital,  a historia do meu rapto.... É muita coisa. Mas abandono-me ao carinho e neste braços adormeço.

Acordo assustada sem saber onde me encontro, oiço apenas um barulho baixo...  Inês,  onde esta a minha filha?

- Inês!!! - Alguém toca no meu braço e vejo que é o Dr Christian.

- Shhh, tenha Calma, ela está bem, está ali com a Andrea,  está a dormir.

- Como está ela? Peço desculpa por tudo Isto, estou a prejudicar a vida de todos. - Digo.

- Não se preocupe Ana,  está tudo bem, só temos de ter calma e em breve tudo Isto vai ser apenas uma lembrança distante, confie em mim. Agora diga-me,  como se sente?

- Mais descansada agora.  Obrigado por tudo. Como está a Inês? 

- Incrivelmente bem, diria que errei o diagnóstico. Acredito que o que lhe aconteceu foi proposital para nos fazer acreditar na pneumonia.  Ela esteve com alguém nos ultimos dias, deram-lhe alguma coisa,  um doce ou assim?

- Sim, o Sr do quarto ao lado na pensão levou-lhe ontem uns doces. Porquê?

- Está explicado,  quase aposto que foi ele que se queixou ao gerente da pensão.

- Isso quer dizer o quê, que envenenaram a minha filha?

- Acredito que sim. - Diz o Dr Christian.

- Desculpem-me por interromper- diz o inspector O'brien - tenho aqui as novas identidades de todos vocês.  Vocês irão para os Estados Unidos,  ficarão numa casa arranjar por um amigo meu, ele pertenceu ao FBI e também investiga este grupo, será motorista do Dr . O Dr pode continuar a trabalhar lá, num hospital,  só terão de tomar cuidado com as crianças,  até a Inês falar Inglês e eles se acostumarem aos novos nomes e parentesco. 

- E eu, o que farei?  - Pergunta o pai do Dr.

- Você ajudará a sua " nora" com a administração da casa, ou se quiser posso pedir ao Jason para ver algo para si. A sua " esposa" também irá trabalhar no mesmo hospital que o seu filho,  " enteado" dela.  As crianças  serão gémeos, até porque apenas têm 40 dias de diferença. Em casa está a gail, mulher do Jason,  também agente do FBI e que passará por governanta da casa. Para além deles 2, cada um de vocês terá um segurança que o Jason vos apresentará. Agora,  o que acham de conhecerem as vossas novas identidades,  uma vez que vamos fazer escala no Porto para eu sair e só temos mais meia hora?

Ele entrega um envelope a cada um de Nós e abre os das crianças.

- Apresento-vos Theodore e Ella grey.

Deixo eles abrirem os deles, o primeiro a falar é a enfermeira.

- Gostei...  Grace Grey.

- E eu sou Carrick Grey, mas chamem- me Carry - diz o pai do Dr a rir.

- Abre Ana.- Diz o Dr a rir para mim. Eu abro e vejo o meu novo nome.

- Anastácia Grey,  mas podem chamar-me Ana.- digo juntando-me á piadinha dos diminuitivos, e este até combina com o meu.

- Parler Madame,  eu sou Christian Grey, podem chamar-me Chris, o pediatra sexy. - Diz e beija-me a mão.

Pégadas da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora