Capítulo 8

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Anastásia acorda no dia seguinte com o pensamento de ir até o Shopping para comprar o presente de sua mãe que faria aniversário no dia seguinte. Anastásia e Glaucia iriam almoçar e passar o dia com ela.

Vai até o shopping, compra o presente para a mãe e sai pensando em ir até a uma exposição sobre literatura que está acontecendo em uma Galeria que fica dentro do Parque que sempre frequentava com Charles, mas o pensamento a entristece, conheceu Christian lá e no mesmo dia brigou com ele. Resolve afastar esses pensamentos e segue para a exposição.

Estaciona o carro, só que dessa vez do lado contrário que sempre estaciona, desce e vai em direção a Exposição, mas acaba desistindo e se senta próximo ao lago, no gramado.

Começa a pensar em tudo o que vem acontecendo em sua vida, a tragédia que passou e conseguiu superar, a sua vida profissional que conseguiu construir, mas se sentia sozinha. Nesses últimos tempos se sentia muito sozinha e nada do que conquistou era suficiente para aplacar a tristeza que trazia dentro de si. Será que era isso que queria para sua vida? Ficar sozinha para sempre? Pensa, sentindo que pode começar a chorar a qualquer momento. Está tão perdida em seus pensamentos que não vê uma sombra se aproximando dela e se sentando ao seu lado. Ela olha para o lado e encara um par de olhos cinza, cheios de decepção e tristeza.

– Por que mentir, Ane? Por que afastar as pessoas assim de você?

Ela vira a cabeça e encara o lago, pensando que se abrir será melhor, quem sabe ele sabendo a história dela, para de persegui-la.

– Eu namorava um homem maravilhoso, no dia em que iriamos ficar noivos, ele faleceu, quando fui para casa, esperar pelo velório, sofri um aborto. Eu nem sabia que estava grávida. Eu perdi no mesmo dia o homem com quem pretendia passar o resto da minha vida e o filho dele. - nesse momento ela não suporta mais, não o encara para não ver a pena nos olhos dele, mas chora. Ele sente vontade de puxa-la para si, mas tem medo de ela se assustar, então ele só segura a mão dela enquanto ela chora.

Por isso ela é tão reticente, se fechou para o mundo e não deixa ninguém entrar na vida dela. E como ele pode contar a vida dele para ela sabendo dessa história, isso pode afasta-la dele e não é isso que ele quer.

Ele solta a mão dela e passa os braços por sobre seus ombros, ela se deixa abraçar, mas continua chorando silenciosamente. Ficam assim por minutos, que parecem hora

– Bem que Glaucia falou,  que se eu dobrar a esquina encontraria com você.- ela fala mais calma.

– É acho que tudo conspira a nosso favor. Quando achei seu álbum, voltei aqui várias vezes, para ver se te achava, quando vi seu perfil no grupo da faculdade, quase não acreditei que você estava tão perto.

– Aquele grupo é antigo, eu nem recebo mais atualizações dele.

– Ainda bem que você não deixou o grupo. - ela sorri triste.

– Eu fiquei assustada quando você me mandou a solicitação, aceitei de tanto Glaucia ficar insistindo.

– Preciso agradecê-la por isso. - ele se vira para encara-la de frente. - Ane, sei que a gente não se conhece direito, posso te dizer que tudo começou realmente como curiosidade e querer te ajudar, mas nessa semana, sinto que algo mudou. – procura os olhos dela. - Me deixa ficar com você, cuidar de você, não digo fazer você esquecer, mas aliviar um pouco essa dor que você vem sentindo.

Anastásia o olha confusa, ele a está pedindo em namoro, será que ela está preparada pra isso, pensa e também pensa na tristeza e solidão que vem sentindo nos últimos tempos. E parece que depois que ela conheceu Christian, essa solidão ficou pior e mais doída, cansada de lutar, fala:

– Só se você prometer me dar tempo para me acostumar com você e não me apressar em nada.

– Claro, Ane.- ele lhe dá um sorriso lindo e ela se lembra de que ainda não o havia visto sorrindo.- Para mim também será novo, um aprendizado, nunca tive uma namorada, vamos com calma e nos conheceremos aos poucos.- a abraça e lhe dá um beijo no rosto.- eu te vi um dia.

– Quando?

– Você estava em um estacionamento de um restaurante, você e um casal, estava jantando com meus pais quanto a vi, saí correndo atrás de você mas você já tinha ido embora.

– Deve ter sido no dia do jantar que comemoramos a promoção do Roger, ele é namorado da Glaucia.- ela sorri ao perceber que realmente tudo estava cooperando para eles se encontrarem.

– No dia que achei seu álbum, fiquei com pena de você ter perdido algo tão especial, fiquei imaginando você chegando em casa e percebendo que tinha perdido o álbum.

– Eu percebi, quando cheguei ao Shopping, no estacionamento, voltei na mesma hora, mas você o já tinha encontrado.

– Shopping? Eu saí daqui e fui para lá, tinha que comprar o presente para meu pai.- ele sorri aquele sorriso lindo de novo e diz.- Tínhamos que nos encontrar realmente.- a abraça de novo, enterrando o rosto nos cabelos dela. Afasta - se e olha para ela, para a boca dela e fica com olhar de quem quer fazer, mas não sabe ao certo o que fazer. O celular dele toca quebrando o clima. Ele olha o visor e sorri.- Mãe.- espera ela falar e responde.- Sim, vou almoçar em casa e levar alguém especial para você conhecer.- e desliga o celular. Ele se levanta dando a mão para ela, a ajudando a se levantar.

– Você acha uma boa ideia?

– Claro, ela vai gostar de você, viu sua foto no perfil. - dá outro beijo no rosto dela e a olha. - Você vai ficar brava, entupi sua caixa de mensagens, você vai ter trabalho para apaga-las.

Ela sorri.

– Tudo bem, não vou precisar responder mesmo. - ele sorri e a abraça forte, pensando o quanto é bom abraçar alguém desse jeito e ser abraçado. - Quero te pedir algo.

– Pode falar.

– Amanhã é aniversário de minha mãe, iria almoçar lá, vem junto comigo?

– Claro, Ane, hoje você conhece meus pais e amanhã conheço os seus, feito! Mas melhor nós irmos, Dona Grace não gosta de atrasos. Onde você deixou seu carro?

– No portão 3.

– Deixei o meu lá também. Vamos?- ela faz que sim, ele pega a mão dela e vão de mãos dadas até os carros. Ela mostra o carro dela, ele vai com ela até o carro, quando ela destrava o alarme, ele abre a porta do motorista para ela entrar. Espera ela se acomodar, dá um beijo na testa dela e vai para o carro dele. Começa dirigir e ela o segue, sorrindo, sentindo que seu coração está leve. Parece que algo saiu de cima dela e ela está flutuando.

Christian no seu carro, fica pensando se seria boa ideia contar tudo para ela, devido ao que ela passou, será que não traria mais sofrimento a ela se contasse? Ele precisava de tempo, sentia que Ane era muito importante para ele, não sabe como aconteceu, mas sabe que depois do fora que ela lhe deu ontem a noite, ele se sentiu perdendo um pedaço dele, por isso foi no parque de manhã, precisava pensar e respirar, não tinha ideia que ia encontra-la. Ele decidiu ganhar a confiança dela primeiro depois contaria tudo. Eles já estariam estabelecidos e ela não sofreria tanto. Ele pega o celular e liga:

– Mãe, posso te pedir, não falar nada para Ane? Peça para o pai também, prefiro esperar o momento. Obrigado, mãe, te amo.- e desliga o celular.

50 Tons - DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora