O que o Destino tem preparado para nós? Pode - se fugir dele, muda-lo? Como fugir do que se está traçado? E se fugir, não estaríamos perdendo a chance de sermos felizes e realizados, se entregando ao Amor que surge uma vez apenas na nossa vida?
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Anastásia acorda com o despertador do celular, pensando que é um dia muito triste para ela, é o dia que completava dois anos da morte de Charles. Sabe que se ficar sozinha, dentro de casa vai enlouquecer, resolve sair. Toma um banho rápido, coloca uma roupa simples, jeans, camiseta e tênis, e sai pensando em ir à casa dos pais, mas antes decide passar em lugar, precisa desse tempo.
Para o carro em frente ao parque, descendo e seguindo para o banco que ela e Charles namoravam, senta-se, pensando no álbum que perdeu ali a meses atrás. Quis tanto me desfazer de suas lembranças que agora não tenho nenhuma, pensa triste.
Como da outra vez, coloca os pés no banco, dobra os joelhos e apoia sua cabeça neles, assim pode chorar sem que as pessoas vejam.
Christian quando se aproxima do banco e a vê quase desmaia. Tentou tanto se aproximar dela, a procurou e ela está aqui na sua frente, mas ela não parece bem, parece estar chorando. Não sabe se a aborda ou não. Pelo menos correr acho que ela não vai, pensa, tirando o álbum da mochila e andando até ela, pensando no que falar.
– Desculpa, só queria te entregar isso.- e estende o álbum para ela.
Ela levanta o rosto secando os olhos, olha para ele assustada. Ele vê que ela estava realmente chorando, tem vontade de abraça-la, de consola-la, mas sabe que não pode.
– O que você faz com ele?- pergunta confusa.
– Eu o achei há alguns meses e guardei, tenho vindo vários domingos aqui para entrega-lo.
Anastásia pega o álbum desconfiada.
– E como você achou meu perfil?
– Coincidência.
– Como é coincidência você aqui hoje?
– O parque é publico.
– Você parece perigoso.- Christian tenta se controlar, mas não consegue.
– E você muito negativa! Desconfiada! Não pode ser assim, isso faz mal pra você e para quem vive ao seu redor!
– Quem você pensa que é para falar assim comigo? – Ela se levanta o enfrentando.- Você não sabe um terço do que passei para ficar me julgando!
