Passaram- se semanas desde aquela noite, Anastásia continuou com seu trabalho como fazia e nunca mais havia visto ou falado com Christian, ele também não a procurará e ela não tinha coragem de procura-lo por causa das coisas horríveis que falará.
Estava se sentindo sozinha, sentia falta do carinho e da voz dele, até que chegou a conclusão que a falta que sentia dele, era pior que sentiu quando Charles morreu, com certeza, o amava muito mais. Sentia vontade de procura-lo, mas tinha medo de ele ainda estar magoado e a rejeitar, acabarem brigando e se magoando de novo.
– Vai atrás dele, Ana. Vocês se amam tanto, deve haver algo para vocês ainda.- Incentivava Glaucia ao ver o sofrimento da amiga.
Anastásia estava comendo pouco, a tão conhecida insônia estava de volta, definhava a olhos vistos.
– Se ele me mandar embora, não me perdoar pelas coisas horríveis que falei?
– Vamos a casa dele, você pede para falar com ele, eu te levo e espero do lado de fora, qualquer coisa estou lá para você.
Com um sorriso nos lábios e uma pequena chama de esperança no coração, Anastásia aceita.
Estacionam na rua de Christian, um pouco antes da casa dele.
– Ele está em casa, o carro dele está do lado de fora. – Glaucia fala sorrindo, Anastásia sorri com a possibilidade de revê-lo, depois de tanto tempo, seu coração doía de tanta saudade e apreensão. Prende a respiração, tomando coragem para sair do carro, quando vê o portão social se abrindo.
Christian sai com uma moça, de mãos dadas, sorrindo. Parecia mais magro, ainda mais do que da ultima vez que o viu, não parecia tão bem, apenas sorria, mas não era o sorriso que Anastásia conhecia, era um sorriso apagado. Solta a mão da moça, que entra do lado do passageiro. Christian entra também e sai com o carro.
Anastásia se desmancha em lágrimas, a amiga a abraça, lhe consolando.
– Tem algo errado, Christian não é esse tipo de pessoa. Ele nem abriu a porta para ela como fazia com você.
– Ele seguiu em frente, achou o que eu não pude lhe dar. – Solta - se da amiga, secando os olhos. – Vou dar um jeito na minha vida também. Vou viajar para a casa de meus tios, já que meus pais estão lá, e esquecer isso tudo, preciso ficar longe dele.- olha séria para Glaucia.- Você vai me prometer que se ele te procurar, você vai falar que arranjei outra pessoa e me mudei de cidade.
– Posso até fazer o que você me pede, mas não concordo com isso. – sai com o carro, observando a amiga pegar o celular e ligar para os pais, tem pena dela, de tudo o que viveram e que perderam, assim que Anastásia desliga o celular, cai em um choro sentido, isso faz Glaucia parar o carro e abraça-la.- calma, vou estar aqui para você, como sempre estive.
Anastásia sequer consegue responder, parece que sua voz congelou em sua garganta, do mesmo modo que pretende congelar seu amor por Christian, dentro do peito.
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50 Tons - Destino
RomantizmO que o Destino tem preparado para nós? Pode - se fugir dele, muda-lo? Como fugir do que se está traçado? E se fugir, não estaríamos perdendo a chance de sermos felizes e realizados, se entregando ao Amor que surge uma vez apenas na nossa vida?