Capítulo (10)

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Eduardo

Logo após o almoço meto a cara no trabalho, o que poucos sabem é que o dinheiro que meu pai me deu de presente para abrir minha empresa eu devolvi mesmo a contragosto dele, posso parecer ingrato aos olhos de alguns, mas eu precisava dizer que tenho algo que é meu. Não foi fácil nos 3 primeiros anos eu trabalhei dia e noite pra levantar e manter tudo que tenho hoje.
Cumpro todas as minhas obrigações do dia, reuniões, visitas as obras, análise de planilhas e aquela maldita entrevista, no final do dia sigo para o meu apartamento eu tinha planos para hoje a noite mas prefiro deixar para outro dia tendo em vista meu humor e meu cansaço, o melhor agora será uma ducha gelada pra refrescar a mente.

Enquanto dirijo penso que pela primeira vez eu dispenso uma boa rodada de sexo por estar cansado, nunca deixei mulheres insatisfeitas na cama, sempre gostei de dar prazer para receber igualmente, sem egoísmo de ambas as partes, tem algo errado comigo  hoje.

Enfim chego no meu apartamento e vou direto tomar uma ducha para esfriar a mente e relaxar, fico puto quando minha mente traiçoeira voa para aquela garota, imagino tirando aquele olhar atrevido dela e fazendo ela implorar pra ser beijada com aquela boca de pecado que ela possui, acabo tocando uma punheta em uma velocidade absurda e quando finalmente me rendo ao orgasmo soco a parede me sentindo a merda de um adolescente com os nervos a flor da pele.

Saio do banheiro tentando esquecer o que acabei de fazer, ainda bem que hoje dei folga para dona Jô, tudo que preciso agora é comer algo e cair na cama, paro no meio do caminho quando ouço meu celular tocar e vejo que é Arthur.

-Já está com saudades? -pergunto irônico.

-Vai a merda, estou te ligando para te chamar pra ir comigo na boate do Victor esse final de semana, ele mandou umas entradas e como você anda muito estressado nada melhor que uma balada. Vamos? -penso e concluo que já tem bastante tempo que não curto uma noitada.

-É uma ideia a ser pensada.

-Para de viadagem e se prepara porque vamos relembrar os velhos tempos. -acabo cedendo.

-Tá ok, mas vou logo avisando não vou ficar no meio de um bando de adolescentes. -sei como essas boates são.

-Relaxa que já tenho tudo esquematizado. -sei esses esquemas dele muito bem.

-Se você diz, agora me dê licença que vou desligar preciso comer e dormir. -digo me despedindo e desligando.

Faço um lanche já imaginando o esporro amanhã da dona Jô por não jantar, acabo de comer escovo os dentes, dou uma última olhada nos e-mails e finalmente me rendo ao sono dos justos.

Nunca me senti assimOnde histórias criam vida. Descubra agora