Capítulo (39)

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Eduardo

Cheguei na boate igual dependendo atrás de sua droga, demorou um tempo mas finalmente achei ela debruçada no bar virando várias doses de tequila, caminho até ela mas sou parado por um conhecido e acabo a perdendo de vista.

Sento no bar na esperança dela voltar, porém o tempo passa e nada dela. Levanto e decido caminhar entre as pessoas que estão dançando mas o que encontro não me agrada nem um pouco.

Ela está dançando de uma forma sensual mas o pior é o FDP que está agarrado a ela, respiro fundo para não fazer uma besteira até que vejo ela virando e se agarrando  nele de uma forma descompensada como se estivesse procurando equilíbrio e isso foi a gota d'água para mim.

Sem pensar arranco ela dos braços desse infeliz que estava se aproveitando que ela estava alcoolizada e dou um aviso silêncioso para ele ficar calado, suspendo ela em meus braços e carrego até a saída mas sou impedido pelos seguranças.

Noto que ela está desmaiada e meu desespero aumenta, apoio ela em uma perna para liberar um braço para pegar meu telefone. Mando uma mensagem para o Arthur que após um tempo aparece onde eu estava com ela.

-O que houve com ela? -Arthur pergunta assustado.

-Ela bebeu demais, preciso sair daqui mas esqueci minha comanda no balcão do bar e a dela eu não sei onde está. -digo tentando me controlar.

-Aguarda aqui volto já. -ele diz e some no meio dos outros.

Minha vontade é empurrar os seguranças e sair daqui com ela a força, mas provavelmente eu iria acabar na delegacia e nesse momento eu preciso pensar nela primeiro. Arthur volta com um cara que nunca vi na vida, ambos caminham até o segurança que apenas balança a cabeça.

-Pronto pode ir, quer que eu vá com você? -Arthur pergunta.

-Não precisa, obrigado te devo uma. -falo suspendendo ela nos meus braços novamente.

-Vou cobrar, agora vai e cuida dela. Qualquer coisa só entrar em contato. -ele diz eu concordo e saio o mais rápido possível de lá com ela.

Acomodo ela no banco passageiro do meu carro, afivelo o cinto em sua volta e deito um pouco o banco. No caminho para o meu apartamento ligo para o Dr. Guedes que é o meu médico a anos e ele me aconselha o que fazer.

Já no meu apartamento dou banho nela ainda desacordada o que torna a tarefa um pouco difícil, enrolo ela na toalha e deito ela na minha cama. Ela não dá sinal que vai acordar e isso faz eu sentir um soco no estômago por imaginar algo pior, ligo de novo para o médico e o mesmo diz que provavelmente a pressão arterial dela baixou, ele me instrui colocar um pouco de sal debaixo da sua língua e aguardar.

O dia já estava amanhecendo quando ela acordou desorientada e muito confusa.

-Onde eu estou? Aiii que dor de cabeça. -ela senta na cama fechando os olhos e pressionando as mãos na cabeça.

-Você está na minha casa, mas precisamente no meu quarto. -digo me aproximando.

-Como eu vim parar aqui? O que eu fiz? -ela pergunta me encarando.

-Eu te trouxe para cá, você bebeu demais e acabou desmaiando. -falo resumindo e omitindo um pouco como realmente aconteceu.

-E o que você estava fazendo lá? Ou melhor como me achou? -ela me bombardeia de perguntas.

-Depois a gente conversa sobre isso, agora você precisa se alimentar e descansar, sua cabeça deve está doente vou pegar umas aspirinas também. -digo já me afastando sem dar chance dela fazer mais perguntas.

Nunca me senti assimOnde histórias criam vida. Descubra agora