Juliana
1 semana depois
Passei um mês deitada na cama daquele hospital e agora a única coisa que quero é voltar a minha rotina, isso claro se o Eduardo e a Thay pararem de pegar no meu pé.
-Gente eu estou bem tanto que recebi alta, não estou sentindo dores e a última coisa que quero é deitar. -praticamente grito para os dois que agora me olham espantados.
-Amiga fica calma mas tenta entender nós estamos apenas preocupados, você sofreu uma pancada muito forte. -Thay diz.
-Jú ela tem razão, não estamos falando por mal mas você não pode simplesmente agir como se nada tivesse acontecido. -agora foi a vez do Edu falar.
-Desculpas, sei que estou sendo grossa e até mal agradecida mas eu não aguento mais ficar deitada ou de repouso. Preciso fazer algo, me sentir útil. -falo sem ânimo.
-Eu sei amiga, te entendo mas pelo menos por enquanto vai devagar. -Thay fala.
-Tá bom, já que não tem jeito o que me resta é assistir tv. -digo me jogando no sofá.
-Infelizmente não poderei te acompanhar, o dever me chama preciso fechar a folha de pagamento da empresa, mas qualquer coisa só me chamar que venho correndo. -minha amiga diz me dando um abraço.
-Farei esse esforço de ficar aqui com ela até você chegar. -Edu diz rindo.
-Engraçadinho. -digo dando um soco de brincadeira nele.
-Sendo assim vou nessa, se comportem rs. -ela diz indo para o trabalho.
-Pode deixar. -digo a ela que se vai.
-Então o que iremos assistir? -ele me pergunta.
-Riverdale kkk. -respondo rindo com a cara que ele faz haha.
-Ok! -é a única coisa que ele diz rs.
Passamos toda parte da manhã assistindo Riverdale mesmo a contragosto dele rs, para ser sincera eu mal prestei a atenção na série com ele tão próximo a mim.
Nesse último mês ele passou todos os dias ao meu lado, trabalhou pelo notebook de dentro do hospital e mesmo eu já estando em casa de alta ele fez questão de continuar ao meu lado. Isso me causou uma surpresa enorme já que não esperava isso dele mas também fez eu me sentir alguém especial para ele, seria tão bom se as coisas continuassem desse jeito.
-Vou preparar algo para a gente almoçar. -digo me levantando mas ele me puxa e acabo caindo em seu colo.
-Nem pensar, já pedi nosso almoço. Você vai ficar aqui quietinha. -ele diz agora me envolvendo em seus braços.
-Eu não estou inválida posso muito bem preparar algo. -digo me aconchegando.
-Eu sei que você não está inválida, mas por enquanto vamos evitar. -ele fala.
-Vou deixar passar apenas para aproveitar mais tempo aqui com você. -digo apoiando a cabeça no seu ombro inspirando seu perfume.
-Viu como tem algo bom rs. -ele diz e me dá um beijo no topo da cabeça.
Ficamos um tempo assim apenas abraçados, sinto uma conexão diferente entre a gente, vai além de tudo que já senti antes, parece tão certo está aqui.
Levanto a cabeça e arrisco um beijo, como sempre começa leve mas logo o fogo se espalha, nossas línguas se chocam e meu corpo anseia por seus toques, mas como nem tudo são flores a campainha toca fazendo nos afastarmos um do outro.
-Deve ser o nosso almoço. -ele fala e eu aproveito para respirar.
-Bem na hora. -digo com sarcasmo saindo do seu colo.
O safado ainda tem a audácia de levantar rindo da minha cara, minha frustração está evidente mas me esforço para controlar meus hormônios e assim conseguir almoçar.
Eduardo
Eu não sei se xingo ou se agradeço por ter sido interrompido pelo entregador, mais um pouco e eu não responderia por mim. O desejo que sinto por ela é inexplicável, mas preciso me controlar ela ainda não está cem por cento.
Almoçamos conversando sobre banalidades, ela tentou saber sobre o trabalho mas eu consegui cortar. Brigamos para ver quem iria tirar a mesa e com muito custo venci.
-Estou cansada de ser tratada dessa maneira. -ela diz cruzando os braços.
-É por pouco tempo, logo tudo voltará a ser como antes. -digo recolhendo os pratos.
-Aff. -ela fala e revira os olhos.
-Por que você não aproveita para escolher um filme? -pergunto tentando acalmar os ânimos dela.
-Tem outra opção? -ela responde com outra pergunta.
-Não, agora vai que irei guardar as coisas e já te faço companhia. -digo e vejo ela virar com cara amarrada.
Não consigo segurar o sorriso ao ver ela saindo batendo os pés, parece uma criança no corpo de uma mulher, demoro um tempo pois não estou acostumado a fazer essas coisas e quando volto encontro ela dormindo no sofá.
-Fez tanta pirraça que acabou apagando rs. -falo para mim mesmo.
Pego ela em meus braços e a carrego para a cama, deito ela com cuidado para não acorda-lá. Tiro meu tênis e me junto a ela na cama, a intenção era apenas fazer companhia até ela acordar mas acabei pegando no sono também.
No meio do sono sinto um peso sobre o meu corpo e mãos me acariciando, fico divido entre abrir os olhos para saber se isso é real ou se não passa de um sonho.
-O que você está fazendo mocinha? -pergunto assim que abro os olhos e percebo ela brigando com meu cinto.
-Estou te acordando. -ela responde com uma cara de quem está aprontando.
-Conseguiu com sucesso. -digo observando seu sorriso quando conseguiu tirar o cinto e desabotoar minha calça.
-Que bom pois vou precisar de você totalmente desperto. -ela fala e volta a me montar.
-Você não deveria está fazendo isso, não sabemos se você pode...-tento falar mas ela me cala com um beijo.
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Nunca me senti assim
RomanceEla uma garota humilde que perdeu seus pais e teve que virar mulher precocemente para correr atrás de seus ideais sem abaixar a cabeça pra ninguém. Ele nascido em berço de ouro, dono de si e mulherengo. O que um tinha de sobra o outro tinha de menos...