Nunca me senti assim

Capítulo (51)

Juliana

Sabe aquela sensação de liberdade? Pois bem é exatamente essa sensação que estou sentindo por finalmente poder voltar ao trabalho.

Não posso reclamar por ter ficado presa dentro de casa por mais três dia depois da alta, até porque tive a melhor companhia (se é que vocês me entendem kkk). Mas eu precisava voltar a minha rotina, precisava me sentir útil, já estava enlouquecendo rs.

No meio do dia recebo um telefone do delegado que está a frente do meu acidente solicitando minha presença a delegacia, ao que tudo indica descobriram o culpado graças a Deus, mando uma mensagem para o Edu para saber se ele vai poder ir comigo até lá.

"Boa tarde meu ogro favorito rs, acabei de receber uma ligação da delegacia preciso ir até lá está muito ocupado para ir comigo?" -mando.

Após alguns instantes ele responde.

"Boa tarde princesa, me dê 15 minutos e estarei aí para irmos juntos."

Ainda bem que ele irá comigo, só de imaginar entrar em uma delegacia para descobrir quem fez todo aquele estrago em mim já me dá arrepios, só espero que seja breve e o culpado pague pelo que fez já que ficou provado que não foi acidental.

-Entra. -digo após ouvir uma batida na porta.

-Está pronta? -só a voz desse homem já é o suficiente para me aquecer.

-Prontissima, vamos? respondo.

-As dama primeiro. -ele diz dando passagem para mim.

Quanto mais nos aproximamos da delegacia mais meu coração bate acelerado, sinto as mãos suadas e um leve tremor no corpo. Repito internamente para ficar calma mas meu cérebro não recebe a mensagem.

-Chegamos! -Edu anuncia e eu apenas concordo com a cabeça.

Não demorou muito para sermos encaminhados para a sala do delegado que nos recebeu cordialmente.

-Boa tarde obrigado por ter vindo tão rapidamente. -ele diz apertando a minha mão e a do Edu.

-Boa tarde, eu que agradeço por finalmente chegarmos ao fim desse dilema. -digo nervosa.

-Demoramos para desvendar pois o carro que te atropelou estava em nome de outra pessoa que se encontra fora do Brasil e não sabia que estava sendo utilizado por outra pessoa, isso nos custou tempo mas conseguimos chegar na grande culpada a qual já prestou depoimento e se encontra detida. -o delegado diz.

-Quer dizer que foi uma mulher? -indago.

-Sim uma mulher, aliás ela confessou o que já havíamos comprovado, a intenção dela era realmente te matar. -ele fala e minha cabeça dói por saber que alguém queria me  matar.

-Quem é essa filha da mãe? -Edu pergunta.

-Nome dela é Melissa Betim, aliás ela disse em seu depoimento que fez isso por amor e seu nome foi mencionado. -o delegado diz diretamente ao Eduardo.

-Agora me lembro no dia do acidente ela me mandou mensagens dizendo que eu não ficaria com você Edu. -digo espantada.

-Eu não consigo entender o que levou a Melissa ir tão longe, não esperava isso dela. -ele fala tão surpreso quanto eu.

Passamos ainda um tempo na delegacia afim de esclarecer tudo e abrir a queixa contra ela, na volta noto o Edu tenso ao volante, seguimos em um silêncio absoluto até ele estacionar na minha porta.

-Edu sei que é difícil para você acreditar que sua ex é uma assassina mas não adianta nada você ficar dessa maneira. -falo nervosa com esse silêncio.