Capítulo (63)

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Juliana

Alguns dias depois...

Lá vamos nós para mais um dia com Edu vindo me pegar em casa para trabalhar, pois é para continuar indo trabalhar sem ele ficar me perturbando dia e noite entramos em um acordo. Todos os dias tenho que ir e vir no carro dele, para evitar maiores conflitos aceitei.

Outro ponto que também ele conseguiu me dobrar é o uso dos saltos, agora trabalho com sapatilhas ou tênis, isso eu nem discuti com ele já que a própria médica falou que era melhor. Em falar em médica na primeira consulta com a obstetra ele fez questão de ir o que no fundo foi até bom, só assim ele sossegou um pouco e esclareceu todas as suas dúvidas (olha foram muitas).

-Tomou café da manhã? -ele me pergunta isso todo santo dia.

-Sim senhor, eu tomei meu café. -respondo revirando os olhos.

-Não adianta fazer essa cara que vou continuar perguntando isso todo dia mesmo. -ele fala e antes de continuar com a mesma ladainha sobre estar preocupado e que agora não sou só mais eu, que tem um bebê crescendo dentro de mim e blá blá blá, fui salva pelo seu telefone que tocou bem na hora.

Assim que ele atendeu eu aproveitei para ouvir música, coloquei meus fones e me desliguei do mundo, o único problema é que esse "desligar" foi de verdade e acabei dormindo rs.

-Ei princesa chegamos, acorda! -abro os olhos meia perdida.

-Eu dormi de novo? -pergunto já que ultimamente isso tem ocorrido com uma certa frequência.

-Sim, de novo. -ele fala me dando um beijo casto em meus lábios.

Já fora do carro passo as mãos pelos meus cabelos na intenção de fazer ele voltar para o lugar, na empresa todos já sabem do meu namoro com o Edu já que o mesmo fez questão de dar uma entrevista e falar sobre o nosso relacionamento, mas o que ninguém sabe é que estou grávida.

Subimos em silêncio até o meu andar onde nós despedimos, pode parecer coisa da minha cabeça mas estou achando Edu hoje muito estranho. Afasto esses pensamentos e volto a realidade, cumprimento a Vanessa e caminho até a minha sala para começar o dia.

-Com licença Jú a mãe do Sr° Lambertini está aí fora e quer falar com você, posso deixar entrar? -Vanessa pergunta e eu já fico apreensiva.

-Sim pode. -respondo.

A jararaca entra com toda sua pose e arrogância estampada na sua cara, Deus queira que ela não venha me amolar de novo. Paciência e educação tem limite e o meu com ela está quase chegando ao fim.

-Bom dia em que posso lhe ser útil? -pergunto em um tom seco para deixar claro que não estou estou afim de conversa fiada.

-Bom dia, vim te fazer uma proposta. -ela diz se sentando na minha frente e só pelo seu tom já sei que vem merda por aí.

-Eu acho que a senhora não entendeu muito bem nossa última conversa. -digo me reconstando em minha cadeira.

-Entendi muito bem, por isso estou aqui. Quero saber quanto você quer para sumir da vida do meu filho? Sabemos que esse relacionamento é bem vantajoso para você e pode ser muito mais caso você aceite minha proposta. -ela diz na maior cara de pau colocando o talão de cheque sobre a minha mesa.

-Definitivamente você é doente, eu tenho nojo de olhar para a sua cara, você é uma mulher sem alma, sem coração e sem um pingo de caráter. -cuspo as palavras em sua cara.

-Me poupe desse discurso e fale seu valor, iguais a você eu já vi milhares. Todas falam que são honestas mas no fundo é só um truque para elevar o valor. -ela fala come se eu fosse uma dessas milhares.

-Pois bem já que insiste, meu valor é impagável. É alto demais para uma mulher como você, meu valor vai além de dinheiro ou status, mas isso está muito acima da sua capacidade de entender não é mesmo? -falo agora um pouco mais alto.

-Você está perdendo uma chance de realmente se dar bem na vida sua insolente, você acha que ele ficará com você até quando? Kkkk olha para você e olhe bem para ele. -ela fala ainda sentada com toda sua pose enquanto eu já estou de pé.

-Eu quero que você se retire da minha sala e nunca mais volte, enfia seu dinheiro, sua pose, seu status e principalmente sua arrogância bem dentro do seu orifício. -falo agora gritando aos quatro cantos, e nesse momento minha porta é aberta por um Edu nada amigável.


Eduardo

Já na minha sala me preparando para enfrentar uma reunião nada fácil sou avisado que minha mãe deu entrada no prédio, me sento já na espera dela. Mas passa um tempo e nem sinal dela aparecer, onde será que ela está enfiada?

Peço a dona Sandra para tentar descobrir onde ela está e para o meu maior desespero sou informado que ela desceu no andar da Jú. Esses anos todos eu aguentei muita coisa calado, mas se ela estiver importunado a minha mulher...

Desço pelo elevador e entro na sala da Jú igual um animal com raiva, e para o meu desgosto encontro de fato a cobra sentada e a Jú em pé gritando.

-Posso saber o que você está fazendo aqui? -pergunto com ódio no olhar.

-Ora ora se não é o ingrato do meu filho, vim conhecer minha nora já que ninguém nos apresenta. -e ela acha que sou otário para acreditar nisso.

-Você deveria sentir vergonha de dizer que sou seu filho se nunca me tratou como um, e pelo tom da conversa quando entrei aposto que a última coisa que você estava fazendo era conhecendo alguém. -falo tentando ao máximo controlar minha raiva.

-Calma meu amor, ela já estava de saída. -Jú fala mas eu dúvido que isso seja verdade.

-Já estava mesmo, minha cota de insultos está esgotada. -ela se levanta com seu nariz empinado mas vejo o momento exato em que ela pega algo na mesa.

-O que é isso? -pergunto puxando o talão da mão dela.

-Me devolva isso! -ela tenta pegar mas sou mais rápido.

-Eu não acredito que você tenha vindo até aqui para tentar comprar minha mulher, ou melhor acredito sim pois vindo de você tudo é possível. -digo jogando o talão nela.

-Edu por favor se acalme, deixa ela ir de uma vez. -minha princesa tenta me acalmar.

-Você não pode falar comigo dessa maneira, eu sou sua mãe! -ela tenta se impor.

-Hahaha você só pode estar de brincadeira, você nunca foi mãe nem para mim e nem para a Carol. Agora saia daqui e nunca mais apareça antes que eu perca a compostura. -disparo com nojo.

Ela simplesmente se vira e sai, eu tento manter a respiração regular mas por dentro estou com um ódio mortal, essa mulher deveria estar presa em algum hospital psiquiátrico, como ela ousa vir aqui perturbar a Jú?

-Você está bem?

-Eu que tenho que te perguntar, ela fez algo com você? -pergunto abraçando ela.

-Não, ela só queria me pagar para sair da sua vida. Coitada mal ela sabe que nem fudendo você irá se livrar de mim rs. -ela responde com um sorriso que me derrete todo.

-Ainda bem, pois eu também não quero me livrar de você. -digo e roubo um beijo da minha diabinha.

Fiquei mais um tempo para ter certeza que ela estava bem e depois voltei para minha sala, antes de entrar em reunião eu liguei para a recepção proibindo a entrada da minha mãe no prédio, faço isso com o prédio onde moro
também. Quero total distância dessa mulher, espero que ela suma de uma vez por todas.

No final do dia peço ao Alfredo para levar a Jú para casa e invento uma desculpa para continuar no escritório que claro ela desconfiou, foi embora sem nem me dar um beijo mas tenho certeza que quando ela souber o que planejo irá me perdoar, pelo menos assim espero rs.

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Boa noiteeee amoreees!!!
Como prometido mais um capítulo para vocês.
Dessa vez com a presença da víbora da mãe do Edu, aff ninguém merece essa mulher.
Continuem voltando que em breve volto com a surpresa que o Edu está preparado para a nossa Jú. 😉😍
Bjusss 😘😘😘
Rafa Bastos 💙

Nunca me senti assimOnde histórias criam vida. Descubra agora