Capítulo (31)

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Eduardo

Acordo no dia seguinte com a dona Jô me chamando, só então me deu conta de que dormi na sala agarrado a uma garrafa de whisky e com a roupa que trabalhei no dia anterior.

-Bom dia, hora de levantar e tomar um bom banho pois só cheira a bebida. -dona Jô fala séria me repreendendo.

-Merda! -falo sentindo a cabeça latejar.

-Olha a boca! Vai logo tomar um banho enquanto preparo o café. -ela diz indo em direção a cozinha.

Me levanto com dificuldade, meu corpo todo dói por ter dormido no sofá além da cabeça que parece que vai explodir a qualquer momento, tomo banho e me arrumo antes de ir tomar café.

-Bom dia dona Jô, por favor café e aspirinas! -peço colocando a cabeça nas mãos.

-Bom dia de novo, o que aconteceu para você beber daquele jeito? -ela pergunta.

-Dona Helô apareceu no escritório ontem, perdi a cabeça e o resultado é o que você encontrou jogado no sofá. -digo.

-Já cansei de falar para você tirar essa mágoa de dentro de você, isso não te faz bem meu filho. -ela diz me dando o café e as aspirinas.

-Um dia quem sabe, agora vamos mudar de assunto? Vou comer algo rapidinho pois tenho que ir para o escritório. -digo.

-Toma café direito! -ela briga quando me vê levantando.

-Já tomei. -digo dando um beijo em seu rosto antes de sair.

Dona Jô é como uma mãe para mim, ela está comigo desde quando eu tinha 20 anos e fui morar sozinho, foi ela que me deu apoio e me ajudou em momentos que achei que seria impossível suportar.

Como se já não bastasse estar em cima da hora ainda tem o trânsito que está igual a minha cabeça péssimo.

-Bom dia dona Sandra, pode chamar até a minha sala o diretor executivo e o diretor financeiro por favor! -peço.

-Bom dia Sr. Eduardo, já irei solicitar.

-Obrigado.

Vou resolver esse problema de uma vez por todas, estou cansado de me fazerem de bobo dentro da minha própria empresa. Pego todos os documentos que a Juliana me enviou constatando a diferença dos cálculos e me instalo aguardando a presença dos responsáveis.

Mas o que eu esperava ser rápido levou a manhã toda e com isso a minha cabeça voltou a latejar, mas pelo menos resolvi tudo de uma vez por todas.
Almoço no escritório mesmo já que estou de trabalho até o teto.

Já no final da tarde decido ir até a sala da Juliana, não sou bom em pedir desculpas mas devo isso a ela depois do que houve ontem, dispenso que sua secretária me anuncie e bato em sua porta enquanto respiro fundo.

-Entre. -ela diz e sinto meu sangue congelar em antecipação.

-Oi. -pqp não sei o que falar.

-Olá, aconteceu algo? -ela pergunta surpresa com a minha presença.

-Posso me sentar? -pergunto rindo.

-Nossa desculpa a falta de educação sente se por favor. -ela diz e deu uma leve corada.

-Tudo bem relaxa, acho que não esperava minha visita aqui. -digo.

-Para ser sincera não.

-Vim por dois motivos, o primeiro é para comunicar que descobri quem era o culpado pelo aumento no orçamento, era o Sr. Tavares gerente administrativo da empresa mas o mesmo já foi convidado a se retirar e responder perante a justiça por seus atos. -digo.

Nunca me senti assimOnde histórias criam vida. Descubra agora