Capítulo 24

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Ele queria vingança. Ela tem seus motivos para ficar bem distante de jogadores de futebol. 

Uma entrevista e muitos acontecimentos depois. Você precisa conhecer essa história. 

***

– QUE PORRA VOCÊS duas estão fazendo? – Gusmão brada, soltando faíscas de raiva. – Todos enlouqueceram ou tem alguma explicação para isso?

Jaque tenta abrir a boca para argumentar, mas Duda levanta um dedo em tom de ameaça, calando-a em seguida.

– Pai, eu gostaria de falar com Rocco em particular. Acho que antes de qualquer pessoa aqui presente, é a ele que devo explicação. Vocês poderiam nos deixar sozinhos?

– Uma ova que eu vou ficar de fora desta conversa. Você é minha filha e, por mais adulta que seja, estou vendo que anda fazendo besteira. Sendo assim, tenho todo direito de ouvir o que tem a dizer em sua defesa.

– Nós não estamos em um tribunal, pai. Eu preciso falar com meu namorado.

Enquanto eles discutem, fico me perguntando o que eu perdi, se ela já me dava sinais de uma possível relação homossexual com sua amiga, e até que ponto nosso acordo era tão aberto. Não. Ela não devia ter soltado essa bomba justo no momento em que eu alimentava tantas dúvidas sobre nós. Isso pode ser a gota d'água.

– Seu namorado? – replico, ferozmente. – Que horas você lembrou que tinha um? Em algum de seus encontros com a mulher que eu achei esse tempo todo que era sua melhor amiga, ou agora a pouco, quando ela tinha uma língua enfiada em sua boca?

Ela dá um passo adiante, mas hesita ao perceber o tamanho de minha fúria.

– Rocco, eu tentei conversar com você, não apenas uma como duas vezes e simplesmente a chance nunca acontecia. As coisas não são bem assim. Tenho certeza que se me ouvir, vai entender o que está acontecendo.

Um movimento atrás de mim chama minha atenção. São meus pais saindo da biblioteca e deixando somente nós quatro continuarmos a conversa embaraçosa.

– Ah, eu sei muito bem o que está acontecendo. Alguém está sendo feito de bobo e tenho certeza de que esse alguém sou eu.

Jaque levanta guarda em defesa de Duda e tenho vontade de fazê-la engolir cada palavra ferina. Quando essa relação pode ter começado? Há um mês, um ano, toda uma vida? Ainda não me conformo por não ter desconfiado delas.

– Cala a maldita boca, Rocco. Eduarda faz vistas grossas o tempo inteiro em suas traições e a única culpada aqui é ela? O que o incomoda? O fato de estar compartilhando a namorada com outra mulher?

– Saia da minha casa agora, sua putinha! – Gusmão a segura pelo braço, forçando-a a acompanhá-lo até a porta. – Você não tinha o direito de se aproveitar da amizade de minha filha. Eu a quero longe das minhas vistas. Não ouse voltar mais aqui.

Ela ri enquanto caminha, obedientemente para a saída, mas não atravessa a porta antes de soltar mais uma das suas.

– Vocês são patéticos se pensam que nos tratar como duas crianças se descobrindo vai mudar alguma coisa. Eduarda me ama e eu a amo. Ponto final. Não há nada que nenhum de vocês possa fazer a respeito.

– É melhor ir de uma vez, Jaque – Duda solta, impaciente. – Depois nos falamos.

Quando a víbora desaparece de nossa frente e ficamos somente nós três, ela passa a ser o único foco da ira de Gusmão.

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