Capítulo 22

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      Pov Ness

    

      Tudo que eu mais queria era ficar deitada na minha cama presa naquele quarto ate que alguém surgisse para me salvar. Mas de algum jeito eu sabia que minha família não tinha ideia de onde eu estava e ia levar um tempo ate que descobrisse ou não, já que estou na casa dos Volturi. 

Clay veio me avisar que em uma hora ela voltaria para me buscar e levar até os Volturi. 

    Me levantei e fui me trocar. Abri o guarda-roupa e tentei achar a roupa mais simples que podia. Encontrei uma calça preta, uma regata vermelha e uma bota preta de cano curto. Fui para o banheiro e tomei um banho. 

    Eu já não chorava mais e nem ia, esta na hora de ser forte e de tentar sair dali, nem que isso levasse muito tempo. Mas até ter um plano eu faria tudo que os Volturi mandassem.

    Quando Clay chegou no quarto eu estava terminando de me arrumar?

   --Você está linda. — ela disse deixando a porta aberta.

   --Obrigada. — falei sorrindo.- Você sabe o que os Volturi querem comigo. 

   --Não desculpe. — ela disse meio triste.- Mas acho melhor você ir preparada.

   --Por quê? — eu fiquei curiosa. 

   --É hora do jantar. — eu entendi o que ela quis dizer.

   --Humanos? — perguntei só para tirar as dúvidas.- Esta tudo bem eu estou acostumada a isso. 

   --Que bom então! Vamos.

   Respondi que sim e saímos. Aquele castelo era um labirinto de escadas e corredores. Andamos por uns dez minutos. Até que ela parou diante de uma porta de uns 20 metros de altura com 30 de comprimento feita toda de ouro e pedras preciosas. 

   --Espere aqui. — Clay disse e saiu. Voltando um tempo depois.- Eles vão receber você. 

    Eu a segui por um corredor na lateral da porta e passamos por outra porta mais simples, eu acredito que foi feita para os criados acessarem o salão. 

   Caius, Marcus e Aro estava sentando em um canto do salão lendo. Fiquei feliz em constar que nem Alec, nem sua irmã bizarra Jane estava ali. 

   --Senhores ela esta aqui. — Clay falou.

   Eles se viraram para mim, Aro soltou aquele sorriso que me assusta até hoje, mas mantive minha expressão vazia, eu não ia deixar ele perceber minhas emoções, mesmo sabendo que ele podia ler minha mente, não minhas emoções. 

   --Pode sair Clay. — falou Caius.- Peça para trazerem a refeição.

    Clay saiu com uma reverência e me deixou ali. Agora eu estava sozinha com os vampiros mais psicopatas desse mundo. 

   --Como esta se sentindo, Senhorita Cullen. — perguntou Marcus. 

   --Como pensa que estou me sentido? — falei em um tom casual.- Vocês me sequestraram e estão me mantendo presa. Então não, eu não estou bem.

   --Você tem um língua bem afiada e o jeito da sua mãe. — falou Caius em seu tom de voz que me irritava.

    --Deixe a menina em paz Caius. Ela está apenas sendo sincera com o que pensa. — Aro veio para a minha frente.- Você esta mais bonita do que a última vez que nos vimos. 

    --Já faz alguns anos. — respondi impedindo que ele me tocasse.- Vamos parar de enrolação, o querem comigo. 

    --Que bom ela não gosta de conversa fiada. — falou Caius.- Você vai fazer uma coisa para nós. 

   --Que coisa? — perguntei.

    --Você vai treinar o nosso exército de recém-criados. — Aro falou e eu tive que me segurar muito para não parecer chocada com aquilo.- Aposto que você sabe o que fazer, já que sua família já lidou com um exército assim antes. 

    --Na verdade, não. — eu respondi, sem tremer a voz.- Minha família me ensinou o básico para me manter viva e segura, mas não para treinar um exército.

    --Bom, então vai ter que aprender a treina-los. — Caius falou, sem olhar para mim.

   --E se eu não quiser fazer isso? — falei seria. 

    --Um certo avô humano sofrera as consequências por seus atos. — Marcus falou. 

   --Faça o que quiser com ele. — falei com um olhar de ódio.- Ele não se importa comigo e me odeia. Ele descobriu o que eu sou e me repudiou, farei o mesmo.

    Naquele momento fiquei muito feliz pelo Tio Jasper ter me ensinado a manipular minhas emoções de um jeito que somente eu soubesse identificar, eu estava tão boa nisso que quando queria conseguia enganar até meu próprio tio. 

   Caius se levantou e veio ate mim, ele colocou a mão no meu pescoço e falou no meu ouvido. 

   --Não faça o que queremos e vamos arranjar um jeito de fazer você sofrer. — o jeito que ele falou me assustou muito.

   Ele me empurrou e eu cai. Os humanos chegaram e eu tive que ver eles matarem pessoas inocentes por pura diversão.

    Aquilo era nojento e muito doentio. Não importa o que acontecesse eu não iria me tornar aquela categoria de monstro. 

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