Capitulo 24

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      Pov Ness

     Três meses naquele inferno não estava sendo facil nem um pouco, ter que ver aqueles vampiros se alimentando de humanos inocentes era nojento.

    Fazia três meses que eu nao sabia o que era gosto de sangue, mas eu me recusava a beber sangue humano. O que me mantinha viva era a comida que Clay sempre me trazia.

    Os Volturi acabaram me forçando a treinar o exercito para eles.

    Minha prisão mudou dois dias depois da proposta/ordem deles de treinar me foi feita. Eles me chamaram para aquele salão de novo e eles me mostraram videos da minha família, do Jake e da Alcateia dele, não tive outra escolha se não aceitar.

   Os vampiros novatos eram realmente bons e alguns tinham dons.

   Eu sabia porque eles estavam ali principalmente os que tinha os dons, eles estavam para fazer o trabalho sujo para os volturi, mas se eu iria treina-los iria fazer pensando no meu próprio lucro.

   Ia treinar os recém criados e ao mesmo tempo ia descobrir um jeito de fugir dali.

   --Posso te pedir um favor Ness?  -a Clay perguntou depois do jantar.

   --É claro. -respondi sem tirar o olhar de um livro.

   --Se você conseguir sair daqui.  -ela disse com um certo medo na voz.- Posso ir com você?

   Aquela pergunta me fez abaixar o livro para ter certeza de que estava falando serio.

   --Mais é claro que sim.                  -respondi segura disso.- Eu não deixaria uma amiga para trás.

   --Somos amigas? -ela perguntou um sorriso e esperança nos olhos.

   --Mas é claro que sim. O que seria de mim sem você aqui, eu já teria pirado. Mas se você não quiser ser a minha amiga vou entender.

   --Mas é lógico que eu quero.

   --Isso é perfeito. Clay será que agora eu posso te fazer uma pergunta?

   --Mas é claro.

   --Por que você trabalha aqui?

   Sua cara foi de feliz para sombria em segundos, seu olhar era tão triste que eu me arrependi de ter feito a pergunta.

   --Desculpe. -falei fazendo ela me olhar.- Não deveria ter feito a perguntar, não é da minha conta. Não precisa me contar.

    --Não, está tudo bem. -falou ela pegando uma cadeira e sentando na minha frente.- A historia é longa.

   --Ainda bem que adoro historias.

    História On:

  Foi no ano de 1965, eu tinha 19 anos e contrai tuberculose e naquela época não se tinha um tratamento como se tem hoje e eu estava morrendo.

   Meu pai era um homem idiota e adorava jogar, um dia ele apostou com um homem tudo até nossa casa, nessa época eu já estava doente. E adivinha, ele perdeu, claro.

   Quando esse homem foi receber o dinheiro que meu pai lhe devia ele viu a minha situação.

    Meu pai implorou para que ele esperasse até que eu melhorasse e aí sim meu pai pagaria a divida.

    Porém no momento em que o homem me viu ele soube que eu iria morrer em breve.

   Então esse homem fez um acordo com o meu pai, ele me salvava e em troca meu pai me daria para ele.

    Minha mãe se negou a aceitar, mas meu pai aceitou na hora. Então o homem me transformou em vampira e foi embora.

    Quando meu pai descobriu no que eu tinha me tranformado ele brigou comigo perto da minha mãe e perdi o controle, eu a matei. Foi sem querer, ela estava no lugar errado e na hora errada. Então meu pai me expulsou de casa.

   Fiquei na rua sozinha por dois meses até que aquele homem que havia me transformado apareceu e disse que estava na hora de pagar a divida do  meu pai ou ele iria cobrar do próprio.

    Mesmo odiando meu pai não tive escolha e assim como você estou presa neste lugar.

    Historia Off.

   --Nossa sinto muito. -falei pegando a mão dela.- Pensei que você fosse recém criada, já que está no treinamento.

   --Não. -ela disse.- Mas eu queria aprender algumas coisas.

   --Entendo. -falei.- Mas Clay quem era esse homem.

   --Caius. -ela respondeu triste.- Ele adora dar suas escapadinhas.

   --Os irmãos dele sabem dessas escapadinhas? -perguntei.

   --Sabem e não ligam. -ela respondeu.

   Merda, eu podia usar essa informação como um tipo de trunfo.

   Ela então se ajoelhou ao meus pés.

   --Eu não aguento mais essa vida, estou aqui a 53 anos. -ela disse quase chorando.- Eu faço o que for preciso para ir embora com você.

   --Eu sei que faria. Mas saiba que sair daqui vai demorar e é bem perigoso se formos pegas, podemos até morrer.

   --Eu estou pronta para o que der e vier. Te prometo que serei leal a você até o fim.

   --Eu não preciso de lealdade, preciso de amizade. -eu falei.- Mas um pouco de lealdade também é bom.

    --Então, se depender de mim você terá os dois, Ness. -ela sorriu.

    --Então, vamos começar a planejar a nossa fulga desse inferno. -eu retribuí o sorriso.- E de quebra, acabar com os Volturi de uma vez por todas.

    E foi nesse momento que nossa amizade finalmente começou e eu sabia que jamais iria se acabar, não importa o que acontecesse.

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