Capitulo 23

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     Pov Jake

     --Filho, respira. — falou meu pai quando cheguei em casa.- Se acalma ou você vai se transformar.

   --Eu não consigo, pai. — falei gritando.- Aonde ela esta?

   --Eu não sei. — ele disse em um tom baixo.- Mas sei que ficar assim não vai trazer Ness de volta.

   Ele estava certo. Sentei-me na cadeira e respirei. Ia completar três meses que a Ness desaparecera e não fazíamos a menor ideia de onde ela estava.

   Essa falta de informações estava me deixando maluco e eu já nem conseguia mais liderar a alcateia, ainda bem que o Sam assumiu no meu lugar temporariamente.

   --O que eu faço pai? — perguntei começando a chorar.

   --O que você iria querer que ela fizesse se você tivesse sido sequestrado? — meu pai perguntou

   --Eu iria querer que ela continuasse me procurando. -falei, me jogando no sofá da sala.- Mas também não ia querer que ela parasse de viver.

   --Então siga seu próprio conselho, filho. — ele falou e eu não entendi.- Siga a sua vida, cuide da matilha, você é o alfa e eles precisam de você forte, mas não pare de procurar. Se tiver alguma pista vá atrás, se não tiver nada siga com a sua vida.

   --Não sei se consigo fazer isso. — eu estava deixando todas as minhas lagrimas caírem.- Não sei como viver sem a Ness.

   --Sim, você sabe. — meu pai disse e olhei para ele sem entender onde ele queria chegar.- Você viveu bem até ela chegar, tudo o que tem que fazer é encontrar um modo de viver de novo.

   Eu não queria admitir, mas ele estava certo e eu fiquei pensando nisso por alguns segundos.

   --Pai já te disseram que você é o homem mais sábio desse mundo? — perguntei

   --Não, ninguém nunca tinha me dito isso. — ele falou rindo.- Mas se quer saber está na hora de começar a mudar esse jeito. A alcateia está lá na praia, vai se divertir um pouco.

   --Você está certo de novo. — falei sorrindo e me levantando.- Eu te amo pai.

   --Eu também de amo, Jake. — ele sorriu.- Agora some daqui, por favor.

   Sai da casa e segui a pé ate a praia. Queria pensar um pouco em tudo o que meu pai me disse.

   Quando cheguei na praia todos estavam lá, jogando bola ou jogando conversa fora. Aproximei-me e foi como se Jesus Cristo tivesse voltado à Terra, pois todos olharam para mim.

   --Podem continuar o que estão fazendo, não sou um fantasma. — falei me sentando ao lado da Lia e do Sam.- Isso foi estranho.

   --Com certeza. — falou a Lia.

   --Alguma notícia? — perguntou Sam.

   --Não. — falei quase chorando de novo.- É como se ela tivesse evaporado. Mas no vou desistir.

   --Nem nós. — disse o Sam colocando a mão no meu ombro.- Por que está aqui? Dou conta da matilha.

   --Eu sei que você cuida bem da matilha. — falei sorrindo.- Mas preciso distrair a cabeça com alguma coisa ou vou ficar maluco. Me diga como vão às coisas por aqui.

   --Bom então vamos lá chefe, vou te dar um relatório completo. — falou o Sam me fazendo rir muito.- É bom te ver sorrir de novo, Ness ficaria orgulhosa.

   --Era o que ela iria querer que eu fizesse. — respondi.- Mas ainda preciso de um tempo.

   --Leve o tempo que for preciso. — Leah respondeu.- Vamos te ajudar a passar por isso, somos uma família.

    Ficar um tempo com a matilha foi bom. Depois do relatório improvisado do Sam, resolvi jogar um pouco de bola e meu time ganhou é claro.

    Mas confesso que jogar me deu mais saudade da Ness, ela era ótima nesse jogo, a melhor que tínhamos.

   Eu estava finalmente seguindo, mas prometi a mim mesmo que não importa quanto tempo leve eu vou achar a Ness e vou trazer ela de  volta para todos nós.

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