A Marca de Castiel

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CAPÍTULO 1

            - O que foi isso? – Perguntou Meg

Eu e Sam olhamos incrédulos para Cas, o que diabos acabara de acontecer, era real ou meus olhos estavam me pregando uma peça?

Cas nos fitou meio sem jeito, sem entender o porquê ficamos boquiabertos.

            - Uhm, aprendi com o cara da pizza. – Ele disse dando de ombros.

Naquele momento um mix de emoções confundiu minha mente, acho que podia ser ciúmes, uma raiva guardada, como ele poderia fazer isso comigo!? Mas... Não tínhamos nada, ele era como meu irmão, um amigo confidente. Eu não tinha ideia do motivo de eu estar com... ciúmes?! Sammy se divertia, achando tudo uma grande piada, mas e eu? Porque estava tão furioso? Porque estava magoado com Cas por ter beijado Meg? Fiquei remoendo este pensamento durante toda a noite.

Com o Sol nascendo, resolvi ir a um lugar comer alguma coisa e imergir meus sentidos em ovos com bacon.

Perto do local onde estávamos "hospedados" havia uma cafeteria, não tinha um visual muito agradável mas estava de bom tamanho, eu só queria comer algo. Abri a porta e entrei, o que ocasionou em um ruído estrondoso parei em baixo do batente, levemente constrangido.

            _ Boa!!! Bastante atenção para começar o dia, Dean! – Pensei comigo mesmo.

Fui até o balcão, e pedi o que comia todas as manhãs.

            - Ovos com bacon e café, puro, bem forte. – Disse à garçonete que estava me fitando com um olhar sugestivo, ela era o tipo de menina, que me chamava atenção. Cabelos negros, olhos verdes profundos, curvas esculturais, usava uma roupa preta  justa que acentuava seu belo par de... e estava com uma maquiagem pesada em volta dos olhos.  Pela primeira vez desde... desde que me conheço por gente, eu não estava com disposição para chama-la pra sair. Não me sentia bem... Fiquei olhando o menu enquanto esperava o meu café, então a moça que me atendera apareceu com meu pedido, um prato cheio de ovos com bacon, entregou-o em minhas mãos acompanhados à um papel com seu telefone, olhei pra ela segurando um sorriso, e ela piscou para mim, sem tirar os olhos dela coloquei a mão no bolso e tirei alguns dólares amassados, os joguei em cima do balcão, e dei um leve sorriso enquanto me virava procurando um local para me sentar.

Escolhi uma das poucas mesas que estavam vazias, bem no fundo da cafeteria. Me sentei de costas para a porta, finalmente começando a comer, e magicamente a única coisa que eu conseguia me preocupar era com a minha comida.

            _ Até que enfim cérebro, já era hora de parar de pensar besteira. - Sorri involuntariamente.

Comecei a reparar na decoração da lanchonete, o chão era de lajotas pequenas, amareladas, estavam bem frisadas e sem brilho, talvez pelo passar dos anos ou quem sabe, pela má manutenção do local. Nas paredes haviam alguns quadros coloridos que faziam contraste com a fina camada de tinta cinza chumbo. As mesas e acentos eram de um vermelho antigo, escuro e meio desbotado... Admito que o local não era bonito, ou charmoso mas eu estava no meu paraíso interior, não importava onde estava fisicamente, eu estava bem, minha mente parara de pensar em Castiel, e nada, nem ninguém iria mudar isso. – Pensei com um sorriso largo no rosto.

Foquei os olhos em meu prato e vi de relance uma sombra surgir à minha esquerda.

            - Eu poderia te fazer sorrir assim, e nem cobraria por isso – Disse uma voz familiar.

Olho para cima e vejo quem eu mais queria evitar, era Castiel, os olhos azuis levemente fechados envolvidos em um sorriso grande e acolhedor.

            - Nem ninguém iria mudar isso – Desta vez murmurei em voz alta, revirando os olhos.

A Marca de Castiel (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora